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terça-feira, 23 de abril de 2013

Vida no HD

Sempre a cada dia, cada um de nós levanta às 6h (ou então mais cedo) e com rostos cansados e um misto de sono e aborrecimento. Isso sempre acontece comigo: levantar cedo, com vontade de ficar naquela cama quente o dia inteiro. Então, cada aluno com sua face já com um pouco de “ânimo” se arruma para a escola.

Digo que estes estão “animados” porque, mesmo com grande vontade de ficar dormindo, sabe-se que será na escola que encontrarão seus amigos e com eles irão falar de coisas tão comuns: o dia de ontem, quem disso o que na rede social, a garota que causa mais tumulto, etc.

Depois de cada um se encontrar e falar de assuntos aparentemente simples, ao bater do sinal (algo infernal, com que acaba a conversa de “adolescente”, com linguagens e gestos característicos) todos vão para suas devidas salas e perdem aquele adolescente sem papas na língua, sem limites (pelo menos, a maior parte) e ficam focados na entrada de cada professor.

Às vezes, alguns são literalmente aclamados, como o Márcio (professor de Educação Física) e outros são recebidos com menos intensidade. Enfim, certamente, as terças e quartas são os melhores dias. Cada um, com suas vidas e histórias diferentes se unem por uma pessoa – nesse caso, o Márcio –; alguns que vivem isolados sem quererem se comunicar criam laços que, ironicamente ou não, são construídos a partir de uma simples bola de futebol (ou de vôlei) e é por meio dela que nasce uma amizade mais imatura.

Nos demais dias, tudo dica mais lento, mais devagar, parecendo que numa semana de sete dias há cinco segundas-feiras (e tenho certeza de que isso cansa um pouco) e então demoram a passar. São dias longos em que se veem e se descobrem coisas. Encontramos uma vez ou outra algum aluno correndo pela escola para não ser suspenso; professores dóceis nas salas, mas estressados com alunos específicos; colegas de sala conversando durante a explicação de Matemática; o bom dia do diretor com um tom grave mas irônico e um ou outro aluno ouvindo o hit do momento pelo celular.

São momentos simples e que de certo modo irão nos deixar marcas que, com o passar do tempo, nos farão ver o quanto é excitante ser aluno, viver esse mundo tão intenso e complicado, para tudo tendo como protagonista a escola, nessa cumplicidade para com todos nós (alunos, família e comunidade) e querendo nosso melhor.

Isso sim é viver. Obrigado por tudo Henrique Diniz, ou, na nossa linguagem: “Valeu HD!”

Parley Lopes Bernini da Silva, 2.8

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