Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: junho 2017

terça-feira, 27 de junho de 2017

Feto

POR LAÍS FELIPE DE MORAES, 2.5

Aaah, eu ouvi você gemer.
Você gritou!, mas pediu mais.
E o sabor do que te satisfaz
Te fez renascer.

Ouvi você sendo deixada
Você quebrou coisas demais
Era efêmero e fugaz
Uma surpresa esperada.

E em horas, todas as construções pareceram desabar,
As paredes te fizeram sufocar
E a vida de borboleta dos seus prazeres
Não suportou todos os dizeres:

"Rá rá, como pôde deixar isso acontecer?
Pelos seus pecados quem paga é você!"
E não existiu família, igreja ou amiga
Pra amparar o que estava dentro da sua barriga.
Porque, sim, mãe, eu estava aí.
E a sua vida não me animou.
Tudo o que você digere tem gosto de amargura.
Não tem espaço pra mim no que restou.

Você gritou pelos cantos que queria morrer
E pediu pra parar imediatamente o que não parava de crescer.
Se a solução do seu mundo é morte
Só me deseje muita boa sorte

Porque estou implorando pra você me deixar.
Não é nesse mundo que eu vou ficar.
Pode parar aqui, que eu quero descer.
Não fizeram nem festa pra me receber!

Se você não puder, eu também não vou poder.
Se você não me quer, eu não quero você.

O geral não é igual

POR AUGUSTUS YOUNG

O mundo é vasto. Ele não chega a ser uma massa redonda infinita, mas que é vasto, isso ele é. São quase oito bilhões de pessoas e quase oito bilhões de maneiras de pensar e agir diferentes e quase que independentes entre sim. Não generalizar é algo que na maioria dos casos é tratado como segunda opção e não como algo a se levar sempre em conta. 
Cada pessoa em torno do globo tem sua forma de ser e molestar todos ao seu redor, às vezes todos encontram seres semelhantes, mas isso será coincidência ou destino, nunca será a cópia exata e, por mais semelhante que possa ser, o pensar, o agir se mostra bastante oposto. A uma milha de distância, ou, quem sabe, do outro lado do mundo, pode existir alguém a criar no mesmo momento e, por ventura, no mesmo instante a cura do câncer e uma nova doença. Em teoria, são pessoas com o pensar igual, mas com o idealizar diferente. Em outra forma de se avaliar deve se ver que irmãos gêmeos, que compartilham entre si várias características, se mostram opostos em certos campos da vida, tais como: um pode gostar de carro e o outro de aviões, um pode ser apaixonado por livros e o outro por adaptações que fogem à realidade escrita por escritores incríveis. 
Muitas vezes, o generalizar apenas se faz por medo de enfrentar alguma situação que já causou algum sofrimento ou que causou um estranhamento. Somos humanos e é de nossa natureza desconfiar do desconhecido e criticar, mesmo que não tenhamos esse direito. Ter o hábito de generalizar coloca quem o faz como um ser irracional e não como um gênio das deduções. 
Uma das melhores formas para começar a compreender cada ser como único é abrir a mente e julgar apenas o necessário, como o caráter, que se mostra o essencial em cada um; começar a se aproximar de tribos e grupos que se mostram inofensivos a todos e conhecer suas ideologias e sua forma de agir perante a sociedade. Sem generalizar as pessoas, um vasto leque de oportunidades começa a surgir em qualquer lugar de todo o mundo.

Essência em decadência

SÁVIO


Sociedade oprimida, revolta, pobreza sem estrutura, cidades de loucos
População desempregada, sem um tostão no bolso, passando sufoco
Largados, jogados, deixados de lado, e são tratados como bicho
Esquecidos nas praças, vivendo sem graça, sendo questionados e tratados como lixo
Tudo perdido, uma vida escura, em que desde o passado a pobreza continua
Em que pessoas moram na rua do meio e outras no meio da rua
A crise afetando, mais pobre o mundo ficando, um ciclo que se repete
População sofrendo com a crise enquanto o governo se diverte
Mas a sociedade é hipócrita, consumida pelo mal
Em que ninguém pensa em ninguém, só individual
Em vez de formar, estão destruindo a própria base
Os dias de hoje são histórias de lutas de classes
Mas o povo é imaturo, está perdendo o futuro, problema vai a fundo
Afinal o mundo não está perdido, você que se perde no mundo...

