O
poder da desconstrução
Todos nós somos, no fim, poeira
de estrelas, e nossos pensamentos são castelos de areia que construímos durante
o tempo; quanto mais vivemos, mais aprendemos, e cada vez mais podemos
construir novos pilares, fazer obras de arte incríveis, modelar sonhos, ideias,
pensamentos e, quando achamos que terminamos, o universo vem nos ensinar sobre
nossa pequenez, lembra-nos de que existem outras formas de construir os
castelos, outros formatos, outras cores, em que talvez não havíamos pensado. Às
vezes nos orgulhamos tanto das nossas ideias que vamos sufocando outras
pessoas, desmanchando castelos alheios, desejando que o mar os apague, mas lá
vem o universo de novo mostrar que não estamos sozinhos, mostrar que nem sempre
estamos certos e que nossas construções podem machucar. Não é fácil se
esforçar, aprender, ver a obra concreta a sua frente e dar espaço para a
desconstrução, para um novo formato, talvez menos pontiagudo, talvez mais
forte.
A verdade é que não sabemos o
porquê, não sabemos a resposta, não sabemos nada. Como o próprio Sócrates já
disse: "Só sei que nada sei". Essa frase mostra nossa ignorância, e
nos submete a aprender, de novo e de novo, afinal, quem pode dar a certeza de
qualquer coisa na vida?
Se não sabemos o que é certo, arrisco-me
a dizer que a mudança é favorável, pois talvez uma hora a gente acerte e deixe
a vida mais fácil, mais feliz. Uma vez, ouvi dizer que "Ficar em constante
mudança é a mesma coisa de não chegar a lugar nenhum", mas eu digo
"Mudar te faz chegar a vários lugares e te faz conhecer novos
horizontes".
Porém é importante discutir sobre
nossos pensamentos, nossos castelos, pois só compartilhando é que vamos
abranger cada vez mais o mundo e fazê-lo suscetível a mudanças tão necessárias.
Por isso nós, as meninas do batom
vermelho, decidimos começar esta coluna, para mostrar a importância de algumas
mudanças na sociedade, mas mais do que isto para compartilhar, abrir espaço a
discussões e, principalmente, aprender, para também mudarmos.