Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 2018

quarta-feira, 21 de novembro de 2018


Raísa Estevão, 2.6


M
ais um dia que a coragem me faltou e não consegui; não consegui sentir seu perfume, não consegui ouvir a sua voz de perto e ver ser sorriso, apreciar a sua beleza. Por quê? Qual o motivo do meu corpo se arrepiar e meus movimentos não obedecerem ao comando do cérebro? Não controlo minhas ações e emoções quando o vejo. Nunca houve sequer uma conversa entre nós, mas, se ele me notasse, perceberia que meu olhar fala mais que mil palavras...

Verdade oposta


Íris Caroline Rosa, 2.8

Verdade oposta

F
ake News são as notícias falsas colocadas em sites, às vezes elas são modificadas para ganhar eleitores e visualizações. Muitas vezes são para manipular as pessoas, principalmente em época de eleições.
Hoje o mundo inteiro tem acesso à internet e muitos a usam como fonte de notícias. Em 2013, eram 47% e aumentou para 72% em 2016. Fake News são usadas também para enganar e obter ganhos financeiros ou políticos e estão ligadas ao sensacionalismo.
Elas foram usadas contra Marielle Franco e diziam que a mesma era casada com um traficante da maior facção central da cidade. Esta notícia foi usada contra ela para que ela perdesse eleitores no meio político.
As notícias falsas não atingem só as pessoas públicas, mas também atingem cidadãos comuns, que podem ser levados a consequências graves, como a morte.

Notícias falsas


João Vitor da Silva, 2.8

Notícias falsas

H
Ouve um aumento da comunicação via internet e a circulação de notícias falsas vem aumentando bastante. Nem sempre as notícias que as pessoas recebem no seu aplicativo de comunicação são verdadeiras.
O nome que se dá a essas notícias falsas é Fake News, como não existe um meio de fiscalização para ver se essas notícias são falsas ou verdadeiras, o número vem aumentando.
As pessoas nem se preocupam em analisar essas notícias e já saem repassando para os demais. Quando se vê, milhares de pessoas já sabem essas notícias falsas.
Há um grande problema com Fake News porque é algo inventado e propagado muitas vezes por maldade. É preciso de esforço das pessoas para detectá-las. Assim que elas receberem essas notícias, elas devem analisar, pensar, ver se a notícia é falsa, para só então repassá-las.  

Arte

Yasmin do Nascimento Oliveira, 1.5


Arte

Priscila Siqueira, 1.5


Arte

Priscila Siqueira, 1.5

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Biografia


Laís Felipe de Moraes, 3.13

Biografia

A
ristóteles caminhou despretensiosamente por Atenas centenas de vezes. É ele o dono da ideia fadada ao esquecimento de que somos seres sociais, políticos, diferentemente do conceito deturpado de política dos dias de hoje. Aguardando a deixa perfeita para seu discurso recheado, sim, de pretensões, definira tal valor como intrínseco em todos os seres humanos.
Em 2016 fui convidada a me candidatar ao cargo de vereadora jovem. Houve eleições pela escola e ganhei o primeiro lugar, sendo acompanhada por mais duas pessoas. Nós ganhamos cadeiras na Câmara Municipal de São João del-Rei e nos reuníamos todas as sextas com o propósito de criar preposições de lei para a cidade.
Sentados como adultos, nós, treze adolescentes de diferentes escolas e realidades, desenvolvemos atas, propostas de lei e discussões vitais para nosso crescimento. Elegemos presidente, vice e secretário, tivemos cerimônias de iniciação e encerramento, aparecemos na TV e sentimos na pele o que nossa presença e intervenção poderiam alcançar se fossem constantes.
A iniciativa não só me fez ver a complexidade de se formular uma lei, mas também a falta de maleabilidade de um país emaranhado em burocracia. Diante da infeliz crise vivenciada pelo Brasil, a falta de compromisso e empenho das personalidades elegidas na cidade é denunciada quando propostas beirando a inutilidade tomam o espaço de iniciativas realmente transformadoras.
Em um país onde não se estimula a produção, o investimento e a autonomia, a política vira crime. O jogo e a corrida presidencial não envolvem o eleitor, apático, indisposto a se tornar um criminoso. Porém, garanto que a experiência inesquecível que adquiri ao ceder curtas horas do meu dia me sentando e encarando a realidade não me tornaram passível de prisão, e sim de extrema liberdade – sentimento de que todos os cidadãos deveriam usufruir.

