Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: novembro 2019

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Pernas, Braços, Tronco, Face


Por Vitória Maria Gava Ferreira, 2.14
Pernas

C
ada uma das minhas pernas tem um problema, uma me leva aonde quer ficar e a outra me leva aonde não quero ir. Uma dói, esperneia, chora, me cansa, descansa, só quer dormir.
Já a outra não abre a boca, parece um soldado que só tem ordens para cumprir, ela está no caminho, marchando, mas não é o meu, e não sei se vai me fazer feliz.
A esquerda não sai do lugar, só quer ignorar que juntos somos um sistema. E nesse ir ou ficar, cada uma vai pra algum lugar e soma mais um problema.

Braços
O
s meus braços mergulharam, dançaram e tentaram voar, foram pra outro lugar, voltaram arrependidos só para me estapear. Eles costumam ser companheiros, às vezes precisam me acordar, me lembrar de quem eu sou e aonde quero chegar.
Depois de tantos pedidos, achados e perdidos, libertos e oprimidos, era pegar ou largar, não encontrei um sentido, caminho desconhecido, não havia percebido que o segredo era equilíbrio e foi com os meu braços que descobri que a vida é um playground e nós somos apenas crianças a brincar.

Tronco
O
 coração bate, o estômago digere, esta parte contém muito epiderme, um enjoo se cria, a pele arrepia, nas minhas costas eu sinto a energia.
As minhas asas vão surgir, fico ansiosa pelo que há de vir, posso ser uma fada, um anjo ou uma borboleta, mas não se engane, pois dizem que possui asa o capeta.
E tudo isso me parece um retrato, eu faço pose e o processo é demorado. Estou bem, mas sinto que há algo errado, o que me sustenta me remete ao passado.
Libélulas estão na minha barriga, me sinto leve como uma formiga, tive muito medo dos destemidos, mas aos poucos meus problemas vão sendo resolvidos.
Junto as mil repartições dos corações, recuperando motivações, reunindo as ramificações, voltando a sonhar, eu sei que uma flor irá brotar.

Face
E
m um mundo submerso e escuro encontra-se uma parte de mim, é a minha face, ela apodrece junto ao esquecimento da verdade.
Abri os olhos, não sei como, pois estava decapitada. Olhei pra cima, um espelho líquido me refletia e a falta de sono me fez ficar acordada. Talvez meu sonho tenha me feito ser elevada, pode ser que tenha sido a água, a correnteza ou um pescador, vivemos como se fôssemos próprios de nós, e ainda invertemos, acreditamos naquilo a que damos valor.


Arte

Lucas Pereira da Silva, 3.2


Arte

Washington José dos Reis, 3.3


Arte

Ariane Nathali de Campos, 3.3




terça-feira, 12 de novembro de 2019

A estrada até aqui


A estrada até aqui


Dois irmãos criados para exterminar "coisas". Dean e Samuel Winchester, órfãos de mãe, criados pelo pai, John, para vingar a morte de sua esposa, Mary Winchester, que morreu de uma forma sinistra, sendo incendiada no teto de sua casa com a presença um tanto maligna de um ser com olhos amarelos, que mais tarde descobrimos ser um demônio chamado Azazel.
Vinte e dois anos depois, ainda sem encontrá-lo, o irmão mais velho, Dean, vai atrás de Samuel (mais conhecido como Sam), o irmão mais novo, que bancou o rebelde e saiu do negócio da família para fazer faculdade e ter uma vida normal, pois seu pai desapareceu e ele precisa de ajuda. A partir daí, eles saem numa caçada atrás de John; no caminho eles encontram vários seres sobrenaturais, como fantasmas, zumbis, poltergeists e muito mais, e depois disso nunca mais se separaram. Uma curiosidade é que a 1ª temporada foi baseada em lendas urbanas dos Estados Unidos e por isso agradou tanto: algo diferente que abordou um tema peculiar.
Supernatural (Sobrenatural) estreou no dia 13 de setembro de 2005. A audiência da primeira temporada foi tão alta que a série, que era pra ter apenas três temporadas, foi renovada para cinco! Mas devido ao sucesso dessa última e à troca de diretores, Supernatural foi sendo renovada ano após ano e, acreditem se quiserem, estamos na 15⁰ temporada! E última. Depois de 15 anos no ar, a série será encerrada, para tristeza de uns e alegria de outros.
Depois de tantos anos no ar, tantas histórias contadas, tantas mortes e ressurreições, a série deixa alguns telespectadores (inclusive eu) com um certo medo de como vai ser esse final. Será que vai ser uma porcaria como Game of Thrones? Ou será que vamos nos surpreender?! Independentemente de qualquer final, Dean e Sam estarão sempre em nossos corações, (pelo menos no meu... kkkk). Salvar pessoas, caçar coisas: o negócio da família...
Nota: Foi muito gratificante estar esse ano escrevendo para o Tribuna. Se eu nãoo estivesse no último ano, com certeza iria torcer para no ano que vem poder escrever novamente. Agradeço a vocês leitores,de coração. Espero que tenham gostado. Goodbye.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Sim à escola


Por Anahi

 

Sim à escola


T
odos sabem que, em nosso país, há tempos, observa-se como vem aumentando o número de pessoas com problemas de saúde, não aquela saúde com a qual todos geralmente de preocupam, e sim aquela com a qual não se preocupam, mas é tão importante quanto a saúde física: a saúde mental.
São inúmeros motivos que levam uma pessoa a ter depressão, crise de ansiedade, transtorno bipolar e até mesmo o estresse, e não podemos negar que a escola é um das razões de muitos jovens nos dias atuais terem problemas com a sua saúde mental. Sim, a escola! Aquele lugar que nos devia acolher, pois passamos uma grande parte da vida lá.
Professores, entendam que muitos de nós alunos não tiramos notas baixas por preguiça. Muitos só estão tristes, não querendo lidar com a vida, tendo crises existenciais; já estão tão desmotivados que não conseguem levantar da cama. Não é falta de vergonha na cara quando não tiramos notas boas. Vocês só precisam ter mais empatia com a gente, saber entender que temos crises de ansiedade antes das provas, crises de choro quando a sala se torna muito tóxica. E saibam que, quando somos desmotivados por vocês, nos sentimos tão inúteis que, de tanto ouvir que não somos capazes, que nos falta vergonha na cara, chegamos ao ponto de estudarmos e não aprendermos.
Por isso tudo, eu peço um pouco mais de compreensão, empatia e amor ao próximo. Tenham respeito com os alunos, entendam que temos dificuldades. Honrem a profissão de vocês; ensinar é muito bonito, mas entendam que ensinamento e ignorância não combinam.

Um poema vivo

Por Vitória Maria Gava Ferreira, 2.14

 

Um poema vivo

Era pra eu ser pequeno
Minha dona custa a me fazer
Mas como qualquer coisa que ganha consciência
Eu não sei bem o que vou ser

Sou parte de uma folha e posso voar
Posso ser esquecido em qualquer lugar
Se eu gritar! Não escutam a revolta
Sou dependente de tudo a minha volta

A sociedade me faz
Me julga esteticamente
Não tenho liberdade nem paz
Não quero ser indiferente
Então preciso me encaixar
Preferencialmente rimar
Tentar ou mostrar estar contente

É noite e ninguém me ama
Queria deitar, mas nem tenho cama
Vou ser exposto assim, de pijama
Numa intimidade insana
Torcendo para ao menos ter fama.