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terça-feira, 27 de maio de 2014

Ponto de vista

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

O cotidiano leva aos seres, pequenos muros invisíveis que se constroem a partir da alienação dos mesmos, resultando na falta de percepção de que existe um mundo ao redor desta vida corriqueira.

O tempo só existe para os meros mortais, pois para aqueles que estão do outro lado do muro, ele é apenas uma contagem de minutos e horas a mais, de fome, de frio e de dor. Do lado de cá, o auge é o dinheiro; do lado de lá, o privilégio é a vida. As pessoas não veem estes muros, porque não querem vê-los, mas eles estão aí, visíveis ou invisíveis, aos olhos de quem observa.

Você deve estar se perguntando a que este texto se refere. Então, observe estes exemplos. Um menino de rua pede uma esmola em um sinal de trânsito; os muros dividem uma cidade, separando bairros nobres de bairros populares; um homem não ajuda o cego a atravessar a rua; o adolescente discrimina a nova aluna de sua classe... Muros visíveis e invisíveis revelam a desigualdade existente em nossas vidas.

Quanto menos se tem, mais se pode ver. O mundo aos olhos de uma criança é apenas um grande parque de diversões, que dá asas a sua imaginação; já o mundo aos olhos de um adulto é apenas uma escada, onde quanto mais degraus se sobe, mais dinheiro e bens materiais se pode adquirir.

Vejo o mundo nos olhos de uma criança e ainda tenho a esperança que estes muros serão abalados.

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