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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Suplantação - Capítulos VII e VIII

 Coluna

Suplantação

Mateus Rodrigues, aluno do 2º do E.M., natural de Barbacena-MG,  foi matriculado no Henrique Diniz no ano de 2017, cursando o 6º ano do E.F. II. Sempre morou  em Barbacena e, por conta disso, conhece, de forma moderada, a cidade.

Começou a escrever para o Tribuna Estudantil durante o 1º ano do E.M., em 2021, e, aos poucos, foi desenvolvendo sua habilidade na escrita. Com isso, começou a explorar novos caminhos, criando narrativas.


Capítulo VII - Climão

Ao voltar para a sala de estar, mamãe já não estava mais lá e, sim, na cozinha preparando o jantar. Permaneci na sala refletindo sobre o que aconteceu momentos antes. Eu sabia, há bastante tempo, que mamãe tinha uma personalidade forte e difícil de lidar, mas, aquela situação me atingiu de certa maneira. Eu estava sentindo um sentimento de censura ou proibição. Por conta disso, fiquei, um pouco, chateado e isso manteve-se por um tempo.

No jantar, mamãe comentava sobre o ocorrido com papai. O clima que, antes estava mais leve, piorou bastante.

- Por que fez isso, Miguel? - perguntou meu pai de forma séria.

- Papai, eu achei que poderia escolher o meu futuro já que todos os meus amigos escolhem os deles - respondia com uma voz de culpa.

- Miguel, entenda, a sua vida não é como a vida desregrada de seus amigos. Você deve obedecer a mim e a sua mãe, não importa a ocasião - dizia papai chamando a minha atenção.

- Mas, papai, o André..

- Silêncio! - aumentava o tom de voz - Não existe “mas” dentro desta casa, mas, sim, regras. E você, como um bom filho, deve segui-las - disse papai interrompendo-me.

Fiquei descontente ao escutar as ordens de papai, mas apenas assenti com a cabeça de forma positiva às falas dele.

Após terminar de comer, papai disse que era para eu ir para o meu quarto e continuar estudando matemática até a hora de dormir. Concordei com a cabeça e fui em direção ao meu quarto.



Capítulo VIII - O castigo

Indo para o quarto, comecei a refletir sobre o que ocorreu na sala de jantar: “Por que papai e mamãe são tão duros comigo?”, ia andando e refletindo. Ao atravessar a casa, cheguei ao meu quarto e peguei o material necessário para o estudo de matemática. Enquanto ia pegando, continuava a pensar. Após um tempo fazendo os exercícios, papai foi conferir se eu estava cumprindo a ordem dada por ele. Passaram-se horas até a hora de dormir, até que papai foi ao meu quarto dizer que já bastava o estudo.


- Vamos, guarde todo esse material e já para a cama – ele ordenou.


- Tudo bem, papai – eu obedeci.