Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 12/10/20

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A assistência de enfermagem no cuido paliativo

 

Poucos sabem como surgiu o cuidado paliativo. Historiadores afirmam que na antiguidade, durante as Cruzadas na Idade Média, encontravam-se "hospices", uma espécie de abrigo ao longo do caminho, que abrigavam pacientes, famintos, trabalhadoras, órfãos, pobres e leprosos. Contudo, pouco se tem discutido acerca da assistência de enfermagem perante pacientes que exigem esses cuidados. Observando o cenário da assistência em saúde no cuidado paliativo, faz-se necessária a adoção de medidas para que tal assunto ganhe mais visibilidade. 

A medicina paliativa no Brasil ainda se trata de um processo lento. Muitos profissionais de saúde nem mesmo entendem o conceito de prestar assistência multiprofissional a pacientes com doenças, que rapidamente levarão suas vidas. "Vemos o paciente de uma forma completa, global e trabalhamos com suas necessidades físicas, psicossociais e espirituais," explica Dr. Marcos Montagnini, que atualmente é diretor do Programa de Educação em Medicina Paliativa da Universidade de Michigan (EUA).  Além disso, visa-se à otimização de recursos dispostos no hospital, seja ele público ou privado, evitando que sejam gastos com tratamentos em pacientes sem um prognóstico bom. Logo, profissionais que não estão qualificados para um atendimento voltado para o conforto deixarão a desejar no acolhimento.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. As ações incluem medidas terapêuticas para o controle dos sintomas físicos, intervenções psicoterapêuticas e apoio espiritual ao paciente, desde o diagnóstico até o óbito. Para os familiares, as ações se dividem entre apoio social e espiritual e intervenções psicoterapêuticas, também do diagnóstico ao período do luto. Para tentar diminuir essa carência, é necessário que profissionais de saúde sejam qualificados para exercer tais cuidados, quebrando o tabu que a morte traz, tornando-a algo mais leve e natural.


Ensinando a ensinar

 

Ensinando a ensinar

 

Caros leitores, no último texto expliquei por que devemos encher o mundo com conhecimento e dedicação, agora vou tentar dar algumas dicas práticas sobre como/quando ensinar, vamos por tópicos:

- Atente-se ao momento: Uma vez um amigo meu vegetariano me disse o seguinte, que se ele quisesse convencer a alguém a se tornar vegetariano, ele nunca deveria começar falando disso num churrasco de família. O raciocínio é simples: em um churrasco, a maioria das pessoas vão com intenção de comer carne, elas na maioria das vezes não vão estar dispostas a abdicar daquela refeição naquele momento porque um jovem está com pena dos animais; o meu amigo poderia usar todos os melhores argumentos da face da Terra para convencer o pessoal. O problema não seria o debate, mas a ocasião, as pessoas não estariam abertas a aprenderem sobre isso. Ao invés disso, é melhor você entrar nesse assunto despretensiosamente, enquanto bebem um refrigerante num passeio no parque por exemplo, pois as pessoas estariam mais abertas àquela conversa. Muitas vezes quando as pessoas começam a debater sobre feminismo, elas não querem realmente aprender, querem xingar, ou se dizerem donos da verdade. É preciso observar esses aspectos para que as pessoas não criem um bloqueio sobre o assunto que você quer debater.

- Por favor, não xingue: Eu sei… É difícil ver um homem dizer que mulher não tem a capacidade de entender sobre futebol sem ao menos pensar na palavra “sexismo” ou ver um homem dizendo que mulher dele tem que lavar, secar e cuidar dos filhos enquanto ele toma a cervejinha de domingo, é muito difícil não dizer “Ah! Que machista!”, mas é extremamente necessário. Principalmente porque as mulheres têm cada vez aprendido mais sobre o feminismo e tudo que se relaciona a ele, logo ela aprende o nome dos movimentos, a estrutura, o nome das atitudes etc. Com isso, é normal no começo, ao ver o que ela aprendeu, nomear, às vezes é até sem querer, faz parte do processo de aprendizado, é igual quando nós aprendemos sobre rimas e quando vemos um slogan na televisão gritamos “olha! Isso rimou!”, mas esse comportamento, de nomear as atitudes das pessoas por mais que sejam incoerentes é um tiro no próprio pé, pois as pessoas que possuem esses comportamentos, na maioria das vezes, não sabem que é errado, não sabem sobre feminismo etc., a única coisa que elas sabem é que o termo “Machista” é algo ruim e então aparece uma moça e a primeira reação dela é dizer “Nossa, que machista!”. E ao invés dessa pessoa que errou aprender algo e não fazer de novo, o que acontece? Ela diz que o feminismo é o inferno na Terra, que as feministas são sujas e peludas, que as mulheres estão cada dia mais chatas, é ataque por ataque. E isso não nos leva a lugar algum, vou contar uma história para exemplificar.

