Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 11/07/08

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mensagem do dia


Um rapaz humilde vivia com sua esposa. Em sua cidade tudo era tranqüilo, característica de uma cidade do interior, mas ele não conseguia um emprego para dar a sua esposa uma melhor qualidade de vida, foi por isso que ele pensou bastante e disse à sua esposa: “Vou sair por aí, tentar arrumar um emprego. Não sei quanto tempo ou quantos anos ficarei fora. Quero voltar em boas condições de vida. Serei fiel a você; espero que você também seja a mim!” E assim ele se foi, deixando sua mulher para trás em busca de uma vida melhor.

Ele andou vários dias e noites até que um dia ele encontrou um sítio em que pediu emprego. O dono do sítio ao ver o rapaz e ter ouvido sua história disse: “Tudo bem! Eu lhe dou o emprego, mas com uma condição”. “Está certo, pode falar”, disse o rapaz, e o dono do sítio continuou: “Você trabalha até quando achar que deve e quando quiser voltar para sua casa você me fala que te dou todo o seu pagamento. Você não receberá por mês, e sim receberá tudo antes de partir!”

O rapaz aceitou e foi descansar, pois já começaria na manhã seguinte. Deu tudo de si, mostrou-se capaz. Trabalhou durante 20 anos nesse sítio, anos trabalhados seriamente, com muito esforço. Até que chegou o dia em que ele achou que deveria partir de volta para sua esposa. Chegou a seu patrão e avisou. O patrão disse: “Tudo bem, se você sente que está na hora eu o deixo ir, mas tenho uma proposta: tenho três conselhos para lhe dar, mas você tem que escolher. Se quiser os conselhos, eu não lhe darei nada de seu pagamento, mas se quiser o pagamento, ficará sem os conselhos. Você pode ficar e pensar o quanto quiser. Quando você se decidir, você me fala!”

Esse rapaz foi descansar e, ao se passarem três dias, arrumou suas coisas, foi procurar seu patrão e disse: “Já me decidi. Quero ouvir seus conselhos!” Então o patrão disse: “Se passaram 20 anos. Você já não é aquele jovem que veio me procurar. Teve uma atitude sábia; está certo. Aí vão os três conselhos que caminharão com você pelo resto de seus dias. O primeiro é: jamais escolha seguir por um caminho mais curto para chegar mais rápido; siga seu caminho de costume, pois não se sabe o que te espera nesses atalhos desconhecidos. O segundo é: não seja curioso na hora de um mal, pois essa curiosidade pode ser fatal. E o terceiro e último conselho é: nunca tome decisões de cabeça quente ou com ódio no coração, pois você pode se arrepender mais tarde e aí, será tarde demais”. O patrão continuou: “E aqui nessa sacola estão três pães para você. Dois você pode comer durante a viagem e esse que está separado é para você comer em casa com sua esposa. Pode ir e siga o seu destino!”

O rapaz muito contente seguiu seu caminho, sem o dinheiro, porém com os conselhos. Após caminhar por um dia e estando cansado, ele avistou um senhor que ao se aproximar perguntou: “Meu jovem, para onde irás?” O rapaz disse que seu destino estava distante, a uns 20 dias de longas caminhadas. Então o senhor lhe disse: “Siga por esse outro caminho, pois é mais curto e chegará mais rápido!” O jovem rapaz contente com a dica foi andando, mas veio em sua mente a lembrança do que seu patrão disse: “Não siga por caminhos desconhecidos...”, esse era o primeiro conselho, e com isso ele voltou e seguiu o caminho que conhecia. Enfim, chegou o dia seguinte e esse rapaz descobriu que aquele atalho era uma emboscada criada pelo senhor. Ficou aliviado por ter seguido o conselho de seu patrão e continuou sua jornada.

O rapaz andou durante muito tempo, avistou uma pensão e decidiu ficar lá por uma noite. Ao chegar, ele adquiriu o quarto e subiu. No meio da noite, ele ouviu uns gritos, ia ver o que estava acontecendo, mas ao se lembrar do segundo conselho de seu patrão: “Não seja curioso na hora do mal...”, voltou para a cama. Ao amanhecer, foi acertar as contas e o dono da pensão disse: “Você fez bem em não sair de seu quarto. Você foi o único sobrevivente, pois todos os outros hóspedes foram assassinados por um doente mental que gritou para atrair a atenção e conseguir matá-los!” O rapaz teve um choque com o acontecido, mas no fundo estava feliz, pois estava mais uma vez salvo pelos conselhos de seu patrão. Se tivesse pegado o dinheiro no lugar desses valiosos conselhos, certamente já estaria morto!

