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terça-feira, 23 de junho de 2020

A(s) flor(es) daquele dia

Por Layne de Freitas Castro, 3.9


A(s) flor(es) daquele dia



Sob o alvorecer, na caminhada daquele dia.
Com estas mãos eu peguei uma flor.
Eu roubei uma vida, com uma culpa tardia.
Eu me senti como uma leve brisa, jogada a um atormentador.

O lírio tão claro assim como a pureza que o havia abraçado.
Sua brancura vinha da neve que estava a cair.
Se enegreceu sob este céu que havia lhe dado tanto cuidado.
'Este lírio negro é um presente dos céus para ti.'

A rosa que levava as cores do sol e a suavidade de suas pétalas.
Mesmo que seja uma flor tão bela e de tamanho esplendor.
Com tantos espinhos não se pode tocar nela.
O rubro que a cobriu anuncia um sentimento ainda maior: a dor.

A Lavanda por que a púrpura se apaixonou e a graça cuidara.
'Com uma voz trêmula, ouça minhas súplicas a atendê-las.'
Como se dissesse com uma essência enlouquecedora.
A cor que já vem preenchendo a noite, irá de todas realizá-las

A flor daquele dia não tinha nome nem essência.
Suas pétalas anunciavam a efêmera brevidade da vida.
Com as cores que só as estrelas conheciam
Aquela flor nunca havia sido criada por Deus, ainda.

Desejei naquele dia, com um pesar
Que todas as realidades se encontrassem em um pequeno instante.
Assim talvez eu pudesse não ter tomado tantas vidas ou dissipar.
E nem teria as visto partir tão brevemente.

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