A
construção da masculinidade frágil na sociedade
Desde muito tempo os meninos são
criados para serem fortes, brutos e inflexíveis. Na antiguidade, isso era
justificado com o fato de a vida ser difícil, os homens terem que trabalhar
para sustentar a família e ir para guerras em que seu povo se envolvia. Os
rapazes não podiam demonstrar sentimentos, cuidar de si mesmos ou fazer
qualquer coisa que ferisse sua masculinidade.
Pois bem, séculos se passaram e
muitos desses pensamentos ainda são presentes na criação de vários meninos.
Muitas vezes, podemos ver isso com clareza em pequenos gestos; um exemplo que
podemos citar é quando um menino chora e um adulto o manda parar de chorar
porque isso não é coisa de homem. A partir disso e várias outras atitudes que
os adultos têm com as crianças, os meninos são condicionados a construírem uma
masculinidade frágil, tendo que se podar o tempo inteiro para não parecer, de forma
alguma, "menos homens". Esse tratamento social chega a ser tão forte
que até as próprias crianças se cobram uma masculinidade inquebrável, vindo (em
alguns casos) a ocorrer bullying.
As crianças crescem e aprendem a
ser alguém totalmente diferente do que realmente são, tendo que se preocupar
com o que estão vestindo, se estão sendo dóceis demais, ou andando de uma
maneira máscula o suficiente. Eles aprendem a se fechar e ter um pensamento
totalmente ultrapassado, que vem de séculos atrás.
Tudo isso resulta em pessoas que
não sabem lidar, falar ou expressar seus sentimentos, podendo vir a desenvolver
depressão, ansiedade e vários outros problemas psicológicos.
O feminismo não é uma luta para
beneficiar apenas as mulheres, mas os homens também! Todos estamos em processo
de evolução e desconstrução e isso inclui os homens e seus atos. As pessoas não
têm que se sentir mais pressionadas pela sociedade para seguir o padrão. A
masculinidade frágil fere e por isso temos que acabar com ela.
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