Por André Lucas Antunes Dias, 3.9
Carne
incinerada
Que venha a loucura então
Que no surto te configuro,
torna-se poema
Em páginas vermelhas
Formadas pela celulose venosa
Que venha o caos
Que ele me cubra e deixe meu ser
estilhaçado
Que se ligue o motor
Que o néctar escoe da fruta
Máxima: À carne incinerada o
corvo padece
Tamanha substância não pode ser
deglutida
Pelo ser de manto preto...
Dias depois é também consumido
E só resta o flagelo imerso na
corrida pelo útero
A parir a escritura
Escrita a carbono dissociável
O orgânico, embebido da gasolina
jorrada da taça
Com marcas de vinho
Organiza os neurônios
De uni a pluricelular
A estrela brilha, e deixa marcas
na pele
O suor bebe do sal, polarizador
Para alcançar o mel, energizador
Tudo suportado pelos calcanhares
Que insistem em correr, cair, submergir e novamente se
localizar
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