Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 04/02/13

terça-feira, 2 de abril de 2013

Desde criança

“Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentido exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância, que teima em voltar cada vez mais nítida"...

Eu sempre tive muito medo... Nossa, a cada minuto em que eu pensava nisso era como um filme de terror, só que sem fim.

Um dia minha mãe disse:

- Letícia, vai lá, não precisa ter medo. Isso é uma coisa tão normal. Toda mulher vai. Elas adoram.

- Mas mãe, eu não vou conseguir nem entrar na porta. Eu não vou me sentir bem. Vou me sentir incomodada e isso também é muito inconveniente para a minha idade.

Não tive como escapar, contei para todas as minhas amigas. A reação? Nem te conto, pois foi uma das piores. Já tive dias melhores.

Meu Deus! Só de pensar me dá arrepios, e a vergonha que eu vou passar depois... Mas eu tenho que pensar que eu cresci e que mais cedo ou mais tarde eu iria ter que ir lá.

Iria ser horrível, mas... Criei coragem para ir.

No dia seguinte estava no meu quarto só pensando em como seria meu dia depois dessa primeira experiência. Tudo na vida tem uma primeira vez.

- Oh! Mas como mulher sofre!

De repente, minha mãe chega ao meu quarto:

-Letícia, marquei para você às 2h, mas você vai querer homem ou mulher?

- O que, mãe? Claro que mulher, isso já é difícil para mim, e ainda homem...

E o tempo foi passando, chegou a hora e fui. Cheguei lá e vi aquela mulher com uma tesoura enorme na mão. Meu coração até disparou.

Tive que vê-la cortando meus longos cabelos que nunca haviam passado por uma tesoura. Foi o pior momento para mim. Para piorar, ela fez um corte Chanel, daquele bem curtinho. Pois é, mas no final até que ficou bonitinho. Nem tudo é o que parece.

Letícia Tayara Ferreira, 3.13

O caso

Meu nome é Dr. Emanuel. Sou um advogado criminalista. O caso que vou relatar comprova, como disse alguém cujo nome não me recordo, que a verdade é mais estranha que a ficção porque não é obrigada a obedecer ao possível.

Mas, enfim, o caso que vou contar, relatar, escrever, foi o pior caso que presenciei em minha vida. Meu Deus! Com vinte anos de “casa” nunca vi uma crueldade dessas!

Tudo começou na segunda-feira, dia 25 de abril. Estava na minha sala na delegacia quando o telefone tocou.

- Alô!

- Venha ao Beco Treze. Você terá uma surpresa. – do outro lado, uma voz estranha.

Ficando assustado com aquilo, peguei a viatura e fui, preocupado com o telefonema misterioso. Cheguei ao tal Beco Treze e vi uma coisa muito forte que nunca tinha visto. Já estavam nele vários animais. Eram tantos que nem podia contar. Confesso que foi uma cena forte.

Peguei o bastão e comecei a espantas os animais de cima dele. Depois que consegui, a cena que eu vi me chocou.

Depois de um tempo em que estava lá eu consegui desvendar o caso. Consegui descobrir o porquê de tanto gato e cachorro. O que estava lá era um saco de ração Pitty que estava aberto.

Yan Lucas de Jesus Trindade, 3.13

O presente

Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentimento exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância que teima em voltar cada vez mais nítida. É nessa hora que percebemos a importância de cada pequeno detalho, desde o mais simples até o mais detalhado. Brincadeiras de crianças, amigos de infância e até mesmo se lembrar do porquê mesmo da caixinha de música ser o presente mais importante que ganhara. O porquê que toda vez em que a abria – e começava a tocas a música – se emocionava.

Quando era pequena – não tão pequena assim, 10 a 12 anos – lembro como se fosse hoje. Era véspera de Natal, as ruas e as casas enfeitadas e iluminadas, toda a família reunida. Meu avô e eu passeávamos na rua e vi em uma vitrine uma caixinha de música. Parei e fiquei observando-a, tão linda, mas, como não podia comprá-la, fui embora triste, pensando em como a queria. Meus pais já tinham comprado meu presente, não iriam comprar outro.

Na manhã do Natal, na hora de distribuir os presentes, juntou toda família menos eu, porque sabia que não ganharia o que queria – a caixinha. Meu avô, vendo-me com o olhar triste, disse-me para não ficar assim porque tinha uma surpresa e então me entregou uma caixa embrulhada – era o meu presente. Quando abri, uma felicidade imensa me invadiu por dentro. A mesma caixinha que olhara no dia anterior agora estava em minhas mãos.O presente de que mais gostei.

Hoje, depois de tanto tempo, olho para a caixinha e me vem à memória a única lembrança de meu avô – o sorriso dele ao ver meus olhos brilhando de felicidade ao ganhar o seu último presente. O mais importante.

Laila Patrícia de Souza, 3.14

Saudades

Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentido exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância, que teima em voltar cada vez mais nítida.

