Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 06/28/12

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu e você

Por que devo chorar por você? Sinceramente, você me despreza, maltrata e me faz sofrer. Mas é porque você não tem amor-próprio e, assim, não ama a quem lhe oferece amor.

Eu sou aquele que lhe traz a crença na felicidade, o que lhe traz a paz na vida e o que tenta pregar o amor em seu coração. Mas já que você não aprendeu a dar valor para quem está perto, eu errei muito sobre essa questão. Mas agora eu estou mudando o meio jeito de ser e viver.

Com você, sempre cometi erros, gravíssimos erros. Você sempre perdoou, mas um dia se cansou desse sofrimento. Eu te amava, mas tinha medo de demonstrar e, então, cansada de sofrer, você me largou e se foi. Hoje eu assumo que a amo, mas você nem liga, finge que não gosta de mim.

Mas eu a espero sempre, pois sei que você ainda me quer. Tenho certeza que sim, pois de seu lábios ouvi você dizer que ainda me ama.

Ítalo René Almeida Braz Viveiros, 2.7

Sonho

Sonhei que tudo o que sonhei era um sonho, mas um sonho em que nele se sonhava. E a magia que o possuía tornava tudo uma realidade cheia de encontros, onde somente existia amor. Eram sonhos feitos de poesia... Sonhos feitos de magia, nos quais tudo e todos sonhavam em ter alguém um dia. Um alguém que surgiu do infinito como as estrelas que deslumbram o céu com seu brilho, alguém que tivesse um amor verdadeiro para que o sonho não terminasse nunca...

Queria fechar os olhos e viver o sentido real de um grande amor... Queria sonhar sem nunca pensar em acordar e viver a realidade desse mundo cruel e frio, onde as pessoas se destroem, se tornam amargas, se revoltam contra a própria vida, fazem com que ela se torne um pedaço vazio, no qual não há amor, no qual não há paz e dificilmente compreensão...

Mas às vezes a realidade da vida é um pesadelo, não um sonho e temos que lutar para que essa realidade não se volte contra nós. Temos que sonhar sim, mas um sonho vindo da alma e que nos ensine a viver como amantes da verdade e do amor... Porque sonhar não é impossível... Impossível é não sonhar.

Amo-te! Dedicado ao amor da minha vida!

Alice Regina Silva Assis, 1.4

Eu e meu avô

Sua nuca era gorda e macilenta e sobre ela se espalhavam cabelos esparsos. Movia-se pesadamente na cadeira de balanço.

Sempre toda tarde lá estava ele a fazer parte daquela linda e deslumbrante paisagem. E no vai e vem do balanço da cadeira meu avô contava para mim aqueles contos que jamais esqueci! Depois íamos compor histórias que nossa imaginação deixava rolar! No cantar dos pássaros, no latido dos cães, miados dos felinos, surgia sempre alguma fábula maravilhosa que vovô, tempos à frente venderia a alguma editora famosa, que certamente o faria ainda mais conhecido e respeitado como compositor que era.

Apesar da idade avançada, vovô era moleque como eu e, como tarefas, íamos nos deliciar com nossas histórias, brincávamos de pique esconde, cabra-cega, até de amarelinha! E quando a fome apertava, saíamos correndo para a copa. Depois, de banho tomado, eu ia sonhar e descansar, porque aqueles dias de encantamento e euforia se acabariam, pois com o raiar do dia, retornaria para a casa de meus pais. Mas levaria comigo a lembrança daqueles dias com meu querido vovô.

Alice dos Santos Rocha, EJA2.4