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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Rivalidade Feminina, Parte 2 – Por que acontece e como superar

 


Rivalidade Feminina, Parte 2 – Por que acontece e como superar

  Bom dia, boa tarde ou boa noite a você que se comprometeu a ler este texto, sejam todos muito bem vindos! No último texto da coluna Batom Vermelho, nós falamos um pouco sobre rivalidade feminina e como ela surgiu, hoje nós vamos falar por que isto acontece até hoje, afinal, grande parte do mundo não vive mais no contexto em que a rivalidade feminina começou, então por que isso se perpetua?

  Como vimos no último texto, a sociedade, tempos atrás, era totalmente diferente da nossa, não havia tanto conhecimento da ciência, medicina, não havia tecnologias como a internet, celulares, isso tudo é muito novo. Então, apesar do contexto ter mudado, vários comportamentos e pensamentos continuam sendo reproduzidos como se fossem uma verdade absoluta, a rivalidade feminina não tem a ver com brigas, puxões de cabelo ou algo do tipo, ela é muita das vezes sutil, mas poderosa, às vezes nem percebemos quando dizemos alguma coisa, mas sem querer estamos incentivando essa rivalidade.

  E, inclusive, os homens, por muitas vezes não se interessarem pelo assunto feminismo ou ao menos não terem conhecimento sobre, acabam sendo grandes propagadores das “Fake News Femininas”. Esse é um termo inventado por mim (uma das autoras da coluna) para designar alguma frase, mensagem que parece ser real, parece ser boa, às vezes, mas na verdade incentiva a rivalidade feminina, um exemplo dessas Fake News é quando um homem diz “Você não é como as outras!” Xii... ALERTA Fake News Feminina, sim eu sei que a intenção é muitas vezes elogiar, mas você não precisa diminuir todas as outras mulheres para elogiar alguém, certo?

  Veja outro exemplo que aconteceu com a Isabela Andrade, uma das autoras da coluna. Certa vez, ela foi a um evento de arte junto com um grupo de Hip-Hop de que ela participava. Ela estava na plateia e uma menina de cabelos cacheados subiu no palco e estava preparando para se apresentar, quando um integrante do grupo que estava ao lado dela disse: “Vai lá jogar seus cachos na cara dela!” com o intuito de “elogiar”, claro. No momento, Isabela até riu, mas depois de chegar em casa e repensar a situação, ela percebeu que era um exemplo de rivalidade feminina, algo sutil, mas capaz de colocar as mulheres umas contra as outras.

  Não pense que são somente homens que incentivam isso, acontece com praticamente todos uma hora ou outra, é algo que veio de muito tempo, é estrutural, e é difícil mudar, mas não impossível. As pessoas que reproduzem esse comportamento, na maioria das vezes não tem culpa, muitas vezes não percebem o que estão fazendo, às vezes, não sabem que a rivalidade feminina existe e, se essas pessoas reproduzem esse comportamento/pensamento, é porque elas já foram ensinadas a isto.

  É triste viver num mundo semeado de ódio e desconfiança estrutural. Por isto é que tive o trabalho de escrever estes textos, acredito que informando as pessoas sobre esses problemas, conversando com elas, falando sobre a história, os comportamentos, as pessoas podem mudar, podem perceber, assim como eu, que algo está errado, descobrir o que, ficar atento a essas falhas e tentar não repeti-las. É assim que evoluímos.

  Para terminar, gostaria de apresentar a vocês um termo feminista lindo chamado “sororidade”. Não, eu não escrevi errado e não tem a ver com som, é SO-RO-RI-DA-DE, que significa uma união entre as mulheres apoiada na empatia e companheirismo que busca alcançar e manter relacionamento e atitudes positivas entre elas. Dessa forma, as mulheres se juntam e se apoiam sem julgamentos a favor da igualdade de gêneros. É uma relação de união, de afeição e de amizade entre mulheres.

  Eu não sei você, mas eu prefiro um mundo espalhado de amor e confiança, onde as pessoas podem ser quem elas são, sem julgamentos, e com muita compreensão. Sim, eu sou uma sonhadora, uma sonhadora colocando a mão na massa tentando construir um mundo melhor, tentando transformar sonhos em realidades, nem que seja uma pessoa de cada vez. O que você acha de ser a próxima pessoa, caro leitor?


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