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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A canção humanamente modificada


Por Juliane Camilly Lasnou Costa, 2.13

 

A canção humanamente modificada

Minha terra sem palmeiras,
Onde é extinto o Sabiá;
As árvores que aqui queimam,
Sempre queimaram como lá.

Nossos céus escureceram,
Nossas flores virou pó,
Nossos bosques incendiaram,
Nossa vida deu um nó.

Em  pensamento, sozinha, sempre,
O desgosto eu encontro cá;
Minha terra sem palmeiras,
Onde é extinto o Sabiá.

Minha terra tem agricultores,
Que tais querem a vida ceifar;
Sempre em busca de seus valores
Sem se quer na mãe natureza pensar;
Minha terra sem palmeiras,
Onde é extinto o Sabiá.

Não permitem meus amores,
Que furtem nosso lar;
De graça recebemos primores
E de graça estamos a dar;
À nossa selva Amazônica,
Onde é extinto o Sabiá.


A voz da floresta

Por Cássia Feliciano Duarte, 2.13

 

A voz da floresta


Eu era apenas uma árvore em meio as outras Estava tudo bem;
Foi quando senti meus cachos mais quentes, Foi quando animais começaram a correr,
Foi quando minhas folhas queimaram.

Eu tinha saído para buscar comida para meu filhote;
Foi quando já não se podia mais ver as árvores,
Foi quando todos estavam em desespero,
Foi quando outros filhotes se perderam de suas mães;
Foi quando nossos lares foram totalmente destruídos.

Eu era apenas um filhote que tinha nascido; Eu queria ver a primavera,
Queria ver as flores nascerem e os pássaros voarem;
Foi quando as flores estavam morrendo,
Os pássaros não cantavam mais;
Foi quando meu lar foi destruído pelo fogo,
E aos poucos a vida foi deixando de existir.

Chuva

Por Priscila Rebeca Siqueira, 2.11

 

Chuva


A chuva cai lá fora
eu não posso me molhar
Impotência
Não sei por onde passar

Quero correr pra chuva
sentir cada gota escorrer
Não me imagino de outro jeito
É tão difícil não saber o porquê

Quando falo não penso
Quando penso não falo
Poesia é livre
Inconstante procura

A procura do novo
A procura da fuga
Quem sabe a chuva molha
E eu encontro a ajuda

Por Milene Carolina da Silva, 2.13

 


Querida vovó,
Você é dura às vezes é às vezes me pergunto o porquê
O seu passado sofrido fez seu coração endurecer?

Querida mamãe,
Você teve uma infância difícil, dói lembrar os tempos ruins
Mas você foi forte desde o início.

Querido papai,
Você esteve ausente
Não te imagino no meu presente.

Querida irmã,                                                                                                                                  
Você tem medo de ficar sozinha
Mas não consegue ser uma boa filha 
Mesmo sendo boa na cozinha
Você não conseguiu se amar ainda.

Querida eu,
Você realmente se cortou.
Você viu o quanto doeu.
Não foi a dor física que te fez sofrer
Foi a dor de pensar em morrer
A dor de pensar que se cortar nada iria resolver.

Querido leitor,
A intenção é te fazer entender
Se cortar e sofrer.
Você pode me ignorar
Mas a dor vai permanecer em você.
Não é tarde para recomeçar
Mas só depende de você.
Você não está apenas se matando
Você está levando junto as pessoas que amam você.


Essa tal de empatia


Por Vitória Maria Gava Ferreira, 2.14

 

Essa tal de empatia

Que sentimento estranho
Que corre pelo corpo
Não sei o que está acontecendo
Não quero isso de novo
É péssimo não entender alguém
Mas o pior é que
Nunca se vai entender
Não tem como alguém
Enxergar com os meus olhos
Não tem como alguém me ser
Tudo que temos é o que o outro
Tem a nos dizer
Mas como pode se confiar em outrem?
O que dizem não é o que fazem
O que fazem não é o que pensam
O que pensam?
Ninguém sabe
O que pensam…

Arte

Washington José dos Reis, 3.3


Arte

Vitor Hugo de Souza Jorge, 1.4


Arte

Pedro, 1.7


Arte

Kamilly Mara dos Santos Lopes, 1.7


Arte

Vitória Maria Gava Ferreira, 2.14


Arte

Ester Andrade Martins, 3.2


Arte

Matheus Vinícius Julião, 2.13


Arte

Isabela Fernandes de Andrade, 2.11


Arte

Gabriella Rayane Silva, 3.2


Arte

Ariane Nathali de Campos, 3.3