A cultura do Cancelamento
Atualmente, convive-se
diariamente com as consequências da cultura do Cancelamento nas redes sociais,
visto que o fato do meio cibernético digital ser um local sem leis colabora com
que sejam feitas críticas constantes e exacerbadas. Tal cultura surgiu em
meados de 2017, através da rede social Twitter, com o objetivo de expor
atitudes erradas e irresponsáveis e fazer com que o alvo das críticas se
responsabilizasse pelo erro.
Segundo a psicóloga Elisa
Bichels, especialista em terapia cognitivo-comportamental, os nichos sociais se
formam não somente por afinidades, mas também por inimizades. Portanto
"cancelar" gera o impacto de exclusão e banimento de famosos, pessoas
comuns ou grupos. A problemática está na possível alteração da história
contada, na abstração de detalhes específicos, na tendência da generalização e
na incapacidade de perdoar erros.
Por um lado, são discutidas
pautas realmente importantes; por outro, nota-se uma ampliada banalização,
abrindo espaço para a agressão virtual e veiculação de discursos de ódio. O
ideal de ser humano perfeito leva aos internautas a não compreensão de que
errar é completamente normal e mudanças são possíveis.
Portanto, medidas são necessárias
para resolver o impasse: censurar discursos de ódio nas redes sociais, aderir a
medidas midiáticas de conscientização a respeito do Cancelamento e seus
reflexos pessoais, e criar leis para crimes e problemas cibernéticos. Apesar de
a tecnologia ter surgido para ajudar em várias áreas, o meio virtual carece de
medidas preventivas para que problemas como esse sejam solucionados.
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