Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: A sutil perda da inocência

terça-feira, 12 de maio de 2015

A sutil perda da inocência

Certo dia, num final de tarde, sentado em um banco de uma pracinha, me deparei olhando para a sua movimentação, o que, logicamente, é o que todo mundo faz em uma praça! O que me despertou uma certa curiosidade foi ver algumas cenas típicas de uma pracinha. Não satisfeito, relacionei as pessoas a sua relativa faixa etária. Algumas cenas, como um moço, na faixa etária de uns trinta e poucos anos, empurrando um carrinho de pipoca, ou uma moça, na faixa etária de uns vinte e poucos anos, com o carrinho de bebê... Ela me pareceu uma babá, pois um garotinho correndo atrás dela gritou: "Sabrina"! Percebi também um velhinho, com uns oitenta anos, carregando uma muleta. E, por último, reparei um casal bem aparentado, na faixa de uns trinta anos, acompanhados por uma linda garotinha, de uns cinco anos, no máximo.
Vendo tantas pessoas, com tantas faixas etárias diferentes, me perguntei: "Quando é que nós perdemos nossa inocência? Ou será que ela não existe?". Fiquei um pouco em dúvida se realmente existe ou é apenas um rótulo que criamos para disfarçar a idade, como "Ele já não é mais inocente, já é quase adulto!", "Ele entende essas coisas!" ou "Ele já perdeu a inocência faz tempo!", ou até mesmo "A inocência da criança tem que ser preservada!". Sendo frases de efeito ou não, isso implica uma relação com a idade, fazendo com que chamar a pessoas de velha ou nova demais não seja uma intimidação ou o novo bullying.

Gustavo de Paula Silva, 2.5

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