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segunda-feira, 27 de julho de 2020

A construção da masculinidade frágil na sociedade


A construção da masculinidade frágil na sociedade

Desde muito tempo os meninos são criados para serem fortes, brutos e inflexíveis. Na antiguidade, isso era justificado com o fato de a vida ser difícil, os homens terem que trabalhar para sustentar a família e ir para guerras em que seu povo se envolvia. Os rapazes não podiam demonstrar sentimentos, cuidar de si mesmos ou fazer qualquer coisa que ferisse sua masculinidade.
Pois bem, séculos se passaram e muitos desses pensamentos ainda são presentes na criação de vários meninos. Muitas vezes, podemos ver isso com clareza em pequenos gestos; um exemplo que podemos citar é quando um menino chora e um adulto o manda parar de chorar porque isso não é coisa de homem. A partir disso e várias outras atitudes que os adultos têm com as crianças, os meninos são condicionados a construírem uma masculinidade frágil, tendo que se podar o tempo inteiro para não parecer, de forma alguma, "menos homens". Esse tratamento social chega a ser tão forte que até as próprias crianças se cobram uma masculinidade inquebrável, vindo (em alguns casos) a ocorrer bullying.
As crianças crescem e aprendem a ser alguém totalmente diferente do que realmente são, tendo que se preocupar com o que estão vestindo, se estão sendo dóceis demais, ou andando de uma maneira máscula o suficiente. Eles aprendem a se fechar e ter um pensamento totalmente ultrapassado, que vem de séculos atrás.
Tudo isso resulta em pessoas que não sabem lidar, falar ou expressar seus sentimentos, podendo vir a desenvolver depressão, ansiedade e vários outros problemas psicológicos.
O feminismo não é uma luta para beneficiar apenas as mulheres, mas os homens também! Todos estamos em processo de evolução e desconstrução e isso inclui os homens e seus atos. As pessoas não têm que se sentir mais pressionadas pela sociedade para seguir o padrão. A masculinidade frágil fere e por isso temos que acabar com ela.

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