Meu patrimônio: fonte de motivação


Júlia Maria Mendes Oliveira – 3.12

Meu patrimônio: fonte de motivação        

A
história de cada indivíduo é marcada e formada através dos vários momentos vivenciados, sejam eles bons ou ruins, como também por bens materiais e imateriais que nos remetem algum valor importante. Como exemplo, esta casa é um bem material e patrimônio privado de meus avós maternos, seus quatorze filhos que ali foram criados e seus netos.
Localizada na cidade de Santa Bárbara do Tugúrio, no interior do estado de Minas Gerais, foi construída em meados da década de 1960 e atualmente não há moradores. Traz consigo a sua grande importância tanto física quanto abstrata e sentimental, visto que marcou o início da vida de minha mãe e seus irmãos.
Inicialmente era feita de barro e sapé, depois adquiriu telhas de barro e paredes de tijolos. Embora seja antiga, humilde, precária e desagradável aparentemente, estão guardadas em cada centímetro quadrado de sua estrutura lembranças de uma simples família que se encontrava às margens da sociedade, sobrevivendo aos extremos da pobreza na zona rural, assim como nas realidades denunciadas em livros naturalistas.
Esta é uma casa onde cresceram guerreiros, pessoas que superaram das mais difíceis adversidades. Mesmo com as boas recordações não "pesando" tanto quanto as ruins, ambas são cicatrizes de experiências que contribuíram com a forte personalidade das duas gerações originadas: filhos e netos.
O patriarca da família muito valoriza este edifício e não permite de modo algum que seja destruído, pois é motivação para todos nas ocasiões em que a vida testa nossas identidades como vencedores. Este lugar é, para nós, sinônimo de superação.

Biografia


Karine de Oliveira Gomes, 2.8

Biografia

A
o chegar à adolescência, indo à fase adulta, "Ele" achava que tudo se resumia ao simples prazer. Prazer esse que eu diria que seria mais curiosidade. Curiosidade essa que sairia caro; não só no sentido material, mas também no sentido afetivo e psicológico. Essa curiosidade não passava de uma mera ilusão. Tudo começa com influências "negativas". O querer conhecer algo diferente não passava de uma droga. "Ele" começa pela maconha. Mas antes disso, ao conhecê-lo, minha mãe sempre falava que "Ele" tinha seu trabalho, mas ao se ver diante da recompensa do seu trabalho, "Ele" gastava com as drogas. Falo drogas, porque não ficou só na maconha, passando pela cocaína e chegando ao crack. Droga essa que fez com que afetasse o convívio entre eles.  Ficamos então eu e minha mãe. O que fazer agora? Minha mãe, muito especial - quando digo especial não é só no sentido de ser mãe, mas no sentido de ser mãe-pai, trabalhando para que não deixasse faltar o mínimo para nós - sempre foi muito correta em relação as suas atitudes. Não posso me esquecer de falar de Deus, que sempre esteve conosco e junto de minha avó paterna. Avó essa que nunca desistiu de seu filho. Filho que se desviava cada vez mais, deixando que a vida lhe escapasse entre os dedos, mas novamente Deus estava presente. Foi quando surgiu um lugar que para "Ele" era uma prisão, mas, para sua família, e principalmente sua mãe, era o lugar que poderia ajudá-lo a se libertar dessa dependência e sair dos prazeres mundanos que havia destruído não só sua vida, mas a vida das pessoas que o amavam. Um lugar ao qual "Ele" decidiu ir por conta própria depois de muitas tentativas. Esse lugar era uma clínica para dependentes químicos. O tempo passou... Permanecera lá por nove meses, tempo esse que simbolizou para nós um renascimento. Foi quando o nomearam para monitor da clínica, ficando na cidade de Juiz de Fora monitorando essa clínica por dois anos. Então decidiu recomeçar sua vida ao lado de sua família, aos meus 12 anos "Ele" me procura para que eu possa ajudá-lo a se reconciliar com minha mãe, conversaram e assim "Ele" voltou para junto de nós. Essa atitude da minha mãe fez a diferença em nossas vidas. Iríamos recompensar o tempo que ficamos afastados. Hoje voltou com seu trabalho e está junto de nós. Esteve presente em minha festa de 15 anos, pois havia perdido muitas datas importantes. O “Ele” citado é meu pai. A clínica que citei, que para muitos é um lugar visto como prisão, foi o passaporte para liberdade do meu pai e um lugar de extremo significado para mim. Esse é meu bem histórico.

