Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: outubro 2022

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Coluna Suplantação - Capitulo de 13 a 16

 Suplantação

Mateus Rodrigues, aluno do 2º do E.M., natural de Barbacena-MG,  foi matriculado no Henrique Diniz no ano de 2017, cursando o 6º ano do E.F. II. Sempre morou  em Barbacena e, por conta disso, conhece, de forma moderada, a cidade.

Começou a escrever para o Tribuna Estudantil durante o 1º ano do E.M., em 2021, e, aos poucos, foi desenvolvendo sua habilidade na escrita. Com isso, começou a explorar novos caminhos, criando narrativas.


Capítulo XIII - Amigo em comum

Alícia dizia, ainda, que era amiga de um André Albuquerque na cidade e que, desde pequenos, os dois se conheciam. Rapidamente, eu a respondi dizendo que eu também o conhecia e éramos amigos há bastante tempo.

Toda a situação era incrível! Imagine só: você resolve conversar com alguém na internet, que pode morar em qualquer lugar do mundo, e ela diz que é amiga de um amigo seu. Que coincidência extraordinária!

Conversamos sobre a vitória do time de André no dia anterior e ficamos conversando até o horário do jantar. Despedi-me dela dizendo que, no dia seguinte, mandaria novas mensagens para ela e que adoraria continuar conversando com ela.


Capítulo XIV - O jantar

Assim que desliguei o notebook, mamãe entrou no quarto e informou-me que a vovó Francisca havia acabado de chegar em nossa casa para o jantar e que tinha uma novidade sobre a visita dela. Após saber disso, apressei-me em ajeitar-me vestindo roupas diferentes para recebê-la de uma forma mais agradecida.

Após me trocar, fui até a sala de jantar e escutei minha avó conversando com minha mãe sobre o cardápio do jantar daquela noite.

- Vovó! - cheguei na sala de jantar feliz.

- Oi, meu neto lindo! - dizia ela da forma mais carinhosa possível.

Ao contrário da mamãe, vovó era extremamente gentil e muito inteligente para, principalmente, debates. Vovó gostava de debater, principalmente, sobre religião ou política, já que era o tema de seu falecido marido e meu falecido avô.



Capítulo XV - Vovô desconhecido

Quando eu nasci, em 2001, não conheci meu avô. Vovô morreu vítima de tuberculose, internado em um hospital em Diamantina. Vovô era muito recluso, assim como seu filho, e, vovó, acha que papai herdou isso de meu avô. Vovô possuía suas próprias manias que, aos poucos, papai ia herdando e adicionando à sua personalidade. Vovô, e papai, possuía a mania de beber café na própria caneca, comer em um só prato e talheres, ler o jornal que era referência na cidade todos os dias e gostava de assistir à missa sozinho sem ser acompanhado de vovó ou de papai. Vovó diz que, talvez, por ser “negado” por vovô, papai pode ter se tornado assim. Já que ela não possuía nenhum traço de uma pessoa introvertida ou, até mesmo, reclusa. Ao contrário de vovô, a vovó era muito comunicativa e, assim, vários problemas eram causados por conta dessa habilidade de comunicação.



Capítulo XVI - Jantando


Após cumprimentar a vovó, sentei-me à mesa junto de todos e comecei a debater assuntos atuais. Falamos sobre política, inflação e até mesmo sobre economia. Já jantando, a vovó elogiou bastante o cardápio que a mamãe preparou.

- Este acém está delicioso, Maria! - vovó elogiou.

- Realmente - eu prossegui.

- Eu nunca havia preparado este prato, é a primeira vez - disse mamãe sobre o prato que havia feito naquele jantar.

Realmente, mamãe não conhecia muitas habilidades na cozinha, mas já sabia o necessário para surpreender. Mamãe, sempre que podia, pesquisava receitas diferentes na internet a fim de, de pouco a pouco, surpreender as visitas em nossa casa.

Após o jantar, bem animado por sinal, mamãe avisou-me sobre a novidade que envolvia vovó: ela iria dormir em nossa casa pela primeira vez. Ao saber da notícia, fiquei muito feliz e não quis questionar o feito da vovó. Por que era um feito? Era a primeira vez que alguém de outra família dormiria em nossa casa. Era um avanço!


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Coluna Suplantação - Capitulo de 9 a 12

 Suplantação

Mateus Rodrigues, aluno do 2º do E.M., natural de Barbacena-MG,  foi matriculado no Henrique Diniz no ano de 2017, cursando o 6º ano do E.F. II. Sempre morou  em Barbacena e, por conta disso, conhece, de forma moderada, a cidade.

Começou a escrever para o Tribuna Estudantil durante o 1º ano do E.M., em 2021, e, aos poucos, foi desenvolvendo sua habilidade na escrita. Com isso, começou a explorar novos caminhos, criando narrativas.


