Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 02/26/18

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Uma década

Uma década

Tribuna Estudantil... 
O nome foi escolhido para que os estudantes tivessem onde fazer suas vozes serem ouvidas. Numa época em que pouco, ou nada, podia ser falado, o jornal veio para que os alunos pudessem sugerir melhorias para a escola ou reclamar de algo que os havia incomodado. Ele foi criado também – e principalmente – para que os talentos escondidos pudessem ser expostos; e os sentimentos, externados.
Dez anos se passaram e muita coisa aconteceu. Hoje em dia, com o avanço da tecnologia e com uma direção presente na escola e aberta aos alunos, ficou bem mais fácil sugerir ou reclamar. No entanto, quando se trata de expor sentimentos, continua sendo melhor escrever, e nota-se bem mais fácil mostrar sua arte no mural da escola do que nas redes sociais. Houve anos em que a participação deixou a desejar; houve outros em que o jornal “bombou” e deu trabalho publicar todo o material; houve, inclusive, aqueles em que nem tudo foi publicado. Mas sempre pude contar a compreensão da minha equipe: os alunos.
Com o tempo, o TE passou a ser também a memória do HD. Através do blog, pode-se ver todo o material publicado desde 2008, além de todas as fotos e todos os vídeos dos eventos da escola (Feira Cultural, Festa Junina, Festival de Videoclipes...). Tribuna Estudantil – o jornal e a memória do HD! Os autores aqui convidados fazem parte dessa memória. Todos os textos deles estão lá (e, para quem não os conhece, algumas fotos também).
Eu, Paula, cofundadora e atual coordenadora do Tribuna Estudantil, agradeço pela confiança e pela ajuda dos alunos que escrevem e desenham, que leem e observam. Sem vocês, o TE não estaria fazendo aniversário. Agradeço também aos professores que incentivam a participação dos alunos (o jornal melhorou muito por causa de vocês) e à direção, pelo espaço e companheirismo ao longo dessa jornada.
Sinto-me orgulhosa de mim por ter conseguido chegar até aqui, sinto-me espantada com o passar acelerado do tempo. Não há reconhecimento financeiro em tal projeto, mas vê-lo fazer dez anos é o que preciso para saber que valeu a pena todo o trabalho. 
Convidei alguns ex-alunos para que escrevessem brevemente sobre a experiência deles como escritores aqui e me sinto honrada pela presteza, por terem dedicado um tempinho de seus atribulados cotidianos e, sobretudo, pelas belas palavras que, sei, vieram do coração.
Espero que gostem!
Que 2018 seja um ano de muito conhecimento, muito aprendizado e muita paz para todos nós!
Meu “muito obrigada”, sinceramente.

