Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: outubro 2023

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Um exercício da dignidade cidadã

 Por Allyson Gabriel de Castro, 2 REG4

Um exercício da dignidade cidadã


A tolerância é um valor fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, baseando-se na capacidade de aceitar as diferenças individuais. Através dela que provemos a convivência entre os indivíduos, mesmo diante de visões de mundo distintas.


Em sua obra "Sobre a paz perpétua", o filósofo alemão Immanuel Kant defendeu a importância da tolerância como um princípio necessário para alcançar a paz entre as nações. Segundo Kant, a tolerância é a única forma de evitar conflitos baseados em diferenças e garantir a coexistência entre os povos. Ele acreditava que, ao aceitar as opiniões e crenças dos outros, superam-se os preconceitos e constrói relações mais harmoniosas.


A ideia de Kant se aplica não apenas às relações internacionais, mas também cotidianas. A tolerância é essencial e inclusiva a todos os âmbitos da vida social, seja na escola, no trabalho, na comunidade ou na família. Ela nos convida a ouvir, compreender e entender os pontos de vista diferentes dos nossos, mesmo quando não concordamos com eles. Isso se chama respeito e é um exercício da dignidade cidadã.


A tolerância nos ajuda a superar estereótipos e preconceitos, criando espaços mais acolhedores para todos ao abraçarmos a diversidade e vencermos a pluralidade de perspectivas, assim, somos capazes de construir um mundo mais justo e igualitário.


No entanto, a tolerância não é um caminho fácil, pois requer determinação, educação e empatia. Precisamos estar dispostos a questionar nossos próprios preconceitos e abrir nossas mentes para novas ideias. Devemos buscar o diálogo, o entendimento mútuo e a procura por soluções sobressaltadas diante dos Conflitos.


A vida e a obrigatoriedade de aproveitá-la

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

A vida e a obrigatoriedade de aproveitá-la

Neste mundo caótico em que vivemos, muitas vezes nos sentimos perdidos e desorientados. As notícias ruins parecem estar em todos os lugares, a violência parece estar cada vez mais presente, e o futuro muitas vezes nos parece incerto e assustador. Em meio a isso, é fácil se perguntar: qual é o sentido de tudo isso?


Será que existe uma razão para estarmos aqui? Será que a nossa existência tem algum propósito além de simplesmente viver e sobreviver neste mundo? Essas são perguntas difíceis, que não possuem respostas fáceis ou definitivas.


Mas talvez essa seja justamente a beleza da vida - ela não precisa ter um propósito específico ou uma razão única para existir. A vida pode ser simplesmente uma jornada, uma oportunidade para explorar o mundo e experimentar todas as maravilhas que ele tem a oferecer. A vida pode ser uma oportunidade para amar e ser amado, para aprender e crescer, para criar e inovar.


É verdade que a vida nem sempre é fácil. Há momentos em que nos sentimos completamente perdidos e desesperados, quando tudo parece dar errado e não há saída aparente. Mas mesmo nesses momentos difíceis, é importante lembrar que a vida é uma jornada, e que esses momentos podem ser apenas uma parte do caminho - não o fim.


E então, talvez a verdadeira questão não seja tanto "qual é o sentido da vida", mas sim "como podemos encontrar significado em nossas próprias vidas?". Talvez a resposta seja diferente para cada um de nós - pode ser encontrado na família, nos amigos, na carreira, nos hobbies, ou em qualquer outra coisa que nos faça sentir vivos e realizados.


Mas uma coisa é certa - a vida é preciosa e valiosa, e devemos aproveitá-la ao máximo enquanto temos a oportunidade. Não sabemos quanto tempo temos neste mundo, então devemos aproveitar cada momento, amar com intensidade, aprender com entusiasmo e explorar com curiosidade.


Afinal, como disse o poeta Robert Frost, "dois caminhos se divergiam em uma floresta e eu, eu segui o menos percorrido, e isso fez toda a diferença". Então, vamos todos seguir o nosso próprio caminho, encontrar o nosso próprio sentido de vida, e fazer a diferença neste mundo.


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Solidão de domingo

 Por Flor Celestial

Solidão de domingo


A solidão de domingo nada mais é que o reflexo da solidão de todos os dias

a solidão que carregamos durante a semana

a solidão rija guardada no peito

a solidão gerada anos atrás

A solidão se apossa do domingo, pois nele nada fazemos

pois no domingo nosso coração se esvazia

e dele se esvai toda a tristeza guardada, toda aquela mágoa

já guardada até com carinho

O carinho pela mágoa que juntamos pelo caminho, o carinho belo como o canto daquele

passarinho

a mágoa amada pela alma, que mesmo sendo mágoa não nos deixa sozinhos

E por fim a solidão de domingo não é solidão, não é solidão pois dentro de ti há a mágoa,

que ali te faz companhia, e que nunca te deixa sozinho


Qual o sentido da vida?

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

Qual o sentido da vida?

Caro leitor, se você pudesse escolher um propósito para a sua vida, qual seria? Qual é a razão de estarmos aqui neste mundo? Seria para seguir uma religião e agradar a um ser superior? Seria para fazer a diferença na vida das pessoas ao nosso redor? Ou talvez seja para viver o momento presente e aproveitar ao máximo todas as experiências que a vida tem a oferecer?


Essas são perguntas difíceis, sem respostas fáceis ou universais. Cada um de nós tem uma história única, experiências diferentes, crenças distintas e objetivos pessoais variados. No entanto, independentemente do que cada um acredita, todos compartilhamos a busca por significado e propósito em nossas vidas.