Biografia


Karen Letícia Ferreira Neto

Biografia

M
eu nome é Karen, moro em Barbacena – MG e o maior bem que possuo em minha vida é a casa de minha falecida e saudosa avó.
Meus pais construíram nossa casa no mesmo terreno, nos fundos da casa de meus avós paternos. Eles trabalhavam o dia todo e, com isso, eu e minha irmã ficávamos com nossos avós. Com meu avô convivi pouco tempo, pois ele faleceu quando eu tinha quatro anos de idade. Já com a minha avó, tinha contato todos os dias, praticamente o dia todo. Senhorinha de oitenta e poucos anos de idade, com muita fé e amor incondicional, minha avó manteve a família sempre unida. A casa dela sempre foi, além de abrigo de boas lembranças, a nossa base de ensinamentos. Sempre, apesar de toda e qualquer dificuldade, lá estava ela, feliz e carinhosa... Às oito horas da manhã, lá estava ela, trajando pijaminha flanelado de cores meigas, com cheirinho de café fresco sendo passado no coador de pano na cozinha, e, enquanto isso, ela tratava de seus bichinhos de estimação com o mesmo afeto com o qual tratava nós, humanos. Ao longo do dia, sua rotina não muito agitada devido à idade: fazer almoço, organizar a casa, “crochetar” na varanda, ver TV (mais precisamente terços e novelas), cafezinho às dezessete horas, banho, um pouquinho mais de TV, e depois dormir. Uma vida tranquila, pacata, porém, muito boa.
E lá estava eu, acompanhando tudo de perto, participando de grande parte de sua rotina.
Sextas-feiras e domingos eram seus dias preferidos. Tinha prazer em deixar a casa toda arrumadinha para receber a parte "mineira" da família. Era tradição: sexta tinha a macarronada especial – receita feita pelo meu avô anos e anos, e depois pelas minhas tias, minha mãe e minha irmã, como uma forma de manter meu avô ali presente e a família unida, como ele sempre gostou de ver. Aos Domingos, era feira, missa, almoço na casa da vó, cheirinho de frango ou carne assando no forno, cervejinha para acompanhar o "tira-gosto", refrigerante aos que não bebiam, com direito à sobremesa, seus netos e bisnetos correndo de um lado para o outro, passando pela casa, gritando, fazendo farra e enchendo nossa avó de felicidade e orgulho de toda a família que criou.
Assim era a rotina, até que, infelizmente, ela faleceu, deixando-nos cheios de saudade, mas também de gratidão por termos tido a oportunidade de conviver e aprender com ela. Atualmente, a família, ou parte dela, encontra-se na casa, uma vez por mês, em um almoço de domingo.
Por isso e por vários motivos que não caberiam em palavras, afirmo que a casa da minha avó é o maior "bem" que possuo, pois foi lá que presenciei e aprendi a mais verdadeira e pura forma de amor, de união, de afeto, de fé e, sobretudo, a lição de que são nos detalhes mais simples que se encontra a verdadeira felicidade.

