Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: abril 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Non necesse est

POR GEOVANE MATOS IZIDORO PEREIRA, 3.11


Por natureza acreditamos
Por natureza julgamos
Por natureza não toleramos
A ciência chega a ser inescrupulosa

O que é cristão
O que é mulçumano? Judeu?
Todos os rótulos
Todas as cadeias que ligam os outros
A nós mesmos.

O diferente incomoda
Incomoda?
Nada do que é humano deveria ser estranho
Aos humanos

“Allahu Azhar”
Que diferença faz?
“Sed libera nos a malo”
Que diferença faz?

“I’m on the highway to hell”   \m/
Por Deus, que diferença faz?
“Gott ist hot”
O lugar para onde você vai é bem quente.

Alma bifásica

POR VITÓRIA MARIA GAVA FERREIRA, 1.2
YOUTUBE: VITYMARA


Q ueria controlar meu coração, às vezes. Não foi algo que eu criei, foi algo que se formou. Espero que a estrutura seja de ferro, que nunca desabe. Espero que desmonte rápido. Eu quero, eu não posso. Eu só quero. Eu fico querendo sem poder. Não quero desistir do que me motiva a escrever, mas sei que a razão tem razão. Bom, ao menos ela pensa, consequência... De novo o mesmo refrão. Sim, todos somos robôs, mas ninguém é dono da programação. Todos podem esquecer se quiserem, mas e se eu não quiser esquecer? Meus dons, minha vida, meu ser... O que será de mim? O que será de mim sem você? Difícil, vá fazer o exercício! Calor, vá escrever sobre amor! Noite fria, ironia, paixão, só encontro uma solução, amadora, uma metade escritora, outra metade, não. Gananciosa, pensa no ganha-pão. Egoísta! Coração atropela a razão na pista, vira na contramão... Comete loucura, mas não perde... Inspiração.

Cota não é esmola

POR JÉSSICA ANDREIA DA SILVEIRA, 3.12

Ninguém diz:
Eu não te quero porque é negro.
Simplesmente não há oportunidades
Em busca... Daquele emprego!

O cenário que hoje vivemos
Mostra as lutas que conquistamos
Enquanto na USP 7% são negros
Por onde paira a nação? No desemprego!

Cota não é pra quem quer
Simplesmente pra quem precisa
E se achar que é desaforo
Experimenta... Nascer pobre, preto, na favela com a violência à vista.

Esperamos por aquele respeito
Em que um dia possamos ser iguais
Apenas dissolve que... Cota não é esmola
É um leque de oportunidades pra quem anseia por uma boa escola.

Mudança

POR LUÍZA COSTA NUNES PEREIRA, 1.3

O Brasil é um país que prioriza coisas como o futebol e o carnaval e esquece fatores importantes como a educação.
Muitas pessoas acham que para o país melhorar, uma mudança tem que ser feita lá em cima, nos três poderes. E realmente é o que deve ser feito. Mas do que adianta falarmos, xingarmos e apontarmos para elas se nós mesmos cometemos vários tipos de corrupção em nosso cotidiano?
Isso acontece porque é mais fácil culpar o outro do que a si próprio. A mudança começa educando aquela criança de dois anos de idade, ensinando-a a falar “bom dia”, “por favor”, “obrigado”, pois o futuro do país está em nossas mãos e nas delas também.
A educação, a saúde e o transporte brasileiros estão totalmente abandonados, à mercê da população.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo”! Essa frase nunca foi tão verdadeira.

Procurando felicidade e não perfeição

POR GRASIELY APARECIDA FERREIRA FERNANDES, 2.8



Eu tenho 15 anos, me chamo Bruno e moro em um lugar bem distante. Tenho poucos amigos. Minha mãe se chama Joana e meu pai, José Ferreira. Eles me tiveram muito cedo. Minha vida é bem simples. Acordo todo dia bem cedo para poder sair de casa e dar tempo de chegar à escola, pois tenho de pegar vários ônibus ou não tenho dinheiro, aí tenho de sair mais cedo ainda para poder chegar lá, porque meus pais vivem falando que, sem estudos, não conseguimos ser nada, ainda mais sendo pobres.
Quando chego da escola, vou ajudar meu pai na roça e fazer o serviço dele porque é das nossas colheitas que vem o dinheiro. Não tendo colheita, não temos a que recorrer. É sempre a mesma rotina.
Certo dia, bateram à porta lá de casa. Muito assustados, porque isso não era costume, fomos atender e tivemos uma surpresa. “Bom dia! Prazer! Sou o Renato, vim pedir para que compareçam a esse lugar, pois tem um membro da família que deixou uma herança para vocês.”
Chegando lá, tivemos uma grande surpresa. Achamos que teria pouca coisa como herança, mas deixaram tudo de herança para nós. E assim, com o passar do tempo, as coisas melhoraram para nós. E essa é a minha vida. Não procuramos perfeição e sim felicidade.

