Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 10/06/22

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Coluna Suplantação - Capitulo de 9 a 12

 Suplantação

Mateus Rodrigues, aluno do 2º do E.M., natural de Barbacena-MG,  foi matriculado no Henrique Diniz no ano de 2017, cursando o 6º ano do E.F. II. Sempre morou  em Barbacena e, por conta disso, conhece, de forma moderada, a cidade.

Começou a escrever para o Tribuna Estudantil durante o 1º ano do E.M., em 2021, e, aos poucos, foi desenvolvendo sua habilidade na escrita. Com isso, começou a explorar novos caminhos, criando narrativas.


Capítulo IX - Entendendo

Já deitado, eu, ainda pensando e curioso para entender o motivo da postura de meus pais, concluí que tudo isso era para o meu próprio bem. Afinal, os dois eram meus e queriam nada mais que um bom futuro para mim e, seguindo a cabeça de meus amigos, eu, provavelmente, não chegaria a lugar algum. Muito cansado por conta dos exercícios feitos, eu acabei caindo no sono pouco depois.


Capítulo X - Um novo dia

Ao acordar, fiz o que era de costume: fui ao banheiro escovar os dentes, arrumei minha cama e fui à sala de jantar para tomar o café da manhã com meus pais. Lá, eles me deram bom dia e questionaram-me se pensei bem sobre o ocorrido no dia anterior.

- Sim, papai - eu concordava - Acredito que vocês, meus pais, que me criaram desde o meu nascimento, não vão castigar-me em vão, mas sim, para a minha evolução – eu observei.

- Isso mesmo, meu garoto - meu pai disse com uma expressão positiva sobre a resposta.

Mamãe me olhava com olhos orgulhosos e eu ficava alegre por estar sendo um bom filho para ambos.

Ao terminar o café da manhã, mamãe deu-me tarefas domésticas, como de costume. Eu sempre ficava com a mesa do café, quartos e banheiro, e ela ficava com as demais tarefas da casa.



Capítulo XI - Compras

Após concluir as obrigações diárias das férias, mamãe pediu-me que fosse ao mercado comprar algumas coisas para o jantar. Seria um jantar diferente, já que a vovó Francisca Coimbra viria jantar com a gente. Peguei a lista de compras com mamãe e fui ao mercado.

Chegando lá, algumas vizinhas fizeram as mesmas perguntas de sempre. Eu as respondi e segui com as minhas compras tão especiais, já que me sentia feliz por jantar com vovó naquela noite. Entretanto, ao sair do açougue do mercado, encontrei uma vizinha e, como de costume, a cumprimentei. Porém, ela me fez perguntas mais íntimas e eu, esquecendo-me, por um momento, das regras da casa, a respondi naturalmente.

- Minha mãe e papai estão ótimos, D. Fátima. Estão mais severos comigo nestas férias por conta dos meus comportamentos, mas nada fora do comum - eu respondi com uma maior riqueza em detalhes.

- Como assim “mais severos”, menino Miguel? - ela perguntou.

- Ah, você sabe D. Fátima, meus pais são muito fechados e não gostam que eu escolha o que eu quero para o meu futuro profissional - eu respondi naturalmente.

- Mas eles não podem fazer isso, meu jovem, quem decide o seu futuro é você mesmo! - exclamou ela com certa indignação.

Naquele momento, percebi que havia feito bobagem. Rapidamente eu inventei uma história qualquer que pudesse dar créditos à minha mãe e ao meu pai.

Na volta, fui pensando sobre o que havia ocorrido e como mamãe reagiria. Fiquei com medo do próximo castigo. Mas, pensando de forma mais concentrada, eu arranjei uma solução: basta não contar a ela!

Dito e feito, ou melhor, pensado e feito! Cheguei em casa e entreguei para a mamãe às compras, o troco e a nota fiscal que recebi do caixa.

Fui para o meu quarto e, como era uma sexta-feira, eu tinha liberdade total para navegar no meu celular, notebook e videogame.



Capítulo XII - Descansando

Liguei meu notebook e fiquei navegando em bate-papos famosos na internet e, por algum tempo, fiquei conversando com várias pessoas que conheci naquele instante. Eu contava de onde eu era natural e sobre meus planos futuros. Até que uma pessoa em especial nesse bate-papo chamou-me a atenção. Ela conta que tinha, também, o desejo em seguir uma carreira que envolvesse a Biologia. Por conta disso, fui conversar com ela em particular, e não como de costume, pelo bate-papo em grupo. Na conversa pessoal, a saudei e perguntei se ela gostaria, realmente, de seguir uma carreira que tivesse a Biologia como base.

- Sim, eu amo a Biologia! - ela respondeu com vários emojis na frase.

- Que bacana, também quero! - eu acrescentei.

Por um momento, pensei em compartilhar o ocorrido na noite anterior com meus pais. Mas, pensando melhor, optei por não fazer isso já que, rapidamente, eles poderiam descobrir a minha conversa armazenada no meu notebook.

Contudo, a conversa não parou por aí. Nós conversamos sobre vários assuntos e, principalmente, sobre biologia e suas diversas pautas.

À medida que a conversa aumentava, íamos trocando informações mais pessoais. A pessoa com quem eu conversava era Alícia Campos, uma garota natural de Montes Claros, uma cidade que tem, aproximadamente, 228 km de distância de Diamantina. Após a apresentação de Alícia, apresentei-me e disse que era de Diamantina.

Ela perguntava a veracidade da informação já que, em Diamantina, ela possuía diversos parentes e amigos.