Os dias se passaram e, enfim, ele avistou uma pequena fumaça saindo da chaminé de sua casa e, ao se aproximar um pouco mais, ele viu sua mulher abraçada a um homem que estava acariciando seus cabelos. Nessa hora, seu sangue subiu e foi acelerado decido a matar sua mulher e seu amante, mas se lembrou do último conselho: “Não tome decisões de cabeça quente...” Então ele parou e se sentou; começou a pensar. Decidiu dormir ali mesmo e, ao amanhecer, só iria ver sua esposa, depois voltaria para o sítio e veria se seu patrão o aceitaria novamente.

Amanheceu e ele já tranqüilo seguiu em direção à casa de sua mulher. Ela o reconheceu e ficou feliz, mas quando foi abraçá-lo, ele saiu fora e disse: “Só vim lhe contar como foram esses 20 anos na minha vida. Eu não a traí nem em pensamento. Cumpri minha promessa, mas pelo visto, você não cumpriu a sua. Estou voltando para meu antigo emprego para ver se meu patrão me aceita novamente!” Foi então que a mulher disse: “Eu não o traí. Esse homem que você deve ter visto comigo é nosso filho, que tem exatamente 20 anos. Você se foi, mas não fiquei sozinha, pois você deixou o fruto do nosso amor que me fez companhia em todos esses anos. Descobri que estava grávida dois dias depois de você partir!”

O rapaz, ao ouvir isso, caiu em total alívio por ter mais uma vez seguido o conselho de seu patrão. Abraçou sua mulher e entrou para conhecer seu filho. Contou toda a história e se lembrou do terceiro pão, que era para comer com sua esposa, e, ao abrir o pão, ele foi novamente surpreendido por seu patrão, pois dentro dele estava o pagamento correspondente a seus 20 anos de trabalho.

A vida desse rapaz foi repleta de surpresas e se não fossem os conselhos, ele já estaria morto ou mataria sua própria família. Se tivesse escolhido o dinheiro, viveria menos, mas ele optou pelos conselhos que salvaram sua vida, coisa que o dinheiro não faria naqueles momentos. Ele foi humilde e acabou sendo recompensado!

Joseane Priscila de Sousa, 2C

As aparências revelam


Em Barbacena – MG há um shopping center onde todos costumam se encontrar apenas na praça de alimentação, pois nos outros andares, o vazio toma conta.
Em certo dia, Joseph, um menino de rua, foi dar um passeio no shopping apenas para “zoar”. Ao entrar pela entrada principal do shopping, o menino se depara com uma bonita loja de brinquedos, onde pega um brinquedo de cada vez para olhar e fingir que tem grana para comprar.
Quando o segurança bate o olho no relógio e no menino, logo pensa: “ladrão”.
Eram três horas da tarde de ontem quando Joseph pega um carrinho de controle remoto e sai pela pequena loja brincando. Halfeld, o segurança, logo vai em direção a ele e diz:
- Você não pode fazer isso aqui.
- Por quê? – indaga o menino de rua.
- Porque é proibido isso aqui.
- Mas aquele menino está brincando. – retruca.
- Mas ele está com os pais dele e vai comprar o brinquedo.
- Mas eu também vou.
- Hahaha – ri o segurança – Não seja tolo! Você não tem dinheiro.
- Tenho sim.
De fato, Joseph tinha dinheiro. Não tinha era aparência.
- Dê o fora daqui. – disse o segurança nervoso e com a voz rouca.
- Mas...
- Dê o fora moleque!
- Mas eu vou comprar...
- Dê o fora agora! – e o segurança pegou o braço de Joseph levando para fora da loja enquanto o menino gritava.
Halfeld o jogou para fora da loja e disse:
- Você, moleque de rua, não tem nenhum trocado.
Joseph mostrou o dinheiro que dava para comprar até uma bicicleta.
- De onde você roubou isto?
- Eu não roubei.
Joseph tinha roubado, mas não de uma loja e sim de seu pai, em casa.
- Por que você me expulsou?
- Você é menino de rua. Dê-me já essa grana! – ordenou.
- Não.
- Vou chamar a polícia.
A tarde de ontem se calou ao saber que um pobre menino de rua fora expulso de uma loja apenas por brincar com um brinquedo onde todos os outros meninos brincavam. A polícia chegou, levou o menino para o Conselho Tutelar e depois de esclarecer tudo, Halfeld prestou contas à polícia pela expulsão.

Vinícius José Resende de Souza, 2B