Paula Campos

tribunaestudantil.hd@gmail.com


Memórias da imprensa

Memórias da imprensa

Olá, meu nome é Claudia e minha intenção aqui é falar de memória. Todos nós temos, não é mesmo? Com o tempo elas se tornam mais valiosas, e mesmo que nós não nos demos conta, o exercício de lembrar e esquecer se repete em nosso cotidiano sistematicamente. As memórias sobre as quais vou recorrer aqui são do Tribuna Estudantil, que completa uma década de existência, o mesmo tempo desde que completei o ensino médio. 
Começarei contando, então, que eu fui aluna do HD e antes de mim, minha irmã, e depois de mim, meus primos, que por acaso são como irmãos. A maioria das pessoas das redondezas de onde cresci tem uma ligação com a escola, ou vão ter. Lembro-me da fase em que o uniforme da escola era cinza e que os tempos eram outros, havia muita desvalorização e descrença, de todos os lados: da comunidade, da equipe, professores, colaboradores e, de forma bem mais intensa e prejudicial, dos alunos. Lembro-me de não querer me matricular ali e de também não ter outras opções. 
Estudei antes disso na “Municipal Yayá Moreira” e, antes de lá, em uma escola chamada “Municipal Dr. João Raimundo de Figueiredo”. É bom dizer que não sou tão velha assim e também que o tempo escorre entre os dedos, mas o foco é outro, como leram, ambas as escolas eram municipais, ou seja, estudei toda a minha vida utilizando o ensino público e pela questão financeira não havia outras opções.
A impressão que ali seria um lugar tão ruim segundo era falado passou assim que atravessei o portão, os professores estavam cada vez mais empenhados. A maioria das aulas de que eu me lembro eram baseadas em mostrar para nós, alunos, as possibilidades que tínhamos em continuar estudando, em tentar nos profissionalizar, em nos conscientizar de que não estávamos tão atrasados com relação ao ensino e aprendizagem em comparação a outras escolas, ou ao nível de educação do nosso estado, país. Enfim, era necessário trabalhar a autoestima muito antes de trabalhar os conteúdos didáticos. 
Com a proposta de mostrar as possibilidades que tínhamos após o ensino médio, conheci através do Henrique Diniz universidades públicas e me interessei mais com relação a qual profissão assumir, e percebi que talvez não fosse demais acreditar que poderia ingressar no curso superior. Antes daquele momento, eu pensava que na melhor das hipóteses, estudaria alguns anos e passaria em um concurso público, o que de fato fiz e, felizmente, não dei continuidade, meu caminho era outro. 
O Tribuna Estudantil surgiu, hoje vejo dessa forma, com a necessidade de os professores ouvirem os alunos, estavam empenhados em fazer com que nós nos enxergássemos como eles nos viam, com todas as nossas possibilidades e capacidade. Afinal, era necessário diálogo, e foi assim que as coisas começaram a mudar. Apesar de o Tribuna ter sido um projeto iniciado quando já se encerrava meu tempo no HD, antes disso o espírito dele já estava ali. Não fui uma colaboradora assídua de conteúdo. Mesmo que escrever seja meu hobby, sinto que é uma coisa pessoal demais e tenho dificuldades para compartilhar. Por outro lado, sempre gostei do conteúdo, acompanhava o mural, os desenhos, os textos e acompanho o blog. Achava que correspondia na expectativa de trabalhar a autoestima dos alunos, achava também que nos unia, nos colocava como iguais. 
Quando penso na importância que a leitura e a escrita tiveram na minha trajetória, a memória me mostra que ela foi aquilo que sempre me abriu possibilidades. Foi o mundo literário que me uniu a um dos meus amigos mais antigos, que se tornou escritor, era com ele que passava muitas aulas escrevendo histórias, não aprendíamos matemática, mas éramos muito bons em narrativas. Foi através da paixão de um professor, chamado Sérgio, por quadrinhos que conheci meu super-herói favorito, o Demolidor, caso queiram saber, e foi por culpa da Gibiteca, projeto que ele idealizou no “Yayá” enquanto eu fazia ensino fundamental, que passei a ouvir mais o que ele dizia e a gostar da disciplina que ele ensinava: História. Foi com a iniciativa da Paula e do Felipe de se colocarem à frente de um projeto como o Tribuna Estudantil que fiquei mais atenta sobre como os professores que realmente acreditam na profissão são capazes de transformar a impressão daqueles que os cercam, e vi que a crença na educação pode transformar o futuro de inúmeras pessoas, inclusive o meu.
Por me propor a falar das memórias do Tribuna, fica indissociável falar das escolhas que fiz na fase que estive no Henrique Diniz, e na trajetória que tomei. Quase me tornei historiadora, comecei o curso, mas ainda não estava confortável. Me encontrei na arquitetura e em algumas semanas concluo o mestrado que tem como foco patrimônio cultural. Sem qualquer exibicionismo, falo isso para lembrar que todos nós temos a chance de nos profissionalizar com qualidade e gratuidade, me tornei a prova disso graças a existir no Henrique Diniz as pessoas que sabiam o que era preciso ser dito. 
Os desafios dessa etapa de ensino médio são enormes, eu sei. Meus pais são apenas alfabetizados, não imaginariam como, sendo assalariados, seria possível que eu conseguisse estudar fora, me manter em uma cidade diferente. Não é fácil, mas é possível, e sobre isso posso contar, caso se interessem, em outro momento. 
O fato é que os dois últimos anos dediquei boa parte do mestrado fazendo pesquisa histórica, fiquei por horas em arquivos, lendo jornais, documentos. Já não seria possível lembrar quantos “Tribunas” folheei: da Tarde, da Manhã, Regional, de Minas, do Commercio, Liberal, Popular, do Povo ... a memória falha. Mas certamente o “Tribuna Estudantil” não será esquecido. Não é só um mural em que eu parava toda semana para ler e acompanhar, e é um blog que ainda acesso. O que realmente marca sobre o Tribuna são as pessoas, ele foi uma proposta de troca: aqueles que tinham tanto a nos dizer, coisas que precisávamos tanto ouvir e acreditar...nos dando direito a palavra, nos ouviram também. 
O aniversário do Tribuna é uma ótima oportunidade para parabenizar idealizadores, participantes, leitores, assim como uma boa chance de agradecer a todos do HD. Saíram dali engenheiros, professores, enfermeiros, fisioterapeutas, tecnólogos, técnicos, enfim, do Henrique Diniz vocês podem sair para serem quem vocês sonharem, sem deméritos, sem desculpas, sem insegurança. Do Henrique Diniz podem sair os melhores profissionais no que desejarem ser, porque lá estão as melhores pessoas, amigos; lá estão meus mestres. 
Apenas mais uma coisa a lembrar, se eu não contasse com a sensibilidade dessas pessoas, estaria por mais alguns anos sem conseguir sair do ensino médio por conta de não conseguir aprender matemática, mas tive sorte, e elas estavam lá. Não sei se algumas delas continuariam dormindo tranquilas sabendo que agora posso calcular estruturas. Rs. 
Obrigada, Tribuna Estudantil, e meus parabéns vêm do desejo de eu ser a mudança no mundo que vi partir de você!



