Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 03/18/19

segunda-feira, 18 de março de 2019

O TRIBUNA ESTUDANTIL COMPLETA 11 ANOS “É MUITO MAIS QUE UM JORNAL, É CULTURA.”


O Tribuna Estudantil completa 11 anos
“É muito mais que um jornal, é cultura.”
 

                                               Por Juliane Camilly Lasnou Costa
                                                                    Colaboração: Júlia Luciana Barra

Há 11 anos, o Jornal Tribuna Estudantil da “Escola Estadual Henrique Diniz”, de Barbacena, no estado de Minas Gerais, foi elaborado pela professora de português da mesma, Paula Campos. Assim criado, com o intuito de incentivar os alunos e a comunidade escolar a demonstrarem seus talentos através da arte de expressão, que engloba desenhos, redações e até mesmo colunas.
Ao longo de todos esses anos, os alunos demonstram suas opiniões, seus conceitos e principalmente sua essência. Em cada obra, um detalhe que remete a seu autor. O Jornal do HD, como é popularmente chamado, é uma linha que transmite aquilo que todo estudante gostaria de ter: um porta-voz dentro da escola. Em entrevista, a professora de matemática Janaína Ribeiro fez questão de dizer “eu o acho muito informativo, muitas vezes é a melhor forma do aluno se expressar; o aluno tem a total liberdade de fazer o que gosta.”. E quando questionada sobre o que mudaria ou acrescentaria na página, relatou “eu não mudaria coisa alguma, o apoiaria na divulgação.
Questionamos também a ex-aluna Rafaela Damasceno, que expressou suas ideias e experiências: “o jornal me abriu espaço para dar valor ao que eu considero especial; ele me deu oportunidades e me mostrou coisas que a mim são importantes, por me fazer despertar a minha criatividade, em ciência de que ela não é banal.”. E ainda continuou dizendo “assim como o nome propriamente diz, o Tribuna, para mim, é onde eu posso me abrir e ser escutada. Seja através de textos, desenhos[...]”. Rafaela fez questão de deixar sua homenagem “por fazer questão da arte, do implícito, do significado e da voz dos alunos, parabéns, TE!”.
A atual aluna Júlia Barra também deixou seus agradecimentos: “pelo tempo em que estudo no Henrique Diniz, tenho muito a agradecer ao Tribuna Estudantil, por sempre dar liberdade de expressão aos alunos; com tantos talentos ocultos pela escola, não podia haver projeto melhor para expressá-los. Agradeço também pela oportunidade de sempre participar dos projetos estabelecidos pelo jornal. Enfim, 11 anos de Tribuna... Que o jornal nunca deixe de ter essa importância no ambiente escolar, e sempre esteja repleto de talentos incríveis!”.
Em meio a tantos alunos, aqui eu estava, cresci dentro do colégio e acompanhei os primeiros passos do projeto. Cada texto e cada desenho que publico há seis anos têm uma história para lá de especial e este é um deles. A partir da primeira publicação, tudo se torna prazeroso, o mural torna-se refúgio para todos os meus sentimentos. Enquanto o mundo permanece alienado em uma bolha digital, ele se torna um instrumento de discernimento e é muito mais que um jornal, é cultura. Parabéns, Tribuna Estudantil; continue a ser o que é para mim, para gerações que possam desfrutar daquilo que atualmente desfruto!!!

Aniversário TE

Júlia Luciana Barra, 2.13


Noite de Lua Cheia


Por Priscila Rebeca Siqueira, 2.11

 

Noite de Lua Cheia


Lá estava
Observando o luar
Ó quão doce são as ilusões
Que pudesse proporcionar

Uma noite fria
Para um coração gelado
Em um momento de distração
Pôs-se a estar despedaçado

Uma única estrela estava acima da lua
Era a esperança da alma nua
Despida de amores e sensações
Guardando os versos de todas as paixões

Paixões as quais não são compreendidas
É relativo como entram e saem de vidas
A estrela se torna distante
Percebe que a esperança não é relevante

Poeta anônimo e sentimental
Se aproveitando de momentos
Colocando no papel o que acham banal
Mesmo sendo os próprios sentimentos

Mas qual a relevância?
Quem foi o terceiro homem a pisar na lua?
Ou a entrar ao coração de alguém?
O que prevaleceu foi a ignorância.

Ignorância de acreditar que poderia ser
E não foi
Mas quando será?
Nem a lua pode dizer...

Era um fim ou um começo
Era um ciclo vicioso que prendia
Que levava agonia
Despia sua alma da sensatez...