Arte


Priscila Siqueira, 1.5


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Lembranças


Sarah Lourdes, 1.1

Lembranças


F
alar do passado é falar de lembranças, boas ou ruins. Elas fazem parte da nossa história, são tantas lembranças, e cada uma delas nos ajudam a construir a nossa história. Nem sei por onde começar as minhas lembranças... Por onde começar? Claro, da minha infância. Bom, maior parte da minha infância foi em Alfredo Vasconcelos. Praticamente me mudei pra lá ainda era bebê, foi lá que eu cresci, tive as melhores lembranças e as piores. Mudei pra lá tinha 8 meses, mas não me recordo disso. Lembro das brincadeiras na rua com os meus amigos, ficávamos até tarde da noite na rua brincando. Bola, pique esconde, soltando pipa. Como lá não tinha muitas meninas fiz muita amizade com meninos, e um deles é o Victor ele era meu melhor amigo, brincávamos de tudo e brigávamos. Nos dois somos filhos únicos então ele era como um irmão para mim. Se pudesse voltar nesse tempo, nessas lembranças boas, que saudade da minha cidade. Mas como nem tudo são flores, existem as lembranças ruins... Foi em Alfredo Vasconcelos que eu perdi a pessoa mais importante da minha vida: meu pai. Eu era muito nova quando aconteceu, tinha 5 anos mas me lembro bem. Éramos muito grudados, ele era tudo pra mim! Lembro das vezes que eu e ele "fugíamos" da minha mãe, íamos para cachoeira. Lembro de quando ele começou a me ensinar a nadar, da vez que eu quase me afoguei. Mas quando eu tinha 5 anos perdi isso tudo. Aos meus 4 anos meu pai foi diagnosticado com câncer no intestino, já estava num estágio bem avanço. Um ano depois eu o perdi... Eu era muito novinha não entendia bem, mas lembro da vez em que fui visitar ele no hospital. E tenho a minha última lembrança dele, foi no meu aniversário de 5 anos ele já estava muito doente, o médico já tinha falado para minha mãe que era só mais um mês. Minha mãe não queria que a minha última lembrança dele fosse em um hospital, então, ela organizou uma festa de 5 aninhos pra mim. Não gosto muito de ver as fotos da festa, meu pai já estava muito magro, muito doente. Não é esta lembrança que eu quero ter dele, quero lembrar daquele cara sempre com o sorriso no rosto, brincando comigo. Mas continuando, no dia 30 de maio de 2008 eu perdi o meu papai, o meu herói. Tenho a lembrança como se fosse ontem minha mãe chegando sem ele, parece que eu já estava sentido no meu coração. Perguntei para ela: "cadê o meu papai?" E ela me disse: "Seu papai virou uma estrelinha no céu". No dia do velório dele eu não estava entendo bem, então fiquei com o meu melhor amigo. Já no dia do enterro, minha mãe achou melhor eu não ir, lembro que fiquei com o meu padrinho e chorava, falava: "eu quero o meu papai, deixa eu vê ele". Como a cidade é pequena, todo mundo sabia do ocorrido. A minha antiga diretora, minha querida Tia Imaculada foi até minha casa, me deu muito apoio. Lembro de uma vez estava na escola e ouvi as minhas coleguinhas comentando "O pai dela morreu". Vou parar por aqui, porque já estou chorando. Só tenho a dizer que a vida é assim, cheia de lembranças boas ou ruins. Mas são elas que constroem a nossa história.