Cláudia Reis

Sobre as palavras que guardei: dez anos do jornal Tribuna Estudantil

Sobre as palavras que guardei: dez anos do jornal Tribuna Estudantil


Não me lembro do primeiro texto que escrevi para o Tribuna Estudantil, há dez anos, assim como, às vezes, me esqueço de que o tempo passa acelerado, “só anda de ida”, como diria Manoel de Barros. Na época em que escrevia para o jornal, eu ainda não conhecia a poesia de Manoel. Eu me perdia nas horas de descuido, nas horas das palavras que estavam dentro de mim, correndo como um rio corre nas lágrimas da adolescência. 
Parece estranho começar um texto sobre o jornalzinho da escola falando de coisas de adolescente, já que agora tenho vinte e quatro anos, não mais dezesseis. No entanto, nas letras que compõem este texto, há muito de tudo que foi escrito há dez anos, quando eu ainda estudava na E.E. Henrique Diniz. 
O Tribuna foi a possibilidade mais bonita que me foi apresentada no Ensino Médio. Sei que não falo só por mim. Há um laço afetivo individual: a minha relação com o jornal e com os queridos professores que o criaram, Paula e Felipe; há também um laço coletivo: o diálogo entre todos os alunos, através do mural no corredor da escola. O Tribuna era – e ainda é – uma espécie de vitrine, onde abríamos aos outros as nossas palavras, os nossos traços (nos desenhos), as nossas críticas e reflexões a respeito da vida, do mundo, da escola e, sobretudo, de nós mesmos. 
Essa vitrine foi sempre um convite, um chamado à participação, à pausa, ao olhar para o outro. Nos intervalos, quando havia algo novo nessa vitrine, os alunos paravam e olhavam a expressão do outro, fosse num poema, num texto de desabafo ou crítica, fosse num desenho ou numa foto. Havia ali um encontro.
E eu parava. Olhava e procurava o meu texto. Eu me lia. A escrita era / é, para mim, uma abertura de possibilidades, um refúgio, uma revolta, assim como deve ser para quem lê o meu texto agora. Para vocês que se encontram comigo neste texto. Era preciso escrever e, mais que isso, era preciso que eu me lesse depois, para re-guardar as minhas palavras de maneira nova. Para que, na minha leitura, eu me ouvisse. Que eu aprendesse comigo. O mesmo exercício de releitura devia ser feito com o texto do outro, do meu amigo que estava ao meu lado no mural, formando uma vitrine heterogênea. Afinal, somos diferentes uns dos outros e isso é movimento e oportunidade de aprendizado.
Pude praticar muito a maneira de lidar com a linguagem e me afeiçoei tanto a ela, que hoje sou formada em Letras, mestranda em Literatura e leitora dos novos nomes e novas palavras da vitrine Tribuna Estudantil. Fiz Letras justamente por querer ser como alguém que sempre admirei: a professora Paula, de quem serei sempre pupila. Estamos sempre na posição de aprendizes e isso é importante guardar.
Parabenizo os professores que tiveram essa iniciativa, que viabilizaram o espaço que deu voz aos alunos. Professores que construíram o lugar onde os alunos são protagonistas de suas palavras. Sei que, assim como eu, eles saberão guardar esses encontros, saberão ler-se, ler o outro e o mundo de modo crítico, mas nem por isso menos bonito.
Tudo eu guardei dentro do coração. Guardo meus poemas. Guardo os textos em que falava sobre a brevidade da vida, sobre amar as pessoas, sobre a revolta diante da injustiça. Tudo eu tenho guardado. Guardo os amigos e suas leituras, guardo os professores e seus incentivos. Guardo a saudade daquelas manhãs no corredor do HD.