Isso me incomoda um pouco, por não mais poder voltar no tempo e aproveitar tudo aquilo cuja importância eu não sabia. Mas agora que sei o valor delas, sinto que vivi a melhor infância de todas.

Pode não ter sido a melhor, mas sem dúvidas foi a mais proveitosa. Lembro-me das brincadeiras e brigas com as amigas, os choros e as alegrias e me lembro de também de quando eu perguntava algo ao meu pai, algo que ele não poderia me dizer ainda, e ele me respondia:

– Um dia você vai entender! – ou – Quando somos crianças é muito bom, mas quando crescemos temos muitas responsabilidades.

Meu pai estava certíssimo. Antes, tudo era brincadeira, tudo diversão e éramos protegidos do lobo mau, daquela historinha que a mamãe contava.

Agora não. Agora sabemos que não existe lobo mau e que as brincadeiras viraram responsabilidades e que tudo que eu não soube na infância está bem explicado na minha adolescência.

Porque a vida é assim, um desenvolvimento no decorrer do tempo. Sinto muita saudade daquele tempo e penso às vezes que crescer é ruim, mas do que mais me orgulho é de olhar para trás e ver que a minha infância foi bem vivida.

Francielle Cristina Vieira, 3.14

Andrew Thomas

Meu nome é Andrew Thomas. Sou um advogado criminalista. O caso que vou relatar comprova, como disse alguém cujo nome não recordo, que a verdade é mais estranha que a ficção por que não é obrigada a obedecer ao possível.

Estou aqui para provar que meu cliente, Baldwin, é apenas uma vítima das circunstâncias. Não é crime estar no lugar errado, na hora errada.

Vou contra o que aconteceu realmente. Só que peço que não me interrompa, pois o fato que vou narrar é bem complicado.

Tudo acontecer num bar que costuma ser muito mal frequentado por bandidos de todos os cantos. Um lugar sujo e tenebroso. Só de pensar em ir a tal lugar já me dá náusea.

Meu cliente tinha acabado de sair do trabalho. Eram umas dez horas da noite. E, como de costume, ele sempre passava em frente a esse bar para cortar caminho. Uma tolice, em minha opinião, mas isso não vem ao caso. Foi quando ele estava exatamente em frente ao bar que um homem bêbado e fedorento saiu pela porta empurrado e deu um soco em Baldwin. Ambos foram ao chão. Com a queda, meu cliente torceu o tornozelo. Já com o bêbado, foi pior. Ao cair, ele bateu muito fortemente com a cabeça e veio a falecer, com o diagnóstico de traumatismo craniano, Então, esse foi o fato ocorrido, meritíssimo. E, como pode ver, meu cliente é inocente da acusação de assassinato. Agora peço que faça o julgamento.

Certo, advogado, essa história foi bem convincente, mas eu pesquisei sobre o seu cliente e descobri uma coisa que contradiz tudo que você disse ter acontecido.

O que é, meritíssimo?

O nome do bar em questão é “Baldwin’s Bar”. E o diagnóstico que o legista fez em seu cliente mostra que o pé torcido foi causado por um chute bem forte a ponto de botar um homem porta a fora.

Eu o declaro culpado!

Anderson de Oliveira Silva, 3.14

Texto livre

Não quero olhar para trás e ver tudo o que passou de ruim, mas sim me lembrar dos momentos de alegria e das pessoas que fizeram esses momentos ficarem tão marcantes, mesmo que elas não façam mais parte do meu presente...

Acredito em destino e sei que ele se encaminha de colocar as coisas em seu devido lugar, porém, há aqueles que não voltam. E se não voltam é porque não marcaram, e se não marcaram não irão fazer falta.

Creio que para tudo há seu tempo. Imagine se fosse tudo na hora que a gente quisesse, do jeito desejado. Seria tudo perfeito. Não teria problemas, logo nós iríamos parar de viver. O que nos faz a cada dia seguir em frente é a busca pelo ideal.

Se pararmos para pensar, os problemas são bons, pois são eles que nos fazem seguir em frente para que lá na frente nos sintamos realizados!

Marília Samara Santos Guimarães, 3.14

Amor

O amor é um sentimento sem o qual nada seríamos. Todos nós vivemos o mesmo sentimento. Às vezes as pessoas acham que não existe amor verdadeiro, mas existe sim.

Amar não é ilusão, é um sentimento verdadeiro e uma pessoa pela outra, de um homem por uma mulher ou de uma mulher por um homem. Quando amamos alguém de verdade não há nada nem ninguém que separe essa união. O amor é uma força bruta que ninguém consegue destruir.

Quem viveu ou está vivendo uma história de amor sabe muito bem como é amar uma pessoa de verdade. Eu estou vivendo uma linda história de amor. Sou um exemplo disso.

