Felicidade

O corre-corre da vida às vezes nos faz deixar o tempo passar e nos esquecermos de aproveitas o prazer de termos pessoas especiais ao nosso lado. Quando jovens, vivemos sempre pensando no agora e esquecemos de olhar as coisas e as pessoas importantes que vivem próximas de nós.

Hoje posso dizer que perdi um pedaço de mim e pergunto se aproveitei bem o tempo, as horas, as conversas, o carinho, o respeito e tudo aquilo que tive oportunidade de viver a seu lado. Sonho, penso e estou cada vez mais certa de que a falta que ele me faz hoje é a mesma que me faz sentir fraca. Agarrei e me apeguei a coisas e pessoas para tentar não pensar nele, mas não consigo.

Tomei uma decisão importante em minha vida e voltei a estudar. Sei que ele adoraria ver sua filha formar, mas pena que deixei o tempo tomar conta de minha vida de uma tal maneira que, depois que ele se foi, vi que não havia mais tempo.

No entanto, quero agarrar agora a vida de maneira diferente. Quero ser forte como sei que ele estará me ajudando a superar todas as dificuldades que viverei. Tenho uma grande esperança que estará feliz me vendo avançar na vida novamente.

Ser feliz faz parte da vida, mas a felicidade só nós conquistamos. Por isso agradeço meu pai por tudo o que me ensinou.

Keila Cristina Tonussi, EJA1.3

Volta às aulas

Depois de dezessete anos sem estudar, decidi recomeçar, porque, na verdade, nunca foi de minha vontade ter parado ao me formar na 8ª série. O amor a minha mãe foi mais forte que a razão; apesar de ter cinco irmãos e todos mais velhos do que eu, nenhum deles podia cuidar dela, pois ela parou de andar devido a uma doença no sangue.

Era delicado o caso dela. Foram todos estes anos de uma experiência incomum, despertando em mim o desejo de ser enfermeira, pois com ela nos hospitais frequentemente, adquiri alguma experiência.

Mas em novembro do ano passado, ela me deixou. Fiquei um pouco perdida, mas relembrei a importância do estudo e decidi continuar, principalmente porque o conhecimento é vital em nossa vida. E está me fazendo muito bem estar novamente em uma escola; a expectativa do aprender me desperta para uma vida de bons planos em um futuro melhor.

Malvina Márcia Silva Alvim, EJA1.3

Brasil em festa

Bom, todos nós sabemos que, no Brasil, o ano começa na verdade após o carnaval. O povo fica em festa durante quatro dias.

Mas esquecemos que nessa época são votadas as leis mais absurdas justamente porque o povo está em festa e não quer nem saber o que nossos políticos estão fazendo.

Por isso, nós não deveríamos só pensar em samba, folia e festa e sim no que os políticos, que lá colocamos para nos representar, estão fazendo, porque depois o carnaval acaba e nem se quer sabemos o que eles votaram lá no plenário.

Acho que o povo brasileiro tem que cobrar mais de nossos políticos e não pensar só em festa.

Divertir sim e cobrar sempre.

Maria Helena dos Santos, EJA1.3

Felicidade

Ouvi alguém bater à porta

Vacilei, não quis abrir

Achei que fosse a saudade que andava a me perseguir

Bateu novamente e não insistiu

Desceu as escadas em silêncio e para sempre partiu

E para sempre partiu, deixando na porta estas palavras fatais:

“Eu sou a felicidade e não voltarei nunca mais”.

Izabela Aparecida, EJA 1.3

Escola que mudou os meus conceitos

Quando vi essa escola pela primeira vez, eu falei:

- Eu nunca vou estudar nessa escola.

Eu nem pensei direito e falava mal da escola, mas quando minha mãe me disse que eu estudaria no Henrique Diniz, eu respondi:

- Eu não quero estudar naquela escola. Deve ser horrível estudar lá. Quero ir para o “Estadual”.

Mas depois pensei melhor:

- Vou estudar lá. Vamos ver se eu vou gostar.

Agora estou aqui e estou adorando.

- Bem que você estava certa – disse para a minha mãe – ; eu tinha que estudar lá para ver se iria gostar mesmo.

Vamos ver se agora eu vou ficar quieta aqui, porque eu trocava de escola toda hora, pois não gostava de nenhuma. Mas aqui foi diferente, eu estou gostando muito de estudar. Só espero que eu consiga passar de ano.

Jhenifer Daniely Rocha de Castro, EJA1.3

Humanidade

Muitos dizem que não há sentimento entre duas pessoas depois que passam a se envolver mais do que o normal. Acho errado, pois quando se convive muito com uma pessoa, ainda mais se for por opção, há um sentimento fortíssimo que os une, seja um conhecimento aprofundado da outra pessoa ou qualquer outra coisa, que pode nem ter sido no início do relacionamento. 

Mas com o decorrer do tempo, o sentimento vai aparecendo e, se for a pessoa certa, casamento, ou apenas morar junto, torna-se algo muitíssimo agradável.

Amor, quem diz que existe? Há mesmo esse sentimento? Não sei. Sei que talvez seja por meio deste que muitos se adoram e o passam adiante.

Yuri Jesus dos Santos Rosa, 3.13