Por Mateus Rodrigues da Silva, 1.4
A vida como ela é
Hoje, ao deslocar-me para o centro da
cidade, vi a vida como ela é: atrasada, ignorante, tosca, arrogante,
antipática. Notei também que as pessoas se preocupam apenas com elas mesmas, desempenhando
assim uma sociedade carente de bons sentimentos.
As pessoas não se cumprimentam,
não se dão “bom dia” ou “bom fim de semana”, não se preocupam nem em conceder a
travessia a um pedestre. Elas não se interessam em se importar com o outro, ou
seja, a falta de empatia.
Percebi também que as pessoas
costumam se reunir, mas não com o intuito de conversar ou falar das novidades
da vida, mas sim para beber, fumar, se drogar e até roubar. As pessoas,
ultimamente, perderam suas essências, perderam suas identidades e,
principalmente, seus sentimentos e noções do tempo e da vida.
Detectei também, que as pessoas
compram carros, motos e até bicicletas não para suas respectivas funções, mas
para ostentar. Para mostrar aquilo que elas possuem, para virarem umas às
outras e dizerem “olhe o que eu tenho” ou melhor, “sabe com quem está
falando?“. As pessoas culminam-se, as pessoas matam-se, as pessoas corroem-se.
Concluo suplicando o poder da
escolha, o poder de escolher ser melhor, ser diferente, ser amoroso, enfim, ser
sentimental. Deixo também uma frase de Jean-Paul Sartre: “Eu sempre posso
escolher, mas devo saber que, se não escolher, ainda estou escolhendo“.