Arte

Maria Eduarda N. Martins, 9.2


Arte

Rafael Souza Coelho, 9.2


Arte

Lidia Rodrigues, 6.14


Arte

Sarah - Maria Isabela, 9.2




quarta-feira, 21 de junho de 2017

Uma lixeira chamada Terra


Desde os primórdios da existência, o homem sempre teve a necessidade de consumir, sejam alimentos, matéria prima, água e infinitas coisas. Antes a necessidade era suprida pela natureza e a ela os detritos provenientes do processamento biológico eram devolvidos, de forma que estes não prejudicavam o ambiente. O tempo foi passando, o mundo se desenvolveu, a população aumentou, as necessidades mudaram... Eis que tudo se fez novo! Melhor para nossa comodidade, pior para o planeta.
A ciência e a tecnologia evoluíram de uma forma assustadoramente rápida. A cada ano, novidades surgem, tornando ultrapassados os impasses enfrentados em épocas anteriores. Graças a incansáveis estudos, as pessoas podem acessar informações de qualquer lugar do mundo, se locomover rapidamente, desfrutar de alimentos mais suculentos e livres de pragas, podem se munir de tecnologia de uma forma acessível... São inúmeras as vantagens, porém elas têm um custo altíssimo, que passa despercebido pela maioria. No mundo inteiro, os seres produzem anualmente 1,3 bilhões de toneladas de lixo (dados de 2012), que é depositado nos mais variados lugares do planeta e pode ser lançado até no espaço!
De onde vem tanto lixo? Movidos pela necessidade de possuir, os seres cada vez compram mais e nunca estão satisfeitos. Querem casas maiores, carros mais potentes, TVs com telas maiores e mais finas, celulares mais modernos... Cada vez mais, eles compram e o que se torna “velho” é descartado, simplesmente, sem consciência alguma. A realidade é triste, infelizmente o planeta está sendo inundado por lixo e substâncias químicas cada vez mais nocivas e prejudiciais à saúde.
Como deter tudo isso? É impossível, existem apenas maneiras de amenizar. Reciclar, Reduzir e Reutilizar são métodos imprescindíveis. Aliando os 3Rs à simples pergunta: “É necessário?”, tem-se o início do processo. É necessário bem mais do que isso: as escolas devem cultivar a consciência, o governo precisa punir os principais produtores de lixo em excesso... Além disso, algumas atividades simples do dia a dia podem restaurar a saúde do planeta. Faça sua parte!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Só para não perder o costume...

POR LAÍS FELIPE DE MORAES, 2.5

Abaixem seus braços, coloquem suas mãos sobre outras cabeças e murmurem seus pedidos incessantes em outros ouvidos. Ou construam um círculo permeável e coloquem suas serpentes falantes, seus deuses do mar e seus reencarnados para conviver. Porque em algum dia um filósofo disse "Se Deus não existisse, teria de ser inventado". Aquietem-se ou pasmem: foi apenas isso o que aconteceu.

Nossa ignorância

POR THÉO BERNINI

E assim segue a nossa “querida” pátria: um presidente a cada ano, um presidiário com mais direitos que um trabalhador. Um país que usa o termo “OBRIGATÓRIO” ao se voltar para o alistamento militar, escolas com um ensino defasado e as ruas mais sujas que o próprio aterro de lixo. E o que estamos fazendo? Estamos sentados em frente a uma televisão, bebendo o vômito que sai dela, fazendo das opiniões dos outros a nossa, em vez de lutarmos pelo chão que pisamos.
A cada dia que se passa, milhões e bilhões são tirados de nós, de nossos filhos, família, saúde, enfim, dos nossos direitos. Abrimos mão dos nossos deveres como cidadãos, aceitamos a maré de facilidade que nos oferecem, temos preguiça de acabar com isso e nadarmos sozinhos. Eu e você não dependemos de ninguém para fazermos a diferença e darmos o “grito de basta”. A união faz a força, mas cada um tem os seus motivos para ser forte, então lute pelo que é seu. O Brasil precisa de mudanças!


Minha identidade

POR JULIANE CAMILLY LASNOU COSTA, 9.1


Como começar um texto falando do que você sente? Difícil. Não?
Pois é, eu acho, mas o mais difícil ainda, principalmente, é não saber o que você está sentindo... Eu sou uma pessoa assim, estou meio desgovernada, sem saber onde está o freio. Meio chata, confesso, eu não sei o que está me fazendo ser assim, não sei se é fase ou se está nascendo algo de ruim dentro de mim, mas de uma coisa eu tenho certeza: é pura burrice minha tentar ser o que não sou. Às vezes, para eu me enturmar, canto músicas com letras horríveis só para ter atenção e para todos saberem que eu sei cantar a música do momento. Estou querendo chamar atenção onde não tenho de chamar. Às vezes, falo coisas de que até Deus duvida, só para ser incluída entre os amigos...
No meu caso, eu acho que é o amor, ele que me torna uma pessoa que não tem identidade própria, que tenta ser igual a todos e tal, um amor não correspondido, um amor inexistente... Enfim, um amor que não vale a pena.
É, estou passando por uma fase de transformação e descobertas, em que eu tropeço em todos os obstáculos que vejo pela frente...
Espero que essa fase seja passageira, porque isso está me corroendo por dentro cada dia mais e acabando com as minhas verdadeiras amizades...
Dizem que o tempo e tudo passam, espero que não demore muito, pois a vida é só uma para eu viver infeliz!!!



Arte

Igor César Campos, 3.3


Arte

Marcos Túlio Piva da Silva, 3.2


Arte

Matheus Vinícius Julião, 9.2


Arte

Samuel César de Macedo Siqueira, 9.2


Arte

Jhenyffer Luyse Ferrão Silva, 9.2