Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: 08/25/20

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A cultura do Cancelamento

 

A cultura do Cancelamento

 

Atualmente, convive-se diariamente com as consequências da cultura do Cancelamento nas redes sociais, visto que o fato do meio cibernético digital ser um local sem leis colabora com que sejam feitas críticas constantes e exacerbadas. Tal cultura surgiu em meados de 2017, através da rede social Twitter, com o objetivo de expor atitudes erradas e irresponsáveis e fazer com que o alvo das críticas se responsabilizasse pelo erro.

Segundo a psicóloga Elisa Bichels, especialista em terapia cognitivo-comportamental, os nichos sociais se formam não somente por afinidades, mas também por inimizades. Portanto "cancelar" gera o impacto de exclusão e banimento de famosos, pessoas comuns ou grupos. A problemática está na possível alteração da história contada, na abstração de detalhes específicos, na tendência da generalização e na incapacidade de perdoar erros.

Por um lado, são discutidas pautas realmente importantes; por outro, nota-se uma ampliada banalização, abrindo espaço para a agressão virtual e veiculação de discursos de ódio. O ideal de ser humano perfeito leva aos internautas a não compreensão de que errar é completamente normal e mudanças são possíveis.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse: censurar discursos de ódio nas redes sociais, aderir a medidas midiáticas de conscientização a respeito do Cancelamento e seus reflexos pessoais, e criar leis para crimes e problemas cibernéticos. Apesar de a tecnologia ter surgido para ajudar em várias áreas, o meio virtual carece de medidas preventivas para que problemas como esse sejam solucionados.


Evitando surtos no ensino remoto

 

Evitando surtos no ensino remoto

 

     Quem não se estressou durante o período de quarentena que atire a primeira pedra. A saudade dos amigos, falta de contato social, dificuldade em lidar com a tecnologia e a pressão dos anos finais podem ser estopim para perder o controle sobre os estudos.

    Primeiramente, vamos concordar que ninguém estava preparado para a onda de situações complicadas que esse ano trouxe para nós. Os professores não foram preparados na graduação para ensinar à distância, e os alunos também não sabem lidar com as responsabilidades que essa forma de ensino exige. Sabendo disso, não devemos achar culpados, mas soluções que possam tornar esse momento o menos complicado possível. Para isso, separei algumas dicas que podem ajudar.

       Tenha organização. Esse é o passo mais básico para ter um bom aproveitamento nessa confusão toda. Tenha uma agenda ou um lugar onde possa anotar todas as pendências e atividades concluídas. Organize suas atividades em pastas, ou deixe todas em um caderno apenas. Coloque data nos seus arquivos, e nunca se esqueça de se identificar quando for enviar algo em alguma plataforma.

      Tenha um cronograma. Talvez, fazer todas as atividades de uma vez e assistir várias aulas seguidas não seja a melhor opção. Para isso, intercale um conteúdo mais complicado, com um mais simples. Dessa forma, não haverá cansaço e sua produtividade não será afetada. Escolha um horário para estudar em que não haja interrupções e em que esteja mais disposto.

     Por fim, tenha paciência. Os tempos são difíceis, há muitas vidas perdidas e tudo parece um caos. Faça apenas aquilo que conseguir, e não se sinta culpado caso não consiga produzir da mesma maneira que antes, ou menos do que outras pessoas. Todos nós precisamos de um tempo, e essa quarentena tem muito a nos ensinar (mesmo que da pior forma possível) sobre organização, empatia e cuidados pessoais.

Pássaro 🐦

 

Por Vitória Maria Gava, 3.9

 

Pássaro  🐦

 

E assim vão se passando os dias

Eu vou me esquecendo de você

Queria que as coisas fossem de outro jeito

Mas aparentemente não vão ser

Não há nada a se fazer

Pois infelizmente

Querer não é poder

Apesar de tudo

Hoje imaginei nós dois

É triste

Eu quase enfartando e você, mudo

Talvez um dia a gente aprenda a ficar juntos

Comer pastéis de vento

E admirar o pôr do sol

Se examinar meu sangue

Há uma enorme concentração em mol

De ti

Fazer o quê

Lá está você

Mesmo que seja um de você que eu imaginei

Afinal não é assim que todos nós nos conhecemos?

Não as pessoas

Mas o que imaginamos delas

Quando olhamos uma imagem, captamos a luz que se reflete

Se pensar

Sempre estamos vendo o passado

Pois há um tempo até o mundo ser captado

Pelos olhos

Assim como nós

Sempre um pouco atrasados

Ou talvez cedo demais, eu não sei ao certo

Só sei que não estamos no mesmo tempo

Tudo bem

Pois segundo Einstein

Tempo é relativo

Passa de maneira diferente para todos

Será que é por isso que eu sempre tento te alcançar e não consigo!?

Talvez a física não goste de mim

Assim como o meu cupido

Ou talvez ele esteja apaixonado por mim

E tem ciúmes de todos os pretendentes

Meu desejo mais recente

Se desfez na minha frente

E eu preciso aprender a aceitar

A vida é um pássaro prestes a voar.

Poesia grita na coluna

 

Por Priscila Rebeca Siqueira, 3.11

 

Poesia grita na coluna

 

As vértebras de João 

Percorrendo um caminho.

As 7 cervicais ainda não sentiram a pressão

As dorsais e torácicas 

Reclamam desde então

"Somos 12 vértebras quase acabadas".

Chegando às lombares

As 5 pedem socorro

"Ele está nos forçando de novo"

Escoliose ou hérnia de disco?

As vértebras fundidas (sacrais) não sabiam sobre isso...

Ao chegar às coccígenas ninguém mais sabia o que era ser normal

24 vértebras, ninguém as tem de forma igual

Ardência e latência

Desvio postural

Essa é a vida do poeta 

Antes fosse dor abdominal.