A fera


Por Yasmin Lopes Rodrigues de Carvalho, 3.1

 

A fera


E
 stava em minha. Já se passava da meia-noite, mas tinha um barulho um tanto quanto suspeito vindo da parte de baixo. Coloquei meus chinelos, mas estava um pouco receoso, pois não tinha ninguém em casa. Quando estou descendo as escadas, sinto um vento frio passar por todo o meu corpo, mas não consegui ver nada, apesar de ter acendido a luz do corredor.
Quando acabo de descer as escadas, acendo a luz da sala, olho em volta, mas não tem nada lá. Até que chego à cozinha, acendo a luz e tenho uma surpresa. Encontro o que, aparentemente, é a criatura mais temida da minha cidade. Ela está se alimentando de meu cachorro, com as presas em seu pescoço.
Vou correndo na tentativa de salvá-lo, pois já estava na minha família há bastante tempo. Corro até aquela cena horrível, começo uma luta cansativa contra a criatura pela vida de meu cachorro, até que consigo tirá-lo, jogo meu cachorro em cima do sofá, pois a sala fica ao lado da cozinha, e começo a lutar contra a criatura pela minha vida agora. Quando meu pai chega em casa, e se depara com aquela cena terrível, tira sua arma da cintura, já que é um policial, vem chegando perto de nós dois e acerta um tiro no coração daquela criatura, que cai no chão. Logo em seguida, meu pai enfia uma estaca em seu coração e dá fim à vida daquela criatura e também ao terror daquela cidade.

Um minuto


Por Letícia Costa Nunes Pereira, 2.12

 

Um minuto


E
le só via a traseira do ônibus enquanto corria desesperado atrás dele. Um minuto. Esse foi o tempo que definiu toda a vida dele. Por “um minuto” ele não pegara o ônibus. Por “um minuto” ele teria que esperar o outro transporte, que demoraria quarenta e cinco minutos para chegar. Por “um minuto” chegaria atrasado à escola e por “um minuto” ele conheceu o amor da vida dele.
Ela era linda, parecia um anjo no meio do inferno. Seus cabelos loiros e sua pele clara eram peculiares no meio de cabelos escuros e peles queimadas de sol. Parecia uma miragem. Mais tarde, no mesmo dia, ele descobriu o nome dela. Fernanda, ou melhor, Nanda, como ela preferia. Ficou sabendo também que ela era voluntária de uma ONG que atuava na comunidade em que ele morava.
A surpresa maior foi na segunda-feira. O dia parecia normal, Dinho, como sua avó o chamava, andava pelos corredores da escola, na qual tanto batalhou para entrar, e no meio do fluxo de pessoas lá estava ela, entre peles claras e cabelos loiros se contrastando com seu cabelo escuro e pele queimada pelo sol. Mas essa diferença não o abalou. No intervalo, ele foi até ela e Nanda, para a surpresa de Dinho, foi simpática. Conversaram de tudo um pouco, até o intervalo acabar.
Um sorriso bobo estampou o rosto de Dinho o resto do dia. E assim foram passando dias, semanas, meses, com eles ficando cada vez mais próximos. Para ele, foi amor à primeira vista. Para ela, demorou um pouquinho mais.
Quando ele foi contar para sua avó, nossa!, foi uma alegria. Quando ela foi contar para seus pais, eles a proibiram de ficar com ele. “Ele é negro, pobre e mora em uma comunidade”, essas foram as exatas palavras de seu pai. Ela ouviu tudo calada, inconformada com a forma preconceituosa de seu pai. Sua mãe nada disse, só observou o marido gritar aos quatro ventos que sua filha nunca namoraria um favelado. Mas a menina era teimosa e continuou o relacionamento. Afinal, estava apaixonada.
Dinho estava nas nuvens. Sua avó ficou tão feliz pelo neto que convidou Nanda para almoçar na humilde casa deles. Ela foi. E só Deus sabe o quanto eles se divertiram naquelas horas.
Ele, sabendo da violência do lugar onde sempre morou, caminhava junto a ela para o ponto de ônibus, o mesmo daquele dia em que ele se atrasou.
Um minuto. Esse foi o tempo que tudo durou. Ele olhou para o lado e lá estava ela, com um sorriso tão brilhante no rosto! “Um minuto” para ele se apagar. Seu olhar tão sincero, “um minuto” ara se fechar. “Um milésimo de segundo” para o projétil perfurar sua linda pele. “Um minuto” para dois pais perderem a única filha. “Um minuto” para ser apenas mais um número. “Um minuto” para Dinho perder o amor da vida dele.



Por Pedro Augusto Amaro Dias Rodrigues, 1.7

 


Será?
Será que realmente somos racionais?
Já que matamos o que nos dá vida
Incluindo os outros animais
Como pode? Como podemos?
Conseguimos deixar um paraíso nas chamas do inferno
Será que não vemos?

A natureza e sua beleza,
O homem e sua tristeza,
Uma flor de fogo,
Uma pétala de cinza,
A morte ganha vida
E a vida ganha morte.

O choro da Mãe-Terra,
As lágrimas que matam causando dor,
Os rugidos que ecoam causando medo,
A ira que queima cortando os céus
E a vingança contra a própria criação

O inferno na terra
Foi provocado por nós!


Arte

Priscila Rebeca Siqueira, 2.11


Arte

Ariane Nathali de Campos, 3.3


Arte

Milene Carolina da Silva, 2.13


Arte

Izabele de Paula Oliveira, 1.7


Arte

Kamilly Mara dos Santos Lopes, 1.7


Arte

Washington José dos Reis, 3.3


Arte

Isabela Fernandes de Andrade, 2.11


Arte

Matheus Vinícius Julião, 2.13


Arte

Ester Andrade Martins, 3.2