Uma História de Vitória


Vitória Maria, 1.2

Uma História de Vitória

À
s vezes, me lembro daquela pequena igreja azul, me comparo a ela em muitas ocasiões, vendo as relações sociais das pessoas na minha frente, enquanto eu fria e quieta aguardo alguma chance de me relacionar, sozinha na multidão, sendo usada, desrespeitada ou tratada como objeto, embora também veja os risos alheios, me empolgo, me alegro, me enfeito às vezes, sinto a paz do silencio, ouço os gritos dos cantos, as músicas, e tudo isso faz parte de mim, da minha história. E da história daquela igreja. Talvez você não acredite no que eu vou lhe contar. É uma verdade difícil de ser digerida por muitos, mas peço que leia este texto com carinho, respeitando as minhas crenças e a de minha família, que sempre vem me apoiando em tudo. Espero que goste.
Deus é a essência da vida, mesmo que às vezes você se esqueça de que ele está lá e se sinta sozinho, ele te vê se perguntando "por quê?" te acompanha em todos os passos, e passa por todo o sofrimento junto de ti. Deus também contém toques mágicos, aqueles que nem a ciência; nem os ateus; nem os historiadores conseguem desvendar. Como o motivo de partículas comprimidas se expandirem de repente, criando um universo tão vasto e bonito. Ou dois gametas se encontrarem e darem origem a uma vida.
 Minha história começa bem antes de mim, acho que todas começam assim; mas pra resumir, vou começar com a história daquela pequena igreja azul que citei no começo.
Tudo começou com uma vontade, uma vontade incomensurável de um jovem descendente Italiano de levantar uma capela em um alto morro de uma cidade. Esse jovem por coincidência era meu parente, algo como o irmão do meu bisavô... Pelo que me contam. Mas pra essa vontade se consolidar era preciso uma imagem, algum título para se erguer a capela. Maio de algum ano que eu não me lembro, pois não estava lá, mas era um mês frio, semana de exposição, e uma imagem de Nossa Senhora de Fátima estava a caminho de Barbacena, por algum motivo inesperado o Helicóptero que a carregava teve problemas ao tentar pousar. E teve que aterrissar em outro lugar, foi logo naquele morro que o Italiano Zinho sonhava. Alguns diriam que foi pura coincidência, pra ele algo divino. Mas não há dúvidas que aquele era o destino. E minha mãe cresceu ao lado daquela igreja, até que alcançou certa idade e reencontrou certo rapaz que havia estudado com ela, então um disse para o outro "Não quero nada sério"; um dia depois se beijaram; um mês depois esse rapaz estava bebendo vinho na casa dela com a minha avó chamando ele de genro. Alguns anos depois e eles estavam casados. (então você para e pensa em como um dia da sua vida pode mudar toda a sua história, se a minha mãe tivesse decidido fazer outro percurso aquela tarde, talvez a minha casa não existiria hoje, nem as rosas, nem as flores, e nem a pessoa que relata esses fatos contundentes, aquele momento que você percebe que uma esquina mudaria a sua vida).
 Algo que não citei é que minha mãe tem um problema de sangue chamado ''von Willebrand'' uma doença hemorrágica hereditária. Resumindo: Ela não pode se cortar, e qualquer pequena esbarradinha é motivo para um novo hematoma. Consequentemente, não podia ter filhos... Nunca! Algo que ela escutou desde pequena; filhos chegavam a ser sinônimo de morte. Enfim... Se passaram três anos após o casamento, minha mãe engravidou!!Ela era professora de informática na Escola Agrícola (atual IFET) e já estava comigo em seu ventre havia cinco meses. Ao voltar pra casa... Um deslize do carro, em frente aquela igreja, um acidente trágico que quase nos levou a morte. Sim quase, minha mãe diz que a única coisa que viu naquele instante foram nuvens. Nossa senhora de Fátima apareceu em meio às nuvens! Ela diz ter sentido um amparo, como se mãos divinas protegessem aquele carro. Só onde estávamos não foi destruído completamente, minha mãe me sentiu pular, então não viu mais nada. Todos tiveram que ir para Juiz de Fora (pois em Barbacena não há um hospital específico para a doença dela). Minha mãe foi se recuperando, um dia a enfermeira chegou perto dela e disse "Se esse bebê for uma menina tem que se chamar Vitória, pois será uma vitória!!". Algumas semanas depois e uma prima da minha mãe vai visitá-la e leva uma grande imagem da mãezinha (como eu gosto de chamar carinhosamente Nossa Senhora) para ela, e diz "Se esse bebê nascer tem que se chamar Maria, pois foi Maria quem a salvou''. Adivinhem quem está escrevendo este texto?? Vitória Maria. E eu perguntava "Mãe, por que não Maria Vitória?". E ela "Porque Vitória veio primeiro". Tá bom, tá bom... acho que isso já serve como biografia para eles.
Certa professora me aconselhou a ser objetiva, eu tentei! Tentei mesmo!! Acho que me saí bem até aqui (se acha que não me saí bem, nem imaginaria o que eu tinha em mente para escrever, desde já agradeço). 
Pra começar saibam que eu procrastino demaaaais e sou muito esquecida, diria que este texto é para ser entregue amanhã, porém já passou da meia noite, e eu estou aqui rezando pra o site não atualizar. Amo escrever, e desejo esse futuro pra mim, se a hipocrisia, o tempo e o dinheiro não me separarem. Poucas pessoas realmente gostam de ler, isto me desmotiva bastante, trocam páginas por telas a todo instante, uma coisa que certamente a folha não faz é me trair... Já tinha começado isto antes, entretanto parece que o notebook não gostou das minhas frases, pois ele decidiu simplesmente apagar tudo... E não é a primeira vez essa semana. Poucas pessoas entendem o que eu realmente quero dizer, e colocam nomes onde não há nomes isso me irrita um pouco. Se quiserem nomes eu lhe darei nomes, não tenho por que esconder verdades, na verdade... Eu lhe darei nomes se me lembrar deles (Já falei que sou muito esquecida?). Enfim... Eu escrevo desde que eu aprendi a escrever óbvio, mas eu conto histórias desde que me entendo por gente!! Minha mãe lia pra mim, e eu amava aqueles contos infantis! Nada de Chapeuzinho Vermelho, nem Bela Adormecida esses já estão ultrapassados demais! Meu livro preferido era "Chapeuzinho Amarelo" de Chico Buarque, mas tinham vários outros... Além das historinhas que meu pai inventava, me contava toda noite era "O olho só" a história de um monstro horripilante, mas bonzinho que consertava bicicletas! Histórias com leões, dragões e até o Minotauro! Quando eu tinha uns 5 aninhos eu chegava à escola e contava as historinhas para os outros, um dia a professora me viu e me nomeou de "Vitória contadora de história" mesmo que eu ache que ninguém mais se lembre disso. (Valeu tia Eneida!) Já no 4º ano, eu aprendi a rimar, ficava brincando com isso o dia inteiro!! Amava a "arte de combinar palavras". Até que um dia, sem querer virou poesia, e ficou gravado "Vitória contadora de história Maria contadora de poesia" como eu amava esses títulos!!
 No 8º ano, primeiras desilusões amorosas, foi um momento crítico onde falar sobre amor já não fazia sentido, e eu nem percebia que Deus estava ali comigo, mas quando só se enxerga dor... Não se enxerga mais nada. Eu poderia falar sobre isso como se fosse ontem, ou melhor, como se fosse hoje. Dia 15 de maio de 2016, tarde ensolarada, violão preto na porta, noite fria. Mas... Considerando que são 3 e 7 da manhã... Melhor desconsiderar esses detalhes. O importante foram aqueles dois meses que eu não conseguia nem rabiscar algo escuro no canto do papel, que não conseguia fazer nem uma rima boba e isso me atormentava a cada dia que passava. Acho que foram os dois meses mais longos da minha vida, pense... Estou aqui há 5 horas e nem vi o tempo passar. Apelidei está fase de "crise criativa". 
Hoje estou aqui, descobri as metáforas e não consigo mais me livrar delas... Mudei bastante, me destruíram e eu me reconstruí, segurei na mão de Deus e me apoiei nas pessoas que sempre me contavam histórias, (esqueci de dizer que meus avós também sempre me contavam fábulas).
Bem minha estrutura nunca foi de ferro. E eu continuo me comparando a aquela pequena igreja azul, estão reformando ela. Eu era uma capelinha hoje sou uma basílica, fui me construindo a cada pedrinha. Ela literalmente cresceu, mas assim como eu, e este texto, ainda está em construção...

