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terça-feira, 17 de novembro de 2020

A importância de ensinar


 

A importância de ensinar

 

Caros leitores, hoje trataremos de um assunto pouco discutido, mas muito importante. Já citamos aqui que nosso intuito é instruir, passar conhecimento e informação, fazer as pessoas aprenderem um pouco mais, principalmente sobre o feminismo. Mas hoje não discutiremos assuntos específicos do feminismo, mas o próprio ensino. Nós, as garotas do Batom Vermelho, desejamos que você, ao aprender algo conosco, passe esse conhecimento adiante. Explicarei a importância disso e logo depois falaremos sobre dicas de como ensinar melhor.

  Eu, desde pequena, sempre amei livros, meu sonho era ter uma casa com uma enorme biblioteca, hoje em dia esse sonho não cabe mais a mim, não pela falta de entusiasmo ou desinteresse, mas pela filosofia que isso traz. Imagine eu em uma casa enorme, repleta de livros, um sonho para quem ama ler, mas eu sou uma pessoa só e, trazendo esse sonho para a realidade, teria que passar um bom tempo limpando todos os livros da sala, e para quê? Afinal sou uma pessoa só e demoro para ler um livro inteiro, além disso, leio um por vez, então para que milhares apenas juntando poeira, sendo que se não estivessem na minha casa poderiam estar nas mãos de bons leitores, ajudando suas vidas, trazendo lazer, diversão? Depois que parei para pensar sobre o meu sonho da casa com a biblioteca, percebi que era um sonho vazio, então decidi doar boa parte dos meus livros. Não está sendo fácil, mas já me desfiz de alguns que li e, na contracapa, eu sempre escrevo uma frase simples e poderosa que tem tudo a ver com este texto “Conhecimento guardado é conhecimento perdido”.

  Quanto mais sabemos, menos alienados, mais fortes, mais abertos à resolução de problemas; quanto mais conhecimento, melhor. Fato! Até mesmo quando você começa a ler Friedrich Nietzsche, se debruça em cima do niilismo e chora como se não houvesse amanhã, ainda tem a parte do Übermensch, ou, como falam aqui no Brasil, o Super Homem de Nietzsche, que na minha opinião é uma luz em meio ao caos. Até mesmo esse filósofo tem frases deveras otimistas como “É preciso ter o caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante”. Quando aprendemos, mesmo ao passar por períodos turbulentos, sempre chegamos a algum bom lugar, pois mesmo ao perceber o caos do mundo, começamos a pensar em como lhe trazer no mínimo uma luz.

  Leonardo da Vinci fala sobre conhecimento nesta frase: “O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.” É este meu desejo: suavizar o amanhã. Mas para obter uma melhora é preciso saber primeiro o que melhorar, é preciso saber o que há de errado, o que podemos fazer para melhorar, como e qual a melhor maneira, como fazer isso mais rápido. Como fazer com que as pessoas queiram aprender? Como ensinar? Como convencer pessoas que estagnaram em uma opinião que muitas vezes nem pertence a elas, apenas não foi questionada? Tudo bem... Respira, escritora, respira... Até o narrador desse texto sabe como a autora se empolga ao falar sobre este assunto (conhecimento, no caso).

Um aviso: eu provavelmente vou dar um nó na sua cabecinha hoje, que espero amenizar depois, quem sabe fazer um laço? Com certeza, muitos de vocês conhecem a seguinte frase “Só sei que nada sei.” de Sócrates. Essa frase, por mais inusitada e paradoxal que pareça, é o início do conhecimento; nós não sabemos, nós devemos questionar absolutamente todas as coisas, chegar a uma conclusão para depois de ter certeza que sabe, questionar o que já foi aprendido e aprender que não sabe nada, mas sabe alguma coisa, e mesmo assim correr atrás para saber mais, e quando souber, descobrir que não sabe. Confuso? Talvez. Trabalhoso? Demais. E sabe por que fazemos isso? Porque o universo não veio com manual de instruções. Se você for parar para pensar, está todo mundo aprendendo a viver, crianças, idosos, todos os dias, todas as horas, e o que podemos fazer é tentar melhorar este mundo confuso para as próximas gerações, com conhecimento. Pense por um segundo se todas as pessoas do mundo pensassem que já sabem de tudo... Ninguém aprenderia, não haveria evolução.

 Sim, pessoas, eu não sei, a Isabela não sabe, e o que estamos fazendo aqui nesta coluna, então? Aquela parte trabalhosa: tentando, questionando, pensando, aprendendo, desaprendendo, aprendendo mais e tentando fazer outros se juntarem a nós.

“O ser humano era fruto das próprias escolhas”

 


“O ser humano era fruto das próprias escolhas”

 

Desde o nascimento, nos é ensinado o que é certo e errado e a partir daí reproduzimos valores impostos pela sociedade. Isto quer dizer que agimos conforme regras impostas, sendo recompensados quando seguimos as regras e castigados quando as infringimos.

Mesmo assim, somos livres para agirmos dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Essa liberdade parte do princípio do respeito aos direitos alheios. Entretanto, na vida prática não existe o respeito ao homem em si, o que existe na consciência humana é o respeito a si mesmo, a busca constante para si próprio. Nossas decisões são diretamente ligadas a ética e moral, uma vez que, como citado anteriormente, elas podem afetar positiva ou negativamente na maneira como somos vistos por outras pessoas.

A citação de Aristóteles é verídica, somos fruto das nossas próprias escolhas, nosso futuro depende das nossas ações presentes.