Minha eterna gratidão, 


Lídia Maria de Oliveira Silva (Flor-de-Lis) 

Um projeto de sucesso

Um projeto de sucesso


Ainda me lembro do primeiro texto que mandei para o Tribuna. Não lembro mais o título, mas sei que foi uma crônica produzida em uma aula de português da Paula. Na época pensei: um texto meu colocado num mural da escola? Isso não vai ficar esquisito? Engano meu, foi muito legal ver um texto de minha autoria exposto num lugar em que todos poderiam ver. Ainda me lembro de ter recebido vários comentários de colegas e amigos sobre a crônica.
Estava no segundo ano do ensino médio quando o Tribuna começou, em 2008, e logo no ano de sua implantação, o muralzinho dos alunos do HD foi um sucesso. Textos falando de assuntos diversos, colunas semanais, caricaturas, enfim, o mural do Tribuna possibilitou aos alunos manifestarem todo o seu talento e criatividade.
Escrevendo e acompanhando as publicações do Tribuna, pude ver que muitas pessoas escrevem e desenham muito bem, o que faltava antes na escola era justamente um espaço para isso. Além do mais, quando começou a versão digital do Tribuna, era legal falar pros pais e pros amigos que tinha um texto seu na internet, dava um certo ar de importância.
Hoje faz 10 anos que o jornal existe, e fico feliz em ver que ele continua firme e forte. Sempre que posso dou uma passadinha lá no site pra conferir o que os alunos andam escrevendo.
Algumas pessoas, mesmo na universidade, já me perguntaram o que era o Tribuna quando me pagavam lendo-o na internet e, quando explicava o que era e como funcionava, sempre comentavam coisas como: “Nossa, essa escola que você estudou deve ser particular, pra ter um projeto desses, e os alunos devem ser muito inteligentes.” E ouvir comentários assim sempre me fazia refletir sobre como é importante o projeto.
Parabenizo à escola por todo o empenho na continuidade do projeto e aos alunos pela contribuição com excelentes trabalhos que manifestam e desenvolvem todo o seu potencial criativo. Desenvolvendo trabalhos para o Tribuna, os alunos desenvolvem e aperfeiçoam habilidades de comunicação, expressão e divulgação de ideias que são grandes diferenciais nas atividades profissionais e universitárias. 
Projetos como esse mostram a potencialidade do ensino e educação da rede pública, mostrando o quanto nós, estudantes dessa rede, somos capazes e as habilidades que temos. Agradeço profundamente a toda a equipe responsável pelo Tribuna por ter me permitido participar, desenvolver e aprimorar minhas habilidades comunicativas e de expressão, o que tem me ajudado muitos nas atividades profissionais e acadêmicas. Por fim convido os alunos a continuarem participando e divulgando seu trabalho, mostrando a todos a capacidade e importância do nosso querido Tribuna Estudantil do HD. Escrevam, desenhem e divulguem o site do Tribuna pra todos, galera!