Amo uma pessoa. Ninguém é capaz de me separar dele, porque o amor que sentimos um pelo outros é muito forte. É um sentimento verdadeiro.

Muita gente queria estar no meu lugar agora. Cada um tem que aproveitar a chance que a vida nos dá. Você que ainda não viveu uma história de amor como eu, não perca a oportunidade de viver.

Ana Paula Longuinho, 3.14

A minha rotina associada ao TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)

Às vezes nem sei quem sou. Às vezes penso o porquê do meu existir. Todos os dias os mesmos pensamentos, as mesmas perspectivas, as mesmas ideias e enfim.

Cinco horas da manhã, hora de me levantar; hora de começar tudo de novo; hora de vivenciar um novo ciclo, melhor dizendo, quase um novo ciclo. Eu me levanto e pensamentos já invadem a minha mente. Pensamentos traiçoeiros de morte, assassinato e alguns associados a doenças. São pensamentos que não dizem nada à respeito da minha vida, ou à respeito do meu ser, mas são pensamentos que invadem a minha mente sem que eu queira.

Faltam cinco para as seis e eu nem comecei a trocar de roupa, escovar os dentes e enfim. Em nem comecei a arrumar os materiais para a aula. O relógio já marca 6h20min; o relógio parece que comunica com o TOC e o TOC parece que desapega de mim por uns minutos, mas só parece, aí eu me acelero.
7h. Ufa, cheguei à escola, eu penso. Eu brinco com o porteiro e me desloco em direção à sala de aula; a professora já chegando junto a mim na sala.

Primeira aula é de matemática. A professora já chega e começa a explicar e passar a matéria. Eu tenho que esperar dez minutos com o meu caderno e livro fechados. Eu tenho que esperar, pois o Transtorno Obsessivo-Compulsivo me avisou que se eu não esperasse, iria perder meu pai. Olho no relógio, ainda são 7h02min. Para dez minutos faltam oito. Eu não quero perder meu pai, afinal é o único que eu tenho, mas a professora para e começa a me olhar. Nada acontece; a professora cujo nome é Patrícia decide olhar para o outro lado, mas, logo em seguida, começa a explicar. Ela explica geometria analítica; é eficiente, rápida. Vamos ver agora baricentro e mediana, ela diz com os olhos voltados para mim. As horas passam e logo alguém bate na porta. É o Maicon Marcelo, diretor da Escola Estadual Henrique Diniz, colégio onde estudo.

Eu copio rapidamente o que foi passado. O diretor começa dizendo que tem uma ótima notícia. Mas qual será a notícia? Eu me pergunto em pensamento. A notícia é que nós sairemos cedo. Eu me sinto feliz, pois é melhor para mim. É bom que eu estudo em casa e preparo mais para o próximo dia. Chego em casa, penso que devo abrir e fechar a porta três vezes. Tento me segurar, mas é difícil...

Leandro Marques de Moura, 3.13

Solidão

Estamos sós, estamos mesmo? Temos tantos motivos para não pensar em solidão.

Mas, às vezes, nos paramos a pensar na solidão.

O estar só nos causa temor e insegurança.

Como estou só! Tenho meus problemas, minhas alegrias, minhas conquistas.

Não quero pensar nesta palavra tão pesada: solidão.

Podemos nos sentir sozinhos no meio da multidão.

Como é possível tanta solidão?

Por momentos, nos pegamos chorando. E dá-lhe lágrimas.

Lágrimas e mais lágrimas.

Chega, não quero pensar.

Solidão: vou te ignorar.

Tchau.

Marilene Lopes Rodrigues, EJA2.7

Invasões francesas


Por Ramon Henrique Matos – 2.8

Não satisfeita com a divisão do mundo entre Portugal e Espanha, a França tenta invadir a colônia portuguesa, mas, diferentemente da Holanda, a França tenta invadir locais mais desabitados. Sua primeira tentativa de invasão é na região do Rio de Janeiro. Eles chegam sem maiores problemas, conseguem invadir e fazem acordos com as tribos locais. Não dura muito tempo e o governador geral Mem de Sá é informado sobre a invasão. Ele organiza as tropas portuguesas para expulsar os invasores. Um líder das tropas, o sobrinho de Mem de Sá, o famoso Estácio de Sá, junto de acordos com as tribos, consegue expulsar os invasores.

Depois de algum tempo, a França tenta invadir novamente a colônia portuguesa. Consegue com muita facilidade, pois a região desta vez é o Maranhão, uma região que era pouco povoada por portugueses. Da mesma forma da primeira invasão, eles chegam, fazem acordos com tribos locais e fundam o forte de Saint Louis (que mais tarde se torna a capital São Luís). É criado um forte, que é feito numa ilha da região e isso prejudica o governador geral, pois torna difícil a chegada. Depois de algum tempo de guerra, a colônia francesa começa a ficar sem mantimentos. Após alguma indisposição e acordos, a França é obrigada a se retirar da Colônia do Brasil.