Enquanto redigia o que me tornei, pensei no que já fui. Lembro que, em muitas vezes, brincava como alguém que queria viver aquele momento e ser apenas uma criança com sonhos belos.
O tempo passa, e, com ele, aquela criança que um dia adorava brincar, sentir o momento, criar sonhos e ser inocente cresceu. O tampo faz com que consiga perceber que a vida é mais que simples sonhos; a vida é constituída de sonhos egoístas e competições. Os sonhos que um dia julgava ser suficientes para viver não passam agora de coisas fatídicas. A vida é feita de escolhas, que em muitas vezes torna-me ignorante e ao mesmo tempo intrépido.
Percebo que é preciso mudar, embora muitos digam que é bom sofrer mudanças, acabo percebendo que minha mudança é regida pela “noite”; que o egocentrismo permanece em meus ideais e metas; que a dor me faz crescer; que o amor e o ódio são unidos por pessoas e que o afeto é algo extremamente nocivo.
Os anos passam...
Os anos passam e meus conhecimentos e sabedorias não mudam. Percebo que posso parar a dor, mas, para isso, será necessário libertar-me de tudo o que me tornei. E para isso deverei esquecer meu passado nefasto, deixar de presenciar o “nós” e estar amando exclusivamente o “eu”. Isso é viver; isso é o meu “eu”.
Apenas palavras.
Parley Lopes Bernini da Silva, 2.8
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