Tudo dentro de um quarto


Paola, 1.4

Tudo dentro de um quarto

T
odo mundo tem uma história, especificamente uma parte dela marcante para contar; algumas delas são boas, outras ruins, já outras, sem uma definição. Minha história começa em um lugar sombrio, claro aos olhos de muitos, mas escuro aos meus, um lugar cheio de lembranças e saudades, esse lugar é o meu quarto, onde eu passo a maior parte do meu tempo há seis anos. Tudo começa quando eu sofri algumas mudanças que mexeram com o meu psicológico, mudanças físicas, mentais, conceituais etc. Foi tudo muito difícil pra mim, já que sofro com ansiedade desde criança. Meu quarto foi o primeiro lugar a me abrigar e a me consolar, foi lá onde eu chorei pela minha primeira de muitas paixonites, onde eu chorei por perdas de pessoas queridas, onde eu sorri por receber notícias boas, onde eu me descobri e onde eu criei sonhos e metas. Houve um tempo em que eu tive uma vida social agitada, saía com os amigos, fazia coisas que adolescentes fazem, como sair à noite pra conversar, comer, rir, ver filme, encontrar aquela pessoa, e isso tudo foi ótimo para mim; sentia-me liberta de tudo que eu já havia vivido. Mas, com o tempo, as coisas foram ficando difíceis em casa, e aqui dentro de mim, foi se tornando um abismo, eu já não me sentia confortável para sair de casa, meus amigos me deixaram e foi aí que meu quarto se tornou meu melhor amigo, ou o meu pior inimigo. Meu quarto guarda lembranças que nunca mais voltarão a ser vividas, e que me causam saudades, não que isso seja algo ruim, mas tudo fica mais difícil quando fica registrado apenas em sua mente. Posso dizer que as dificuldades que eu passei em fortaleceram e eu conseguir enxergar a vida de outro jeito que poucos conseguem ver; isso me fez criar metas, sonhos que para muitos serão impossíveis. Acho que impossível seria um quarto ser o melhor amigo de alguém. Espero ter muitas páginas para virar ainda dessa história, pois para mim, ela só está começando.