Nomofobia

POR CHRISTIAN DE SOUZA BRITO, 3.13

O inventor do celular, Martin Cooper, o fez com intuito inicial de auxiliar o serviço público dos policiais. Em menos de duzentos anos esse aparelho passou por diversas inovações tecnológicas e atualmente é indispensável na vida da maioria dos jovens. Contudo, ele é usado por muitas pessoas de forma imprudente e desmedida, podendo culminar na nomofobia, ou seja, a dependência em celulares.
A princípio, é válido ressaltar que, para o filósofo grego Aristóteles, a felicidade só é encontrada quando se vive a justa medida, evitando assim a prática do que ele chama de vício. Em contrapartida a esse pensamento filosófico, a sociedade contemporânea se encontra imersa em um contexto globalizado que prioriza excessos, seja pala fuga da realidade proporcionada pelas redes sociais, seja praticidade encontrada nos telefones celulares. O convívio social é substituído por relações virtuais, tornando mais desafiador o objetivo de uma utilização benéfica e consciente desse aparelho.
Outrossim, é perceptível que o hábito de usar essa tecnologia para distração do público infanto-juvenil corrobora a persistência da nomofobia. Essa ação é extremamente prejudicial para essas crianças, já que prejudica a inserção desses indivíduos. Desse modo, criam-se relações cada vez mais inconstantes, enfatizando o individualismo, assim como descreve Zygmunt Bauman em Modernidade Líquida. É notório, portanto, que essa cultura tem como principal consequência o vício no celular, quando simplesmente a luz emitida pelo aparelho é capaz de tranquilizar e distrair uma criança.
É evidente, por conseguinte, que a nomofobia é um grande causador de problemas de interação entre pessoas na sociedade. Logo, em consonância com a filosofia Heligiana “A realidade muda quando o pensamento se transforma” e com o pragmatismo de Nietzsche, cabe ao MEC implementar gincanas escolares com o intuito de promover um uso prudente dos celulares, as quais terão atividades culturais e esportivas, além de palestras ministradas para os alunos e seus familiares com o objetivo de instruí-los sobre esse uso consciente e a importância de relações pessoais sólidas e fixas. Por fim, deve ser dado apoio psicológico àqueles que necessitam, buscando, assim, o equilíbrio aristotélico.

Arte

Tinhoso

Arte

Guilherme Frank, 3.12


Arte

Marcos Túlio Piva, 3.3 EJA


Arte

Estefane Cristina da Costa, 3.12


Arte

Ester Andrade Martins, 2.7


Arte

Washington José dos Reis, 2.6


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Espelho

POR GEOVANA PEREIRA DOS SANTOS SILVA, 2.7



Ao trilhar o caminho da vida, deparamo-nos com espelhos – o que fizer hoje refletirá mais tarde.
O caminho do bem pode refletir muita felicidade e prazer a quem dele usufrui, uma vez que não é difícil conseguir esses benefícios; praticar o bem é fácil e não cobra taxas, é um caminho lucrativo, pois quem faz o bem recebe em troca somente o bem. Esse caminho reflete muito em afeto e graças.
O caminho do mal é um caminho que, nas primeiras vezes, parece ser amplamente lucrativo e vantajoso, porém, depois de algum tempo, essas ações refletem no futuro, trazendo tristezas e agonias. Fazer o mal é ruim e você é cobrado com juros e correção monetária, por isso, esse caminho é pouco atrativo.
No decorrer da vida nos deparamos várias vezes com essas escolhas duvidosas. Muitas vezes o mal pode se tornar algo bem atraente no momento, muitos não pensam antes de agir e uma atitude mal pensada pode trazer consequências nada satisfatórias. Uma atitude bem pensada e formulada é algo bem lucrativo se for positiva.
Não tem jeito de escapar: quando o espelho da vida refletir, não teremos como fugir.

Para onde sua câmera tem apontado?

