Autistas no âmbito escolar e profissional
Pouco se tem discutido acerca de
pessoas com autismo e sua inserção no âmbito escolar e profissional.
Atualmente, observa-se que as escolas, em sua maioria de rede pública, não
dispõem de profissionais que saibam lidar e tenham o devido preparo para educar
essas crianças. Para que uma pessoa autista seja incluída no mercado de trabalho,
é necessário que antes a mesma seja incluída na escola. O desafio maior é que
tal transtorno afeta drasticamente o quesito da comunicação.
O autismo é um transtorno
neurológico caracterizado por comprometer a interação social e a comunicação,
os sinais geralmente se desenvolvem gradualmente. Ele afeta o processamento de
informações no cérebro, alterando assim, a forma como as células nervosas e
suas sinapses se conectam e se organizam. Apesar de algumas crianças com
autismo se desenvolverem bem, podem-se ocorrer casos de regressão. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são
autistas. Além disso, estima-se que o Brasil tenha cerca de dois milhões de
autistas.
Quando as dificuldades são
notadas precocemente, a intervenção com terapias é mais eficaz, fazendo com que
a criança se desenvolva e tenha mais autonomia perante situações cotidianas,
por exemplo. Por outro lado, pessoas com autismo são boas em testes de
inteligência não verbais e possuem memórias excepcionais, podendo se lembrar de
informações fidedignamente. Portanto, se inseridas no âmbito profissional, o
ideal é explorar áreas auditivas e visuais. Apesar de esse transtorno ser
variável de pessoa para pessoa, o critério de diagnóstico se baseia na
capacidade de realizar atividades simples, portanto as pessoas que possuírem
grau leve seriam inseridas mais facilmente.
Para que haja essa inserção, é
necessário que a empresa ou o local de contratação tenha o preparo e faça acompanhamento
com o contratado sempre. Assim, incluindo-o de forma respeitosa, humanizada e
paciente. É de fundamental importância preparar também os membros da equipe de
trabalho, para que os mesmos saibam como agir com a pessoa que possui o
transtorno.
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