Por Vitória Maria Gava Ferreira, 2.14
Um poema vivo
Era pra eu ser pequeno
Minha dona custa a me fazer
Mas como qualquer coisa que ganha
consciência
Eu não sei bem o que vou ser
Sou parte de uma folha e posso
voar
Posso ser esquecido em qualquer
lugar
Se eu gritar! Não escutam a
revolta
Sou dependente de tudo a minha
volta
A sociedade me faz
Me julga esteticamente
Não tenho liberdade nem paz
Não quero ser indiferente
Então preciso me encaixar
Preferencialmente rimar
Tentar ou mostrar estar contente
É noite e ninguém me ama
Queria deitar, mas nem tenho cama
Vou ser exposto assim, de pijama
Numa intimidade insana
Torcendo para ao menos ter fama.
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