Capítulo IX - Entendendo

Já deitado, eu, ainda pensando e curioso para entender o motivo da postura de meus pais, concluí que tudo isso era para o meu próprio bem. Afinal, os dois eram meus e queriam nada mais que um bom futuro para mim e, seguindo a cabeça de meus amigos, eu, provavelmente, não chegaria a lugar algum. Muito cansado por conta dos exercícios feitos, eu acabei caindo no sono pouco depois.


Capítulo X - Um novo dia

Ao acordar, fiz o que era de costume: fui ao banheiro escovar os dentes, arrumei minha cama e fui à sala de jantar para tomar o café da manhã com meus pais. Lá, eles me deram bom dia e questionaram-me se pensei bem sobre o ocorrido no dia anterior.

- Sim, papai - eu concordava - Acredito que vocês, meus pais, que me criaram desde o meu nascimento, não vão castigar-me em vão, mas sim, para a minha evolução – eu observei.

- Isso mesmo, meu garoto - meu pai disse com uma expressão positiva sobre a resposta.

Mamãe me olhava com olhos orgulhosos e eu ficava alegre por estar sendo um bom filho para ambos.

Ao terminar o café da manhã, mamãe deu-me tarefas domésticas, como de costume. Eu sempre ficava com a mesa do café, quartos e banheiro, e ela ficava com as demais tarefas da casa.



Capítulo XI - Compras

Após concluir as obrigações diárias das férias, mamãe pediu-me que fosse ao mercado comprar algumas coisas para o jantar. Seria um jantar diferente, já que a vovó Francisca Coimbra viria jantar com a gente. Peguei a lista de compras com mamãe e fui ao mercado.

Chegando lá, algumas vizinhas fizeram as mesmas perguntas de sempre. Eu as respondi e segui com as minhas compras tão especiais, já que me sentia feliz por jantar com vovó naquela noite. Entretanto, ao sair do açougue do mercado, encontrei uma vizinha e, como de costume, a cumprimentei. Porém, ela me fez perguntas mais íntimas e eu, esquecendo-me, por um momento, das regras da casa, a respondi naturalmente.

- Minha mãe e papai estão ótimos, D. Fátima. Estão mais severos comigo nestas férias por conta dos meus comportamentos, mas nada fora do comum - eu respondi com uma maior riqueza em detalhes.

- Como assim “mais severos”, menino Miguel? - ela perguntou.

- Ah, você sabe D. Fátima, meus pais são muito fechados e não gostam que eu escolha o que eu quero para o meu futuro profissional - eu respondi naturalmente.

- Mas eles não podem fazer isso, meu jovem, quem decide o seu futuro é você mesmo! - exclamou ela com certa indignação.

Naquele momento, percebi que havia feito bobagem. Rapidamente eu inventei uma história qualquer que pudesse dar créditos à minha mãe e ao meu pai.

Na volta, fui pensando sobre o que havia ocorrido e como mamãe reagiria. Fiquei com medo do próximo castigo. Mas, pensando de forma mais concentrada, eu arranjei uma solução: basta não contar a ela!

Dito e feito, ou melhor, pensado e feito! Cheguei em casa e entreguei para a mamãe às compras, o troco e a nota fiscal que recebi do caixa.

Fui para o meu quarto e, como era uma sexta-feira, eu tinha liberdade total para navegar no meu celular, notebook e videogame.



Capítulo XII - Descansando

Liguei meu notebook e fiquei navegando em bate-papos famosos na internet e, por algum tempo, fiquei conversando com várias pessoas que conheci naquele instante. Eu contava de onde eu era natural e sobre meus planos futuros. Até que uma pessoa em especial nesse bate-papo chamou-me a atenção. Ela conta que tinha, também, o desejo em seguir uma carreira que envolvesse a Biologia. Por conta disso, fui conversar com ela em particular, e não como de costume, pelo bate-papo em grupo. Na conversa pessoal, a saudei e perguntei se ela gostaria, realmente, de seguir uma carreira que tivesse a Biologia como base.

- Sim, eu amo a Biologia! - ela respondeu com vários emojis na frase.

- Que bacana, também quero! - eu acrescentei.

Por um momento, pensei em compartilhar o ocorrido na noite anterior com meus pais. Mas, pensando melhor, optei por não fazer isso já que, rapidamente, eles poderiam descobrir a minha conversa armazenada no meu notebook.

Contudo, a conversa não parou por aí. Nós conversamos sobre vários assuntos e, principalmente, sobre biologia e suas diversas pautas.

À medida que a conversa aumentava, íamos trocando informações mais pessoais. A pessoa com quem eu conversava era Alícia Campos, uma garota natural de Montes Claros, uma cidade que tem, aproximadamente, 228 km de distância de Diamantina. Após a apresentação de Alícia, apresentei-me e disse que era de Diamantina.

Ela perguntava a veracidade da informação já que, em Diamantina, ela possuía diversos parentes e amigos.