Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 10/27/16

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Arte

Cassia  Duarte, 8.3


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Daniel Henrique, 7.5


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Juliane Camilly Lasnou, 8.3


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Matheus Julião, 8.2


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Marcos Túlio Piva da Silva, 2.5


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Herbert Richards de Oliveira Carvalhães do Carmo, 6.6


Você pratica a sua ética?

POR CARLA CRISTINA DE SOUZA MARQUES, 3.1

No dicionário, a palavra ética traz a seguinte definição: “Filosofia que estuda os valores morais; moral; valores profissionais”. E para você que está lendo esse texto, o que significa a ética?
Essa pergunta, na maioria das vezes, se transforma em um quebra-cabeça daqueles de níveis avançados, difícil de solucionar. Mas é uma pergunta fácil de ser respondida. A ética, além de possuir um valor próprio moral, é um benefício gratuito dado a toda sociedade.
O respeito, a razão e a coletividade são alguns conceitos que formam a estrutura ética de um cidadão. Mas ao contrário da teoria, a prática deixa a desejar. Meu (minha) caro (a) leitor (a), você pratica a sua ética neste ambiente escolar? Responda para si mesmo, quero que você pare e reflita e, ao final deste texto, você poderá pôr em pratica sua ética.
Um exemplo do meu dia-a-dia em que eu vejo que não há a prática da ética é o momento do intervalo das aulas, o nosso recreio. Como de costume, ao bater o sinal do intervalo, saímos de nossas salas de aula para “formarmos” a fila para a merenda. Mas, aos poucos, certos alunos simplesmente passam na frente dos outros.
E a cada segundo surgem alunos que utilizam os espaços que há e adentram, e começa aquele tumulto. E se você reclamar e questionar o porquê de eles estarem desrespeitando os demais, você acaba sendo insultado. Uns reclamam, outros fingem que nada acontece. O problema está ali, mas ninguém quer enxergar. 
O fato é que passamos boa parte de nossas vidas frequentando a escola e, nela, nós alunos aprendemos a nos tornar cidadãos. Nossos professores, nossos pais, e até mesmo a sociedade aos poucos, vão nos lapidando; e de uma pedra, a intenção deles é nos transformar em diamantes, fortes e grandes, que sejam capazes de usar todo o conhecimento adquirido em prol do bem-estar de todos, sem termos o pensamento de um individualista que só pensa no próprio umbigo.
A estrutura da escola, da casa e da sociedade não é formada apenas de tijolos, concretos, etc. A base, o alicerce dessas estruturas somos nós cidadãos, e como se pode querer uma boa estrutura se a sua base, o seu sustento não é bom? Chega um ponto em que tudo desaba e, para que isso não ocorra repetitivamente, é preciso que a realidade mude.
Para muitos, tudo isso que eu escrevi pode ser besteira, mas tudo isso tem um fundamento e uma razão. Meu objetivo não foi julgar os alunos do “HD”, pois eu sei o que se passa dentro da cabeça de cada um deles.
Mas de alguma forma, quero ajuda-los fazendo esse alerta: nós não vivemos na sociedade sem motivo, vivemos em coletividade justamente para aprendermos a lidar com as mais diversas realidades. Pois o mundo é uma espécie de “game” no qual só sobrevivem os mais fortes, mas não de massa muscular ou que possuem as melhores armas, mas sim aqueles que usam as melhores ferramentas: a inteligência, a razão, o respeito e a ética.

Jovem contemporâneo

POR ARMANDO VIGIANI, 3.2

Diferentes dos movimentos nazifascistas, no qual o jovem era submisso aos governantes, tendo ideias suprimidas, atualmente, em grande parte do mundo, retirando países que ainda permanecem sob regimes militares, os jovens têm liberdade e poder suficiente para promover mudanças na sociedade.
Tais jovens, a cada dia, aprimoram ainda mais sua mente, tornando-se mais competentes, devido aos conceitos aplicados em determinadas instituições, conhecidos como inteligências múltiplas, que é um método pesquisado por psicólogos e sociólogos da Universidade de Harvard nos EUA, que consiste no fato de que o aluno apenas deve focar na área em que tem maior aptidão.
Os jovens estão cada vez mais divergentes, comprovando tais fatos: a teoria da modernidade líquida do sociólogo polonês Lygmunt Bauman, na qual, devido a essa tecnologia e o rápido fluir do tempo, as relações se tornam menos emotivas e sentimentais. E devido à rápida transição temporal, as crianças sofrem de amadurecimento precoce, tornando-se consumidores. 
A ética que rege os jovens está em “déficit”, consequentemente, prejudicando a moral e transformando a sociedade em amoral. O tal “corrigir” é necessário, assim como a participação e ampliação de projetos visando não só os jovens, mas também as crianças.

Correria

POR CAMILA GONÇALVES TEODORO, 2.5

A casa estava silenciosa, assim como todos os dias, até que os primeiros raios de sol começaram a clarear os quartos e, logo em seguida, os despertadores começaram a tocar simultaneamente, avisando que já era hora de levantar. A empregada que já estava de pé há muito tempo preparava, quase que de maneira automática, o café da manhã. 
Aquela mesa gigantesca, que ocupava quase que metade da cozinha, ficava sempre repleta: frutas, pães, torradas, geleias, biscoitos, café, sucos e tudo que se pode imaginar, na maior diversidade e quantidade possível. A mãe, a mais pontual, era a primeira a chegar à cozinha, já de banho tomado, roupa trocada, cabelo escovado e bolsa na mão, pegando rapidamente a maçã mais bonita da cesta e apressando os filhos. O menino era o filho mais velho e todo dia vinha ele descendo as escadas com a mochila jogada no ombro e a mesma cara de sono de sempre, passava pela cozinha sem ao menos admirar a linda mesa feita com tanto carinho, apenas pegava um pãozinho e ia logo para o carro esperar a irmã, que provavelmente ainda não havia nem saído do banheiro. Agora era a vez do chefe da casa; com sua maleta de negócios, já chegava à cozinha falando ao telefone, o único tempo que sobrou foi a conta de tomar seu cafezinho amargo, enquanto, simultaneamente, sua mulher ajeitava rapidamente sua gravata. 
Por último, descia a caçula e a mais atrasada, que, sem tempo para tomar café, passava sem nem olhar para a mesa. Assim mãe e filha saíam, correndo contra o tempo. 
Só restava agora a empregada e sua difícil tarefa de desmontar aquela linda mesa de café que a família nem se dava ao trabalho de bagunçar.