Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: A princesa azul no fundo do mar

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A princesa azul no fundo do mar

Havia uma princesa chamada Maria. Maria era a princesa do mar. Tinha cabelos longos e pretos, pele branca e olhos castanhos. Sua melhor amiga era Ana. Ana também tinha cabelos pretos, mas a pele morena e olhos verdes. E era a estilista de Maria, a princesa azul do fundo do mar.

No fundo do mar havia um castelo onde Maria, Larissa sua mãe e seu pai Gustavo, viviam felizes. Desde muito pequenina Maria sonhava ser a rainha do fundo do mar, mas ela só tinha oito anos e teria de crescer e treinar muito para chegar lá.

No fundo do mar, pertinho do castelo, havia um quintal cheio de flores, muitas árvores de laranjeira, pés de manga e goiaba. Você deve estar se perguntando: “como pode haver uma plantação dessas no mar?” Pois é. Esse mundo das profundezas do mar é diferente, mas também muito parecido com o nosso aqui na terra.

Terra

Maria queria muito pisar na terra, mas não podia. Todos sabemos que quem vive no mar é peixe. E Maria era uma sereia: metade gente, metade peixe. Larissa, sua mãe, achava estranho Maria querer pisar na terra. E dizia para sua filha:

- Se alguém souber que sereias existem, minha filha... Nosso mundo vai acabar, sabia?

Mas Maria não deu ouvidos à sua mãe, e foi até a areia da praia e pensou consigo mesma: “como a areia é macia... Acho que vou levar um pouco para casa. Maria levou num pote um pouco de areia, e passou a visitar a praia diariamente.

Num dia Maria se deitou na areia deixando sua cauda na água. Uns turistas tirando fotos tirou várias fotos dela, sem saber. À noite Maria já estava em casa.

Em suas casas os turistas estavam vendo as fotos que tiraram durante aquele dia e...

- Volta à foto! – falou Rafael namorado de Juliane.

- Está bem! – Falou Juliane.

De repente viram Maria com sua cauda para cima. E suas fotos foram parar na internet.

As pessoas do fundo do mar também deram notícia das fotos de Maria, pois também recebiam jornais. Daí, os pais dela ficaram sabendo de tudo. E proibiram Maria de ir à praia atrás da areia.

Teimosa, como sempre foi, Maria foi à praia atrás da areia. De repente, ela viu luzes brancas piscando longe, e foi ver o que era. Maria era muito curiosa. Eram filmadoras. Ainda bem que eram apenas duas meninas, assim feito ela. E Maria virou-se para elas e disse:

- Por favor, não conte para ninguém que vocês viram aqui. As meninas disseram que não iriam contar para ninguém que tinham visto um sereia na praia à procura da areia.

Daí em diante, Maria e as meninas, Lara e Vanessa, se tornaram amigas, muito amigas mesmo, a ponto de ser convidada a passar um dia na casa delas. Um dia inteiro, imagina! Maria tinha cauda, não tinha pernas, como ela iria andar, pular e brincar na terra com as meninas?

Daí Maria foi atrás da Ana, a estilista do castelo. E disse a ela que havia conhecido duas meninas humanas e que tinha sido convidada por elas a brincar com a terra na casa delas, mas... Ela não tinha pernas e aí, o que podia ser feito com sua cauda para que ela pudesse sentir as coisas do mundo fora das profundezas do mar?

Um dia inesquecível

Maria queria muito ir à casa das meninas, mas não sabia como. Aí, Lara e Vanessa tiveram uma ideia. 

- Que tal a gente te colocar dentro de uma caixa d’ água e te leva para nossa casa numa cadeira de rodas?
Maria meio com medo, mas disposta a tudo, disse:

- Eu topo.

As meninas executaram direitinho o que planejaram. Lara, Maria e Vanessa se divertiram muito brincando na terra, e no barro também. Maria precisava de água para se manter na brincadeira. Foi um dia inesquecível para as três.

Ó meu Deus!

As três meninas brincaram de várias coisas, inclusive de boneca. Brincaram tanto que ficaram com fome. Então Vanessa pediu à sua mãe para preparar três lanches bem reforçados para elas, porque estavam com muita fome. 

Sua mãe estava na cozinha assistindo TV e ficou abismada quando viu passar no jornal que uma sereia havia desaparecido, e estava naquelas redondezas. E que se alguém soubesse do paradeiro dela seria recompensado em Um milhão de reais.

A mãe já havia preparado os lanches e o suco quando deu de cara com Maria, a sereia que valia um milhão de reais. Aí ela não pensou duas vezes e tratou de colocar a caixa d’água com Maria e tudo no porta-malas. As meninas, sem acreditar, correram para salvar Maria. Então, rapidamente, bolaram um plano: assim que a mãe de Vanessa passasse na ponte Rio - Niterói, jogaria Maria no mar. 

Dito e feito: assim pensaram, assim fizeram. E Maria, assustada, voltou para o mar. E hoje vive na companhia de seus pais, longe das aventuras de menina sem juízo.
E a história é assim. Teimosia acabou por aí.
Se não se aprender com o amor, aprende com a dor.

Maria Eduarda de Moura, 6.3

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