Biografia


Rafaela Damasceno, 1.5

Biografia

A
 casa do meu avô foi o bem material que escolhi para desenvolver o trabalho. Embora ele já esteja falecido, tanto sua presença quanto sua casa foram e são coisas marcantes para minha família.
Bem, a procedência dos meus familiares é algo meio complicado; há alguns mais velhos que dizem que um dos meus bisavôs foi adotado, entretanto, nunca comprovamos. Enfim, meu avô veio de uma “roça” próxima a Barbacena, chamada Peixoto. Ele e minha avó se casaram e tiveram o primeiro filho por lá. Depois de um tempo, vieram para Barbacena, onde tiveram os outros filhos, incluindo o meu pai. Toda vez que tocamos nesse assunto com minha avó, ela relata que foi uma fase dura, muitos filhos, dificuldade financeira, pressão de alguns familiares e outros problemas típicos dessa época.
Diante de tudo isso, meu avo começou a consertar automóveis, e alguns dos meus parentes dizem que ele era muito inteligente, conseguia rapidamente aprender novas técnicas e o funcionamento de peças diferentes. Assim ele foi, aos poucos, melhorando a casa pequena que tinha construído com a ajuda da minha avó. Na casa há, até hoje, o quarto em que ele guardava suas ferramentas.
Minha avó o traiu, saiu de casa e, a partir daí, ele criou os cinco filhos, com sua oficina improvisada e até hoje é conhecido no bairro por causa disso. Chegou a se casar de novo e teve mais uma filha. Mas, dentre todos os filhos, o único que continuou no ramo mecânico foi o meu pai.
Desde que ele faleceu, este ano foi primeira vez que a casa ficou vazia, pois alguns dos meus tios moravam lá até então. É por conta desta história que essa casa representa muito para mim; representa o quanto meu avo batalhou para cuidar dos filhos, representa a profissão que o meu pai herdou e me mantém através dela, representa o lar. E me lembra que, mesmo que meus planos deem errado, e nada vá como eu tenho planejado, eu tenho um lar, pois alguém antes de mim batalhou para que não me faltasse lugar.

Arte

Matheus Vinicius Julião, 1.4


Arte

Ester Andrade Martins, 2.7


Arte

Lucas Emanuel Augusto Silveira, 1.4


Arte

Ariane, 2.14



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Regulamento Feira Cultural 2018


XII- Feira Cultural Milces de Queiroz Nogueira Amaral – 2018
Regulamento

1.      Das inscrições:
a.    O primeiro período de inscrição dos grupos na Feira Cultural será de 08 a 19 de Outubro de 2018;
b.    Cada sala será um grupo podendo ser divido em até 4 subgrupos;
c.     Cada sala deverá escolher uma área pedagógica e posteriormente um professor da área para ser o seu coordenador;
d.    Para cada subgrupo criado, será apresentado um subtema ligado ao tema principal;
e.    Não serão aceitas mudanças de última hora;
f.      Cada grupo deve escolher dois temas, para em caso de temas de mesmo assunto, o segundo tema será o trabalhado.