Diego Teruo

Texto para o Tribuna

Texto para o Tribuna

Eu não sabia como começar a escrever esse texto, até reler os textos que eu publicava no Tribuna, cuja maioria eu nem lembrava que tinha escrito.
Já faz muito tempo...
Mas reler meus textos me trouxe uma sensação boa de nostalgia, pois o jornal foi uma parte muito importante para mim naquele momento. Mais do que escrever sobre política ou atualidades eu também podia desabafar, escrever coisas que eu precisava falar, mas que ninguém se dispunha a ouvir. Muito mais do que um simples jornal da escola, o Tribuna foi meu refúgio nos momentos em que minha mente ficava turbulenta e começava a ditar palavras que eu transferia quase que automaticamente para o papel.
Eu escrevia com o desejo de ser compreendida, mas também esperava que alguém de alguma forma se identificasse com as minhas palavras, com meus sentimentos naquele momento. Eu queria mostrar que se alguém estava passando por algo parecido, ele não estava sozinho. Eu era apenas uma adolescente com inúmeros problemas, mas saber que eu tinha um lugar para expressar meus sentimentos me dava ânimo e uma dose de felicidade.Felicidade essa que sinto agora, escrevendo este texto. 
Eu jamais poderia imaginar que estaria escrevendo novamente para o Tribuna depois de tanto tempo. Eu sinto como se tivesse voltado no tempo, escrevendo cuidadosamente cada palavra, tentando expressar todos os meus sentimentos, exatamente como eu fazia antigamente. Até mesmo a ansiedade de enviar esse texto percorre meu ser e eu não conseguia me recordar do quanto isso era bom!
Escrever sempre foi um hobby para mim, desde criança, e ter um espaço que me incentivava a fazê-lo e mostrar meus trabalhos para outras pessoas foi importante para que eu pudesse melhorar, buscar aprender mais e tornar meus textos cada vez melhores.
Aos alunos do HD eu tenho um conselho: não tenham receio em contribuir para o jornal. Seja com textos, desenhos... Não se deixem vencer pelo medo ou timidez! Mais do que produzir algum conteúdo para a escola, vocês estarão criando memórias as quais, tenho certeza, vão adorar recordar quando forem mais velhos. Usem esse espaço para desabafar, ajudar outros alunos e debater assuntos importantes, contribuindo para levar informação e fazer da sua escola um ambiente melhor.
Para terminar... Eu preciso dizer que me sinto imensamente feliz de ter novamente um espaço nesse jornal tão querido e queria agradecer pela oportunidade. As memórias que construí escrevendo para o Tribuna sempre me acompanharão por toda a vida e um sorriso sempre vai aparecer em meu rosto quando eu reler meus trabalhos antigos e dos meus colegas de escola!

Bridne Ávila

10 Anos de Tribuna Estudantil

10 Anos de Tribuna Estudantil

Há quatro anos, eu escrevia a tradicional primeira matéria do Tribuna Estudantil e fico feliz em relembrar o que vivi participando deste projeto. Comecei a contribuir ativamente no Tribuna Estudantil em 2013, com a equipe de reportagem Conexão Tribuna; erámos um grupo de alunos que escreviam notícias relacionadas à escola e à cidade. Através desses textos, aprendi a estrutura de uma reportagem e um pouco mais sobre Barbacena. 
No ano de 2014, além do Conexão Tribuna, escrevi para a coluna Crônicas & Tal, nela compartilhava textos sobre o cotidiano e críticas à sociedade, naquele espaço, descobri o quão importantes são as rodas de conversas e falar sobre assuntos esquecidos pela mídia; foi através da Coluna que me tornei mais crítica quanto ao que me cerca. Poderia listar em muitas laudas as transformações que o Tribuna Estudantil me proporcionou - através dos textos livres, da equipe de reportagem e da coluna - mas seria enfadonho. 
Portanto, foi através dele que confirmei a minha vocação para o jornalismo e a escrita e deixo aqui um convite a todos os alunos para que participem do jornal contribuindo para ele continuar sendo um meio de liberdade de expressão por várias outras décadas.