Alguns podem argumentar que o objetivo da vida é encontrar a felicidade. Mas o que é a felicidade? É um estado de espírito constante e duradouro? Ou é uma série de momentos fugazes de prazer e satisfação? E se a felicidade é o nosso objetivo, como a alcançamos? É através da riqueza, das conquistas profissionais, dos relacionamentos amorosos ou da realização pessoal?


Outros podem dizer que o propósito da vida é encontrar um sentido para o sofrimento. É através das adversidades que nos tornamos mais fortes, mais resilientes e mais compassivos. Mas se esse é o caso, como podemos encontrar um sentido nas tragédias e dificuldades que enfrentamos? Como podemos continuar avançando quando parece que a vida está jogando contra nós?


Há aqueles que argumentam que o sentido da vida é simplesmente viver no momento presente e apreciar todas as experiências que a vida tem a oferecer. Mas e se o presente é doloroso ou insatisfatório? Como podemos encontrar significado e propósito em meio à dor e ao desconforto?


Essas são perguntas que não têm respostas definitivas, mas é importante que as façamos. A busca por significado e propósito é uma jornada pessoal, e cada um de nós deve encontrar suas próprias respostas. Às vezes, isso pode envolver a busca de orientação espiritual, terapia ou simplesmente conversas profundas com amigos e familiares.


Mas independente da forma que escolhermos, o importante é que continuemos a buscar o significado em nossas vidas. Porque quando encontramos um propósito, podemos enfrentar os desafios da vida com mais coragem e determinação. Quando encontramos significado, podemos experimentar uma sensação de paz e plenitude que é difícil de explicar com palavras.


Então, caro leitor, qual é o seu propósito? Qual é o seu sentido de vida? Talvez você já tenha a resposta, ou talvez ainda esteja procurando. De qualquer forma, lembre-se que é através da jornada que encontramos as respostas mais profundas e significativas.


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Necessidade da convivência empática

 Por Sabrina mara morais de Resende, 2 REG1

Necessidade da convivência empática


O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua teoria da modernidade líquida, afirmava que as relações sociais estão cada vez mais rasas e superficiais, reafirmando como o modo como os cidadãos se relacionam mudou drasticamente devido à fluidez do mundo contemporâneo. Dessa forma, é possível relacionar essa teoria ao desafio recorrente de uma sociedade compreensiva e delicada uns com os outros. Nesse contexto, a maneira como as pessoas têm se comportado no cotidiano evidencia essa problemática.

Em primeiro plano, vale ressaltar que em muitas ocasiões a empatia e a gentileza entre as pessoas têm ficado em segundo plano. De acordo com Simone de Beauvoir, escritora francesa, a sociedade tende a se acostumar com problemas que deveriam ser questionados. Em consonância a esse modo de pensar, cada vez mais as pessoas agem de maneira individualista e tornam a urgência social de uma convivência constituída de atos delicados mais difícil de ser aplicada. Logo, evidencia-se a imposta por Simone, afirmando como a sociedade se comporta ao invés de buscar uma situação melhor.

Além disso, existem dificuldades evidentes na prática da delicadeza atualmente. Segundo o ativista indiano Mahatma Gandhi, que diz que "Temos que nos tomar a mudança que queremos ser", demonstrando como a sociedade individualista e imediatista dificulta a convivência benéfica a partir do exercício da gentileza e da empatia. Dessa forma, sem que as pessoas entendam a reverência do combate a esse estigma, não há a possibilidade de combatê-lo.

Sendo assim, não basta simplesmente apontar as dificuldades de uma relação cotidianamente agradável. É preciso, na verdade, que se compreenda a necessidade da conscientização da própria interiorização formada pelo "eu” - razão e emoção - inconsciente, que comanda as nossas ações, para haver mudanças, nem que sejam pequenas, começando consigo e depois em relação ao outro. 


Paixão adolescente

 Por Flor Celestial

Paixão adolescente


é sempre um ponto, nunca uma vírgula

é sempre um vendaval, nunca calmaria

é sempre sol, sempre quente

sempre com seu sorriso ardente

que arde minha alma, me corrói por dentro.

você é minha inspiração

meu vendaval de emoção

meu norte

minha paixão

é de você, e só de você meu coração

mas o que me resta é te espiar de longe

e sentir meu coração palpitar sempre que te vê chegar

sentir calafrios ao te olhar

mais nunca, nunca se aproximar.


A falsa idealização das favelas e a influência da mídia

 Por Mateus Rodrigues, 3 REG3

A falsa idealização das favelas e a influência da mídia

A cultura da apologia às drogas é uma triste realidade que assola muitos jovens brasileiros. A música, a arte e a mídia em geral, frequentemente, romantizam o uso de substâncias psicoativas, retratando-as como uma forma de escapismo ou de rebelião contra a sociedade.


Mas o que poucos falam é sobre a idealização da vida em favelas que muitos desses jovens nutrem. Eles veem nas favelas um estilo de vida "descolado" e "autêntico", sem se atentarem para os problemas de violência, pobreza e falta de oportunidades, que muitas vezes acompanham essa realidade.


A influência da internet e das redes sociais nessa idealização é grande. Muitos jovens são expostos a conteúdos que romantizam a vida em comunidades carentes, sem se dar conta das dificuldades enfrentadas pelos moradores desses locais.


Além disso, a apologia às drogas nesse contexto é ainda mais perigosa, já que muitos jovens são levados a acreditar que o uso de substâncias psicoativas é uma forma de se integrar a essa cultura e de se aproximar de uma vida que consideram "real" ou "verdadeira".


É importante destacar que a realidade das favelas e a questão das drogas são assuntos muito complexos e que não podem ser reduzidos a estereótipos ou generalizações. É fundamental que as autoridades e a sociedade como um todo se empenhem em combater a violência, a pobreza e a desigualdade que permeiam essas comunidades, bem como em oferecer alternativas positivas para os jovens que nelas habitam.