  Uma vez minha mãe e eu estávamos no supermercado, e havia um homem no caixa xingando muito uma moça que também trabalhava no caixa, ele gritava com ela, usava palavrões etc., eu e a minha mãe ficamos do lado da moça, obviamente, que estava calada, nós falamos “Moço, você tá ficando louco? Não pode xingar a menina assim, não, seu machista!”.  Você acha que o moço de repente se tocou dos seus erros e pediu desculpas arrependido? Porque no fundo era o que eu e minha mãe queríamos. Não! Ele começou a xingar a mim e a minha mãe. Você acha que depois disso minha mãe se tocou que havia feito algo errado e pediu desculpas? Claro que não... Ataque por ataque. Naquele dia, não houve conhecimento, debates calorosos de mentes sedentas por saber, não. Todos saíram prejudicados, a moça foi xingada, minha mãe, o moço. Eu e minha mãe ficamos com tanto medo dele partir para a agressão física que saímos do mercado, e aquele dia eu tive a certeza de que o feminismo era algo ruim. Não! Apenas o modo como lidamos com ele. Hoje eu penso que, na hora, poderia chamar o gerente para ele resolver, pegar o número de celular da moça, fazer amizade com ela, procurar saber o que aconteceu, chamar ela para uma roda de conversa entre mulheres, fazer um clube do livro sobre feminismo, voltar ao supermercado, ser gentil com o moço e convidá-lo para um debate sobre feminismo. É meus amigos… mudar o mundo é difícil, mas eu garanto que vale a pena. E agora, mesmo que eu volte àquele mercado e os dois personagens desta história estivessem no mesmo lugar, eu garanto que iria ser três vezes mais difícil convencer o moço de que o feminismo é uma coisa boa. Porque, mesmo sem querer, na visão dele, o feminismo o xingou.

- Tente incluir os homens: O movimento feminista preza pela igualdade de direitos entre todos os indivíduos da sociedade, então por que quando há um vídeo falando sobre feminismo, as mulheres costumam compartilhar somente entre elas? E para essa pergunta há muitas respostas, mas acho que a principal é: O medo, medo de descobrir que nossos amigos também são machistas, medo de rirem da nossa cara, medo de perguntarem ironicamente “Você é feminista?”. Medo de não verem a indicação com bons olhos, medo, muito medo. Mas o feminismo é em si o desejo de igualdade entre todos, os homens e principalmente eles, devem ser incluídos nesses assuntos, nós mulheres nunca vamos conseguir transformar o mundo sozinhas, muitas de nós estão envolvidas nos assuntos feministas, mas os homens, não. E esse assunto é pra ontem! Como vamos diminuir o machismo se os homens, que são os protagonistas dessa história, não sabem direito o que machismo significa, se eles acham que é normal pedir para a mulher tirar o batom vermelho, ou se eles se sentem superiores as mulheres de alguma forma. Homem, se você estiver lendo isso, muito obrigada, de verdade, eu não estou dizendo que todo homem se comporta de tal jeito ou maneira, estou dizendo que muitos se comportam, eu sei que existem milhares de homens muito bons, querendo aprender e querendo ver o mundo também um pouco melhor, nós mulheres precisamos da sua ajuda, se puder, passe adiante o seu conhecimento e este texto, e assim, suavizamos o amanhã, nem que seja, leitor por leitor.


Horizonte

Por André Lucas Antunes Dias, 3.9

 

Horizonte

 


Procurava por um certificado

Mas isso só certificava a hierarquia

E eu sempre enxerguei em tons vermelhos

Vermelhos demais

Para me considerar tão ouro

E não parte do todo