E quando choramos de ódio de sermos nós mesmos? E quando choramos de amor – sempre destrutivo e bom? E quando choramos de solidão; espaço vazio que é difícil de ser preenchido?
Varremos com o olhar vago as vastidões tridimensionais procurando algum sentido na vida. Esperamos, desperdiçando o nosso tempo na Terra com coisas que enrolam a maior sabedoria do homem. A sabedoria que corrompe e o faz fugir na maioria das vezes. É o grande saber dos seres vivos mais completos. Esses até fogem, mas sabem que o fim é inevitável.
O raciocínio é duro e não nos perdoa. A inteligência exemplifica a teia alimentar. Eis a questão familiar, a dura verdade: sabemos que a morte virá e a existência aqui acabará. Mas por qual propósito nascemos? Nascer, comer... Procriar?
E quando choramos por sofrimento? O sofrimento mostra que não existe... Vem o desespero aterrador que mata aos poucos os ligamentos da nossa mente e nos obriga a incitar a morte mais rápido.
É quando choramos de solidão! Ninguém nos ouve, nos sente, nos vê. É se sentir sozinho no mundo para vivermos igual a certos animais que os cientistas falam: “animais que nem sabem se existem”. Sentir-se um completo idiota enrolando o final...
Para quê destruímos, então, se queremos viver? Outros também têm as mesmas perguntas e vontades de enrolar a vida.
É quando choramos por mais que solidão. Choramos no vazio da mente incerta e revoltada. Melhor vivermos sem muitas perguntas, sem muitas convivências. A ambição cresce e vem tudo nas nossas costas para desistirmos. E desistimos lá no fundo. Contudo, há algo para que continuar pulsando. Por que tudo isso? Você irá conseguir. Você irá conseguir...
E quando choramos por desistirmos? Nascemos e outros nem tomam conhecimento de nós. Não somos nada, talvez, experiência de alguém mais inconformado do que nós.
E quando choramos... É quando choramos com Deus.
Carla Sheyesllen Ribeiro Alves, 3B