Brasileiros no combate a
ansiedade e depressão
Convive-se diariamente com as
consequências da ansiedade e da depressão, devido aos fatores emocionais e
físicos que esses transtornos acarretam. A vida em sociedade tem cobrado cada
vez mais dos indivíduos. Com isso, o sentimento de que se tem a obrigação de
possuir bens materiais, alcançar a felicidade e ser bem sucedido é uma marca do
século atual. O adoecimento é um dos resultados dessas exigências. Mais de 300
milhões de pessoas vivem com depressão no mundo todo, segundo a Organização
Mundial da Saúde.
O Brasil tem cerca de 11,5
milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. Os brasileiros não são somente
deprimidos, também são ansiosos. Em 2017, 18,6 milhões de brasileiros tinham o
transtorno, o que corresponde a quase 10% da população. Segundo Marjorie Carvalho, psicóloga do
Zenklub, a ansiedade se torna um problema porque causa grande impacto na vida
diária de uma pessoa, limitando suas experiências e levando a prejuízos em uma
ou mais áreas da vida.
Sabendo-se que a depressão não
fica longe disso, a mesma pode afetar vários âmbitos da vida de um indivíduo,
trazendo reflexos negativos, muito além dos reflexos psicológicos, comprometendo
a vida social, estudantil e profissional. A desigualdade social, pobreza e
traumas na infância são apontados como fatores de risco para transtornos de
ansiedade, assim como o estresse, ainda que não necessariamente uma pessoa
estressada ou que tenha sido exposta a uma situação estressante vá desenvolver
algum transtorno desse tipo. No Brasil, é comum viver essa realidade, o que
está gerando cada vez mais pessoas ansiosas e deprimidas.
Portanto, medidas são necessárias
para resolver o impasse, campanhas midiáticas podem contribuir com divulgação
sobre o assunto, para que mais pessoas sejam conscientizadas sobre a
importância de estarem atentas aos sinais que as pessoas podem demonstrar, as
escolas têm papel fundamental de orientação e cuidado aos jovens, e cabe à
família, observar e zelar pelo bem-estar físico e mental, não somente dos
jovens, mas de adultos que também passam por esses transtornos, oferecendo a
assistência necessária. A responsabilidade governamental visa à criação de
campanhas de prevenção e conscientização social para o problema, além da oferta
de assistência gratuita psicológica, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
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