POR GUSTAVO DORNELLES

Há pouco tempo era rara uma fotografia, geralmente ocorria somente em ocasiões especiais, como casamentos ou quando se reunia a família toda, às vezes nem isso.
Atualmente andamos com máquinas fotográficas nos bolsos, tiramos fotos do que nem é necessário, podemos escolher o melhor ângulo, lugar, podemos tirar milhares de fotos sem sermos nenhum especialista na área. Mas será que em andar por aí tirando fotos de tudo que achamos engraçado ou interessante não há problema?
De acordo com a lei, existe, sim. Conforme o artigo 5º X da Constituição Federal “São invioláveis a intimidade, a vida provada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Portanto, sabe aquela foto “zuada” que você gosta de tirar do seu amigo? Torça para que ele seja realmente seu amigo, senão a coisa pode ficar feia. Qualquer foto ou gravação sem o consentimento da pessoa nela retratada pode começar em brincadeira e acabar bem diferente. E tudo pode piorar se a fotografia for publicada na internet.
Então tenha cautela sobre para onde sua câmera tem apontado. Certamente você também não iria gostar de ver pessoas rindo da sua imagem por aí; dependendo do caso, isso pode soar como deboche, ferir o coração da pessoa e prejudicar sua dignidade.

O papel do professor na sociedade

POR JÚLIA LUCIANA BARRA, 1.5

Ser professor é uma das profissões mais antigas e importantes da história da humanidade, começando desde o Antigo Egito, quando já havia a necessidade de pessoas específicas para o ensinamento de certas habilidades, até hoje.
Os professores são os personagens principais do processo de ensino e aprendizagem, mas esse desenvolvimento não se limita apenas as matérias do currículo comum da escola, os ensinamentos dados dentro de uma sala de aula podem ultrapassar barreiras incríveis. 
O papel do professor atualmente não está apenas relacionado a passar uma matéria em sala de aula, mas também fazer os alunos se questionarem e se prepararem para o “mundo lá fora”. Mas, hoje em dia, o professor acaba se tornando um confidente e amigo para os alunos, pois, os pais muitas vezes trabalham o dia todo, e os alunos não têm a quem recorrer para esclarecer alguma dúvida ou ouvir conselhos. Mesmo assim, diante de todas as dificuldades de um professor, ele sempre se empenha da melhor maneira possível para ensinar a esses jovens os verdadeiros valores de uma sociedade.
O professor é a maior fonte de conhecimento dentre todas as outras profissões, mas a menos valorizada atualmente. Vivemos em uma sociedade em que esses grandes mestres são humilhados, violentados e tratados com descaso por alunos e até mesmo pais. Essas pessoas se esquecem, muitas vezes, de que, se não fosse um professor, hoje elas não saberiam sequer escrever o próprio nome.
Vivemos em um país onde a inversão de valores é muito clara. Dão mais importância para um jogador de futebol, por exemplo, do que para alguém que nos guia para sermos pessoas melhores e criar um mundo melhor.
Porém, mesmo com toda essa triste situação, o professor continua com a sua cabeça erguida, sempre acreditando na sua capacidade de criar um mundo melhor, onde vai ser respeitado e principalmente: valorizado!
Para refletir: Você tem dado valor ao seu professor ou ele é só mais um que fala na sua cabeça?
                                                              Até mais! 

Nascer da lua

POR LAYNE DE FREITAS CASTRO, 1.5



Agora a hora enfim chegou
Luz suave que desfaz
Cruzando o horizonte
Para boa noite dar

E como essa noite é linda
Cantar sob o luar
Para ver suaves cores
Que as estrelas vão mostrar

Então por que agora?
Com o silêncio do luar
Se as velas brilham para o mundo
Com o melhor que há?

Será que aqueles que aqui vivem
Devem se trancar?
Para não olhar mais para a lua
E ver o sol raiar?

Eu não serei as sombras
Nem a luz do anoitecer
Mas eu esperei tanto, para tantos
Verem o quanto o sol tem seu encanto

A lua também tem
Ela veio para ter seu próprio céu
Quando o mundo for coberto
E terno nos seus véus.

Será que são meus olhos?

POR VITÓRIA MARIA GAVA FERREIRA, 1.2


E lá vamos nós, ó folha frágil
Tentar fugir da realidade de novo
E por acaso, eu tentei fazer descaso
Mas o mundo gira e eu me movo
Você vá com o vento, ele te leva
Te traz, mas por trás do meu
Talento; confesso: já não aguento mais.
Um dia já escrevi sobre flores
Hoje conto a dor de vê-las murchar
Com elas se encerram mil amores
Sou eu que decido ir ou ficar?
Opto pela minha alegria
Mas te ver reclamar
Faz lágrima rolar
Então, você está livre agora
Pode ir pra onde desejar
Mas, suplico, não volte
Não me faça pensar
Que a vida nunca mais
Irá me recompensar
Te deixei
E, juro, não te procuro
Mas você está
Sempre
Em todo lugar.

Arte

Juliane Camilly Lasnou Costa, 1.4


Arte

Ester Andrade Martins, 2.7


Arte

Estefane Cristina da Costa, 3.12


Arte

Antony Vitor do Nascimento Reis, 1.5


Arte

Wallas Candido de Jesus, 1.1


Arte

Guilherme Frank Rodrigues, 3.12