Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Nomofobia

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Nomofobia

POR CHRISTIAN DE SOUZA BRITO, 3.13

O inventor do celular, Martin Cooper, o fez com intuito inicial de auxiliar o serviço público dos policiais. Em menos de duzentos anos esse aparelho passou por diversas inovações tecnológicas e atualmente é indispensável na vida da maioria dos jovens. Contudo, ele é usado por muitas pessoas de forma imprudente e desmedida, podendo culminar na nomofobia, ou seja, a dependência em celulares.
A princípio, é válido ressaltar que, para o filósofo grego Aristóteles, a felicidade só é encontrada quando se vive a justa medida, evitando assim a prática do que ele chama de vício. Em contrapartida a esse pensamento filosófico, a sociedade contemporânea se encontra imersa em um contexto globalizado que prioriza excessos, seja pala fuga da realidade proporcionada pelas redes sociais, seja praticidade encontrada nos telefones celulares. O convívio social é substituído por relações virtuais, tornando mais desafiador o objetivo de uma utilização benéfica e consciente desse aparelho.
Outrossim, é perceptível que o hábito de usar essa tecnologia para distração do público infanto-juvenil corrobora a persistência da nomofobia. Essa ação é extremamente prejudicial para essas crianças, já que prejudica a inserção desses indivíduos. Desse modo, criam-se relações cada vez mais inconstantes, enfatizando o individualismo, assim como descreve Zygmunt Bauman em Modernidade Líquida. É notório, portanto, que essa cultura tem como principal consequência o vício no celular, quando simplesmente a luz emitida pelo aparelho é capaz de tranquilizar e distrair uma criança.
É evidente, por conseguinte, que a nomofobia é um grande causador de problemas de interação entre pessoas na sociedade. Logo, em consonância com a filosofia Heligiana “A realidade muda quando o pensamento se transforma” e com o pragmatismo de Nietzsche, cabe ao MEC implementar gincanas escolares com o intuito de promover um uso prudente dos celulares, as quais terão atividades culturais e esportivas, além de palestras ministradas para os alunos e seus familiares com o objetivo de instruí-los sobre esse uso consciente e a importância de relações pessoais sólidas e fixas. Por fim, deve ser dado apoio psicológico àqueles que necessitam, buscando, assim, o equilíbrio aristotélico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário