Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 05/02/18

quarta-feira, 2 de maio de 2018

A fênix opressora


Victor

 

A fênix opressora


F
 inal de ano, que era para eu estar contente, eu estava no fundo do poço, com o corpo coberto de cinzas, só me levantando aos poucos e me queimando por dentro de aprendizado por ter errado. E, do ano velho para o ano novo, eu ressurgi como uma fênix, queimando aqueles que me queimaram apenas com um olhar devastador de superioridade e iluminando o caminho daqueles que mostravam que são leais a mim. Passei a enxergar em tudo que era ruim, uma coisa boa; e em toda coisa boa, uma coisa ruim. Virei uma fênix opressora dos meus próprios medos e pesadelos.

A capacidade independe da condição física


Jéssica Andreia da Silveira, 3.12

 

A capacidade independe da condição física


Q
uase um quarto da população brasileira é preenchido por pessoas que possuem alguma deficiência. Esse é um número relativamente grande, mas há muitos que desprezam as diferenças. E ainda se fala em inclusão. Hoje, há cota em empresas, porém não são preenchidas conforme o esperado.
A estrutura sociocultural dos povos criou a divisão do conceito, marcado em décadas. Há grupos que tratam a deficiência como um problema, assim como a Alemanha nazista onde o líder, Hitler, pregou o extermínio não só de judeus, mas também de deficientes.
Em nosso país, a falta de estrutura gera dependência, o indivíduo é incapaz de sustentar-se, delimitando o contato social. Não há apenas barreiras físicas como a falta de acesso, mas também de aceitação por parte daqueles que tratam diferente algo de mesma capacidade.
As cotas empresariais e estudantis trazem à nossa cultura uma oportunidade intelectual e financeira àqueles que se viam incapazes.
Esse ano, faleceu o reconhecido pesquisador da ciência Stephen Hawking que, mesmo convivendo com a doença denominada ELA, deixou bem claro que a capacidade intelectual não depende de forma alguma de sua condição física.
O apoio a cotas deve ser mantido, fazendo com que a estimativa de pessoas incluídas cresça percentualmente. Oportunidade para que esses adentrem e construam sua identidade social, cumprindo seu papel como cidadão, trazendo, por consequência, um país mais igualitário. Reforçando também os investimentos que são necessários para uma interação de governo, população, em que essa inclusão seria porta de muito aprendizado intelectual dessas pessoas.

A vida


Thamíris Abadia Bernini Souza e SIlva, 3.11

 

A vida


A
 vida não é um mar de rosas, mas é um aprendizado contínuo. A cada dia vivido, novas experiências que fazem com que a gente se torne uma pessoa humilde, compreensiva e nos fazem enxergar em nós mesmos os nossos defeitos e nossas qualidades, para que melhoremos.
A cada dia, uma nova batalha dentro de si. Na vida, nada é fácil, mas nada é impossível.

Um dia a mais ou a menos


Náira Maria da Silva Malta, 1.4

 

Um dia a mais ou a menos


M
aria, quarenta e três anos,  mãe solteira de três filhos: Ana, de dezessete anos;  Davi, de doze anos; e Alice, de apenas seis anos. Levanta às 5h30min para ir à luta; para ela, um dia normal como todos os outros.
_ Bom dia, Davi! Levanta-se para ir à escola.
_ Bom dia, mãe!
_Bom dia, Ana e Alice! Está na hora de acordar!
_ Bom dia, mamãe. Disse Alice com a voz mais doce que Maria podia ouvir.
Enquanto Maria prepara o simples café da manhã, ouve barulhos que não são incomuns na periferia em que habita.
Diz Alice:
_ Mamãe, estou com medo. Alguns meses atrás, quando ouvimos esses disparos, papai foi morar com Papai do Céu e até hoje tenho saudades.
_ Não se preocupe, meu amor. Vai ficar tudo bem.
Depois de meia hora de um confronto intenso entre policiais e bandidos, eles conseguem sair de casa: Ana e Davi para a creche e Maria para o trabalho.
_ Boa aula para vocês, meus filhos.
Como Alice ficava o dia inteiro na creche, sua mãe lhe diz:
_ Filha, não saia com ninguém da creche sem ser eu, tudo bem? Mamãe ama muito você.
_ Tudo bem, mamãe. Também amo você.
Um abraço forte e Maria segue para o seu trabalho. Maria é uma pessoa carismática, distribui amor por onde passa. São 12h30min, horário de almoço de Maria, tudo está normal, como qualquer outro dia. Com muita lentidão a hora passa e chega o momento de buscar Alice na creche. Com muita alegria em seus olhos e, principalmente, no sorriso inocente, Alice diz:
_ Que bom que você veio, mamãe. Já estava com saudade.
E então Maria sorri.
Para chegar até sua casa, são dois metrôs e um ônibus. Chega então à primeira estação de metrô. Há muito movimento, pessoas voltando do trabalho, algumas indo ao trabalho, outras indo encontrar pessoas amadas, pessoas tristes, felizes, indesejadas, enfim, vários tipos de pessoas e pensamentos em um só metrô. Maria sente um aperto enorme em seu peito, não sabe o que fazer, pensa somente em seus filhos Ana e Davi. Pega seu telefone e liga desesperadamente para eles.
O telefone chama uma, duas... sete vezes. E ela só escuta:
_Sua ligação está sendo encaminhada para a caixa postal.
Depois de tentar sete vezes para Ana e cinco para Davi, ela então decide deixar sua mensagem na caixa postal:
_ Filha, estou preocupada com você e seu irmão. Assim que ouvir essa mensagem, por favor, me liga.
Conforme chega perto de casa, algumas lágrimas inevitavelmente caem e então Alice pergunta:
_ Mamãe, por que você está chorando?
_Não é nada, filha. Só estou preocupada com seus irmãos, mas ficará tudo bem.
_ bom. Diz Alice com voz de choro.
Chegou, Maria entrou rapidamente, pois queria ver o quão bem seus filhos estavam e era apenas preocupação normal de mãe após 12 ligações não atendidas. Infelizmente, não foi nada que ela desejava ser, havia sangue para todos os lados: chão, sofá cortina...
{Gritos, choros} _ Ana, acorda, filha. Davi, por favor. Não façam isso com a mamãe! Por favor, por favor! _ Gritava repetidamente.
A partir do momento em que Maria viu aquela cena, ela teve certeza de que o céu poderia brilhar todas as manhãs, que os pássaros poderiam cantar, mas que eles nunca mais acordariam felizes  como acordavam todos os dias. Maria só quer paz, poder voltar ao trabalho tranquila, para que outra família não chore alguma perda.
Eram cinco até uns meses atrás, três disparos em menos de sete meses acabaram com aquela família. Agora eram somente Maria e Alice, tentando achar uma paz neste mundo onde vidas são tiradas sem nenhum motivo. Era para ser apenas mais um dia normal, mas foi o pior dia da vida de Maria: dois filhos mortos, uma mãe que chora e a sociedade que vira as costas.

A qualquer picotador de almas


Por Vitória Maria Gava Ferreira, 1.2

 

A qualquer picotador de almas


P
 erdi meu dom de falar, aquele entusiasmo por que tanto zelava. Com raiva, amor e ironia, te dedico esta humilde carta. E se pudesse dizer, te contava, por que há tempos fiquei com medo de olhar as estrelas. E como eu queria te escrever mil versos de amor, te representar em cem cores de aquarela, te entregar o broto da rosa, o coração da mais pura e singela, mas não! Minha indecisão! A pressão e sua opinião fazem cada vez mais cair pétala por pétala da flor de que nem restaram pétalas. Cortarei essas páginas... corações de papel. Se o caderno não acabar, meu destino será o céu. Me poupe, meu amor. A vida não me deu opção e, se faltar amor, não falta inspiração.

Arte

Marcos Túlio Piva, 3.3 EJA


Arte

Yasmin do Nascimento Oliveira, 2.5


Arte

Nathan de Souza Dutra, 3.13


Arte

Ketlen Cristina da Silva, 3.12


Arte

Anna Clara de Oliveira Linck, Bruna Maria Assis da Silva, Carolina Vanessa do Nascimento, Laila Fernanda da Silva, 3.12


Arte

Ester Andrade Martins, 2.7