2.      Das proibições:
a.    Não trazer bebidas alcoólicas e drogas de qualquer espécie para os trabalhos;
b.    Expressamente proibido o uso de bebidas alcoólicas e cigarro de qualquer espécie nos recintos da escola;
c.     Os grupos que escolherem algum tema que necessite de música deverão trazer fones de ouvidos para mostrá-la ao público, evitando assim atrapalhar a apresentação dos demais grupos;
d.    Os alunos deverão se apresentar devidamente uniformizados no ambiente escolar. Os que desrespeitarem esta regra serão convidados a se retirar para suas casas no intuito de se adequar;
e.    Não será permitido temas sobre filmes, séries ou qualquer tipo de programação sem fundamentação histórica e/ou científica;
f.      Em casos de temas que abordem experimentos, será permitida a apresentação, se e somente se, com a presença de um professor ou técnico da área;
g.    Fica proibido o uso de qualquer material inflamável (ex. álcool, incenso, velas, etc.).

3.      Da arrumação dos espaços destinados aos grupos:
a.    A montagem dos estandes será realizada no dia 23 de novembro de 13h às 17h30;
b.    A escola será aberta a partir das 7h do dia 24 de novembro para a organização final dos estandes;
c.     Todos os espaços utilizados pelo grupo (salas, corredores, pátio e ambientes externos) deverão ser entregues limpos e organizados, sob pena de que o grupo perca 1,0 ponto de organização;
d.    Ao final das apresentações (12h) os grupos terão até as 13h, do dia 24 de novembro, para limpar, arrumar e recolher todo o material usado na apresentação. Devolvendo a sala da mesma forma que encontraram na chegada;
e.    Cada grupo só poderá usar as carteiras e cadeiras de suas próprias salas.

4.      Das apresentações dos grupos:
a.    Os trabalhos deverão ser apresentados durante todo o período da Feira, das 08h às 12h.
b.    Todo o material necessário para a apresentação dos trabalhos (fios, extensões, TV, DVD, etc.) é de inteira responsabilidade dos grupos;
c.     Não haverá horário especial destinado à merenda, cabendo aos grupos a divisão de tarefas e de horários alternados para a alimentação dos integrantes.
d.    Não haverá espaço destinado a venda de produtos coordenada por alunos ou fundos de formatura. Toda a atenção dos alunos deve estar voltada a seus trabalhos.

5.      Da avaliação:
a.    Todos os trabalhos serão avaliados por jurados (professores e funcionários da escola e também por membros da comunidade escolar) sem horário pré-determinado de 08h às 12h e os estandes deverão ficar montados durante todo o horário da Feira;
b.    Caso um jurado se apresente para avaliar o trabalho e não tenha nenhum integrante do grupo para expor sobre o tema, a nota do grupo será automaticamente 0,0 (zero);
c.     São critérios de avaliação dos grupos: criatividade (1,0); conhecimento do tema proposto (1,0); painel, cartazes, fotos e maquetes (1,0); organização (1,0); interação da equipe (1,0).
d.    O desrespeito recorrente às regras acarretará desclassificação de todo o grupo, ficando todos os integrantes do mesmo com nota 0 (zero). As notas não serão afixadas na parede, mas informadas diretamente aos professores;
e.    A nota final será igual para toda a sala.

6.      Das atribuições:
a.    Alunos: organização e elaboração dos trabalhos, obtenção de recursos materiais, apresentação e explicação dos temas.
b.    Coordenadores de Turma: auxílio na definição de temas e na formação dos sub-grupos , entrevistas com a turma e orientação para os trabalhos.
c.     Coordenação: sistematização de todas as fases da feira, conforme divisão prévia estabelecida em reunião.

Cronograma
 1 a 5 de Outubro
Divulgação da Feira Cultural 
8 a 19 de Outubro
Inscrições dos grupos
22 a 26 de Outubro
Análise de inscrições

23 de Novembro
Montagem da Feira Cultural
13h – Início
17h30 - Término


24 de Novembro

Dia da Feira Cultural
7h – Abertura da Escola
8h – Início da Feira
12h – Encerramento da Feira
13h – Fechamento da escola
27 de Outubro
Entrega dos relatórios dos grupos
5 de Dezembro
Entrega e divulgação de notas


Coordenação
       Coordenação de Divulgação e Inscrições
       Direção, Vice direção, Supervisão e Professores:  Simone Oliveira, Paulo Roberto e Luziana Maciel.
       Coordenação de Dados
       1º e 3º Turnos: Professores: Simone Oliveira, Paulo Roberto e Luziana Maciel.