Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: agosto 2023

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

A assombrosa psiquiatria do passado

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

A assombrosa psiquiatria do passado

Há um capítulo sombrio na história da psiquiatria brasileira que precisa ser discutido. Durante muitos anos, hospitais psiquiátricos foram verdadeiros depósitos de pessoas com transtornos mentais, que muitas vezes eram submetidas a tratamentos cruéis e desumanos. Um exemplo emblemático dessa triste realidade é o Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais.


Durante décadas, milhares de pessoas com transtornos mentais foram internadas na instituição, muitas vezes sem qualquer critério médico. A maioria dos pacientes era submetida a condições sub-humanas, sem direito a tratamentos e medicamentos adequados. Em vez disso, eram submetidos a eletrochoques, lobotomias e outras práticas desumanas.


O hospital ficou conhecido como "campo de concentração" ou "campo de extermínio", em referência aos campos nazistas. Estima-se que pelo menos 60.000 pessoas tenham morrido no local, muitas delas em condições desumanas.


A história do Hospital Colônia de Barbacena é um exemplo trágico da violência que era exercida nos hospitais psiquiátricos do Brasil. Felizmente, a partir da década de 1970, movimentos sociais e políticos começaram a denunciar essa situação, o que culminou na Reforma Psiquiátrica de 2001, que busca garantir o tratamento humanizado e a inclusão social de pessoas com transtornos mentais.


Ainda há muito a ser feito para mudar a realidade da saúde mental no Brasil, mas o exemplo de Barbacena e de outros hospitais psiquiátricos serve como um alerta para a necessidade de se lutar por uma saúde mental mais justa e humana.


quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A dor do amor

 Por Flor Celestial

A dor do amor


O amor é canção

o amor é lindo

o amor é respiração

o amor dá à vida um sentido

o amor é inspiração

mas também é decepção


Mas o que seria dos poetas sem o amor?

e ainda mais, o que seria dos mesmos sem a decepção?


A tragédia do amor é mais bonita do que amar de fato

a tristeza que o mesmo causa...ah!

os sentimentos, a dor que dilacera nosso peito


Você só sabe o quanto amou quando sofre

você só sabe o quanto amou quando perde

e aí, e só aí percebe que era

amor


A música brasileira, a decadência dela e a objetificação das mulheres

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

A música brasileira, a decadência dela e a objetificação das mulheres

O Brasil sempre foi conhecido mundialmente pela sua música, sendo referência para muitos países. No entanto, ao longo dos anos, algumas músicas brasileiras passaram a ter letras com conteúdo sexista, o que gerou críticas e polêmicas.


Antigamente, as letras das músicas brasileiras eram compostas com poesia, romantismo e muita sensibilidade. A bossa nova, por exemplo, foi um movimento musical que teve grande destaque no país e no mundo, caracterizado por letras sofisticadas e arranjos complexos. Além disso, outros gêneros musicais como MPB, samba e forró também se destacaram por suas letras bem elaboradas e cheias de sentimento.


No entanto, com o passar do tempo, algumas músicas brasileiras passaram a ter letras com conteúdo sexista e vulgar, que muitas vezes tratavam as mulheres como objetos. Letras que antes falavam de amor, paixão e romantismo, agora são marcadas por apelos sexuais e exploração do corpo feminino.


Essa mudança de abordagem na música brasileira gerou muitas críticas, principalmente por parte de grupos feministas e defensores dos direitos das mulheres. Muitas vezes, essas letras de música reforçam estereótipos de gênero e promovem a objetificação das mulheres, o que pode contribuir para a perpetuação de uma cultura machista e sexista.


Embora essa mudança na abordagem das letras de música seja preocupante, ainda há muitos artistas brasileiros que produzem músicas com conteúdo positivo e que promovem a igualdade de gênero. É importante que a sociedade e a indústria musical brasileira sejam mais conscientes sobre o impacto que essas letras de música podem ter na formação de valores e atitudes, especialmente em relação às mulheres.