Dançar e dançar a melodia da noite.
"Andemos, fantoches da noite!
Andemos em direção ao medo"
O último badalar, o relógio já se cala.
Fechem as portas, abram os olhos,
O silêncio dos ventos
Já caminha aos teus segredos.
Lágrimas percorrem a face,
A inocência jamais privada do real.
Estendam as riquezas,
Teus tributos para a dar!
E lá se vão novamente,
Os "donos do palco", que se fantasiam de nós!
Os olhos abertos, os lábios escuros
Cantam a melodia da vida, a fazem mais bela.
Não as ouçam, é uma prece!
Enxergue-as e então vedes o que é verdade...
Não se embebam destas curvas,
Não depusemo-nos do veneno dito!
Tuas pernas lhe carregam para o centro,
Hoje és nada mais que uma cobaia.
Braços agitados, falas sem sentido.
Solte-se destas cordas e desperte!
A plateia abarrotada,
As bonecas alegres assistem
Ao show dos próprios fantoches.
Hipocrisia! Sorriam os velhos mestres!
O espetáculo da vida se inicia novamente,
A rotina destas noites é sorrir do sofrimento...
Em fila, caminhamos para a morte.
Em ordem, recebemos os castigos.
Controlados e adiados,
Os fantoches já não sangram.
Os fantoches jamais dormem.
Prendam-se ao querer e abominem estas ordens!
Agarrem-se uns aos outros; a madeira resiste às cordas!
Sonhem mais uma vez e controlem seus pesadelos.
Temos em mãos nossas escolhas, só nos basta saber
Finalizar o espetáculo!
Jéssica Santos Rosa, 1.8
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