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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Necessidade da convivência empática

 Por Sabrina mara morais de Resende, 2 REG1

Necessidade da convivência empática


O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua teoria da modernidade líquida, afirmava que as relações sociais estão cada vez mais rasas e superficiais, reafirmando como o modo como os cidadãos se relacionam mudou drasticamente devido à fluidez do mundo contemporâneo. Dessa forma, é possível relacionar essa teoria ao desafio recorrente de uma sociedade compreensiva e delicada uns com os outros. Nesse contexto, a maneira como as pessoas têm se comportado no cotidiano evidencia essa problemática.

Em primeiro plano, vale ressaltar que em muitas ocasiões a empatia e a gentileza entre as pessoas têm ficado em segundo plano. De acordo com Simone de Beauvoir, escritora francesa, a sociedade tende a se acostumar com problemas que deveriam ser questionados. Em consonância a esse modo de pensar, cada vez mais as pessoas agem de maneira individualista e tornam a urgência social de uma convivência constituída de atos delicados mais difícil de ser aplicada. Logo, evidencia-se a imposta por Simone, afirmando como a sociedade se comporta ao invés de buscar uma situação melhor.

Além disso, existem dificuldades evidentes na prática da delicadeza atualmente. Segundo o ativista indiano Mahatma Gandhi, que diz que "Temos que nos tomar a mudança que queremos ser", demonstrando como a sociedade individualista e imediatista dificulta a convivência benéfica a partir do exercício da gentileza e da empatia. Dessa forma, sem que as pessoas entendam a reverência do combate a esse estigma, não há a possibilidade de combatê-lo.

Sendo assim, não basta simplesmente apontar as dificuldades de uma relação cotidianamente agradável. É preciso, na verdade, que se compreenda a necessidade da conscientização da própria interiorização formada pelo "eu” - razão e emoção - inconsciente, que comanda as nossas ações, para haver mudanças, nem que sejam pequenas, começando consigo e depois em relação ao outro. 


Paixão adolescente

 Por Flor Celestial

Paixão adolescente


é sempre um ponto, nunca uma vírgula

é sempre um vendaval, nunca calmaria

é sempre sol, sempre quente

sempre com seu sorriso ardente

que arde minha alma, me corrói por dentro.

você é minha inspiração

meu vendaval de emoção

meu norte

minha paixão

é de você, e só de você meu coração

mas o que me resta é te espiar de longe

e sentir meu coração palpitar sempre que te vê chegar

sentir calafrios ao te olhar

mais nunca, nunca se aproximar.


A falsa idealização das favelas e a influência da mídia

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

A falsa idealização das favelas e a influência da mídia

A cultura da apologia às drogas é uma triste realidade que assola muitos jovens brasileiros. A música, a arte e a mídia em geral, frequentemente, romantizam o uso de substâncias psicoativas, retratando-as como uma forma de escapismo ou de rebelião contra a sociedade.


Mas o que poucos falam é sobre a idealização da vida em favelas que muitos desses jovens nutrem. Eles veem nas favelas um estilo de vida "descolado" e "autêntico", sem se atentarem para os problemas de violência, pobreza e falta de oportunidades, que muitas vezes acompanham essa realidade.


A influência da internet e das redes sociais nessa idealização é grande. Muitos jovens são expostos a conteúdos que romantizam a vida em comunidades carentes, sem se dar conta das dificuldades enfrentadas pelos moradores desses locais.


Além disso, a apologia às drogas nesse contexto é ainda mais perigosa, já que muitos jovens são levados a acreditar que o uso de substâncias psicoativas é uma forma de se integrar a essa cultura e de se aproximar de uma vida que consideram "real" ou "verdadeira".


É importante destacar que a realidade das favelas e a questão das drogas são assuntos muito complexos e que não podem ser reduzidos a estereótipos ou generalizações. É fundamental que as autoridades e a sociedade como um todo se empenhem em combater a violência, a pobreza e a desigualdade que permeiam essas comunidades, bem como em oferecer alternativas positivas para os jovens que nelas habitam.