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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Diferente

Será que essa sociedade tão crítica e preconceituosa em que vivemos não é apenas uma eterna medrosa?
Talvez ela tenha medo. Medo do desconhecido, do diferente. De se aproximar e ver que não há o que temer, ver que todos somos mais semelhantes do que se pensa.
Mas a sociedade insere rótulos, rotula tudo e todos. Negros, brancos, muçulmanos, heterossexuais, bissexuais, homossexuais, transgêneros, "amarelos", judeus, ricos, pobres e, assim, sucessivamente. Rotula que um menino negro que nasceu na favela é um bandido, traficante, ladrão. Claro, ele pode ser isso, sim, mas, também, com tanta pressão social, dizendo o que ele seria, como lutar contra essa maré tão forte? Sendo que ninguém deu oportunidade de emprego pra ele, ou acreditou em seus estudos, mas ele pode se esforçar para melhorar, porém, vocês têm ideia de como deve ser difícil? Além de ter de enfrentar o nosso preconceito, deve ter também de enfrentá-lo na favela, comentários do tipo: "Tá querendo virar playboy!". Coisas assim. Daí pra pior, na verdade.
Ainda tem o preconceito contra homossexuais. O que difere um hetero de um homo? Algum conceito bíblico? Uma ideologia imposta? Quem definiu a heterossexualidade como a correta?
Ambos têm sentimentos, amam, sofrem, choram. É tudo igual em qualquer relação e acho que uma vida tem valor demais para ser tirada, ainda mais por um motivo tão torpe: duas pessoas do mesmo sexo se envolverem afetivamente.
Sendo um tanto hipócrita agora, um casal hétero andar de mãos dadas, se beijar em locais públicos não é errado. Mas um casal homoafetivo não pode, porque pode apanhar, ou coisas do gênero. CLARO que não estou apoiando que dois caras se peguem na frente de uma criança (apesar de não fazer diferença nas escolhas da tal criança), só que, se um casal gay não pode, acho injusto um casal hétero poder.
But that's our society, isn't it?

Afrânio José da Silva Carvalho, 2.4

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