Andreza Siqueira 

Meu depoimento

Meu depoimento

Olá! Meu nome é Wanderson Fernandes, sou ex-aluno da Escola Estadual Henrique Diniz, estudei nessa escola durante sete anos e me formei em dezembro de 2016.
Ao longo desses sete anos na escola, pude vivenciar várias atividades legais que ela proporciona para os seus alunos, conhecer vários professores que se tornaram amigos e ser um aluno ativo em algumas atividades escolares que eram propostas. Contudo, quero destacar uma em especial, que foi participar do jornal da escola: o Tribuna Estudantil. Apesar de ter estudado durante sete anos na escola, só fui ser participativo no jornal bom tempo depois, contribuindo com textos livres e até mesmo uma coluna que se destinava a propor desafios de raciocínio lógico para as pessoas. 
Participar do jornal foi algo que me cativou bastante, pois pude publicar alguns textos motivacionais e de divulgação científica, entre outros, e ver que eu estava levando conhecimento para outras pessoas através do jornal da escola, me deixou ainda mais empolgado, tão empolgado que até ganhei o certificado de aluno mais participativo do jornal! Quisera eu ter tido essa empolgação lá no início. 
O Tribuna me fez perder o “medo” de deixar as pessoas terem acesso àquilo que eu escrevia e isso me ajudou bastante, tanto na minha vida escolar, quanto na pessoal, e agora na acadêmica. Alguns de nós temos um receio de deixar as pessoas verem aquilo que desenhamos ou escrevemos; participar do jornal é uma forma de vencer essa barreira que pode nos atrapalhar em algumas situações. Participando do jornal, pude ver uma melhora na minha forma de escrever e elaborar um texto, e até mesmo pude atuar como repórter, escrevendo duas reportagens que me fizeram ganhar um certificado nessa categoria também. 
Ter um espaço destinado a alunos que queiram publicar seus textos e demonstrar seu talento com desenhos é de grande valia para os estudantes, e nem sempre os alunos têm essa oportunidade. Por isso, é de grande importância a participação de vocês, estudantes, no jornal, contribuindo com desenhos, textos e até com coluna. Sejam alunos ativos na escola! Isso é recompensador.

Wanderson Fernandes

O “TE” e a experiência fora da escola

O “TE” e a experiência fora da escola


Em 18 de março de 2018, o Tribuna Estudantil (nosso querido TE), completa 10 anos, sim, dez anos de pura história. Como comemoração, alguns alunos foram convidados a contarem suas vivências como colaboradores do famoso jornal do Henrique Diniz.

Eu, Samuel, antigo aluno do 3º ano 2, estive por três maravilhosos anos estudando no HD, onde pude participar de várias atividades da escola. Logo quando cheguei, fui informado da existência do TE. Confesso que fiquei um pouco surpreso, uma vez que um jornal de circulação dentro da escola era um “luxo” visto apenas em filmes e seriados americanos. Pois bem, durante o primeiro ano minha participação foi mínima, afinal de contas, eu não tinha o hábito de escrever, logo não conseguia tecer um texto tão bom quanto aqueles que estavam expostos, diante disso, o acanhamento era inevitável. Devido às barreiras criadas por mim, perdi um ano de participação.                                                     

No segundo ano, já me encontrava mais familiarizado com a escola e, junto com meu caríssimo amigo João Brasil, criei uma coluna sobre fatos sociais, uma vez que nos interessávamos pelas mudanças que o país estava enfrentando. Desde o primeiro texto publicado, os horizontes se abriram e eu estava diante de um verdadeiro curso de escrita.

Criar textos para si próprio é uma tarefa simples, entretanto, quando você escreve “para o público” a tarefa muda, surgem as críticas construtivas e, como consequência, o desejo de melhorar. Eis que em 2016 ganhei meu primeiro certificado (por ter mantido a coluna durante o ano). EM 2017, minha participação foi mais ativa no TE, e conquistei o famigerado Prêmio Tribuna Estudantil.

Bem, a curta história da participação no jornal rendeu bem mais do que certificados, pelo contrário, me ensinou bastante e, em linhas gerais, foi o melhor indicativo de mudança na escrita, pois pude ver a evolução ao longo das postagens. Sem sombra de dúvidas, cultivar o hábito de escrever foi bem válido, pois me trouxe mais segurança nas dissertações e possibilitou notas consideráveis nos vestibulares que fiz.

Mais do que contar minha história, eu gostaria de incentivar a participação no jornal. Seja você um amante dos desenhos ou das poesias e poemas, ou simplesmente alguém interessado em contar histórias ou expor ideias, o Jornal é o ambiente perfeito para isso, faça sem medo! Escreva, desenhe, componha... O Tribuna Estudantil é um espaço criado para os alunos, então, ajude-o a ganhar vida por mais e mais dias!



Samuel C. M. Siqueira