Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Carne incinerada

terça-feira, 23 de junho de 2020

Carne incinerada

Por André Lucas Antunes Dias, 3.9

 

Carne incinerada




Que venha a loucura então
Que no surto te configuro, torna-se poema
Em páginas vermelhas
Formadas pela celulose venosa
Que venha o caos
Que ele me cubra e deixe meu ser estilhaçado
Que se ligue o motor
Que o néctar escoe da fruta

Máxima: À carne incinerada o corvo padece
Tamanha substância não pode ser deglutida
Pelo ser de manto preto...
Dias depois é também consumido
E só resta o flagelo imerso na corrida pelo útero
A parir a escritura
Escrita a carbono dissociável
O orgânico, embebido da gasolina jorrada da taça
Com marcas de vinho
Organiza os neurônios
De uni a pluricelular
A estrela brilha, e deixa marcas na pele
O suor bebe do sal, polarizador
Para alcançar o mel, energizador
Tudo suportado pelos calcanhares
Que insistem em correr, cair, submergir e novamente se localizar

Nenhum comentário:

Postar um comentário