Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: agosto 2024

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Orgulho

 Coluna

Coluna “Poemas sobre amor e dor”

Leth tem 16 anos e está no Ensino Médio. É uma mulher Lésbica e ama qualquer expressão de arte, principalmente a escrita e as músicas. Sonha em um dia conseguir alcançar seus objetivos e ser feliz.


Orgulho


Dia 19 de agosto

Dia da visibilidade lésbica


É o segundo ano que eu passo esse dia, tendo plena consciência

de quem eu sou e que tudo bem ser assim, que não tem nada de

errado comigo, que a minha forma de amar é linda


Dia 19 de agosto

Dia da visibilidade lésbica


É o primeiro ano que eu passo esse dia com uma pessoa que me

aceita como sou, e ainda me considera como filha, mesmo não

sendo de sangue


Dia 19 de agosto

Dia da visibilidade lésbica


Hoje eu não me sinto tão só, hoje eu não me sinto tão amparada

pela solidão lésbica..  hoje eu percebi, que por mais que o cobiçado

processo evolutivo das borboletas demore uma eternidade, ou

talvez nunca finalize, eu sou aceita, eu sou respeitada, e eu sou

amada por ser quem eu sou, mesmo com tantos e tantas outras

pessoas que dizem ser errado.

Para você que se encontra desamparada, desesperada, e até

mesmo sozinha. Saiba que você não está só, por mais que você

não veja, mesmo que você não perceba. Tem muitas pessoas ao

seu redor que te amam, apoiam, e querem te acolher, as vezes

elas só estão esperando uma brecha, para te dizer, assim como eu

digo:


A sua forma de amar é muito linda, e é sim preciso se orgulhar de

tal feitio.


A você que me acolhe, que me ama, que me apoia, meu imenso

agradecimento, e saiba, tudo isso me ajudou e me ajuda muito a

continuar e persistir todos os dias. Meu muito obrigada e feliz dia

da visibilidade lésbica.


Me chame de Leth


Eu sou lésbica


E tenho muito orgulho de falar isso. Porque a forma que eu amo é

Sim bonita.


Leis, Direitos e Deveres do Surdo no Brasil

 Coluna

Coluna “Comunidade Surda”

Lethicia Moura, 2 REG 2, é mais conhecida como Leth. Deficiente auditiva com perda severa, usa aparelho auditivo nos dois ouvidos e sabe um pouco de Libras. Ama qualquer expressão de arte, principalmente a escrita e músicas. Sonha em um dia conseguir alcançar seus objetivos e ser feliz.


Leis, Direitos e Deveres do Surdo no Brasil


Assim como todos, os surdos também são cidadãos, ou seja, têm deveres, como por exemplo, votar, pagar impostos, alistarem-se no exército e serem punidos pelos crimes. Além disso, existem algumas leis específicas que se aplicam a eles.

De acordo com o Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436:

• Deficiência auditiva: Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de 41 dB ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz.

• Inclusão educacional: As instituições federais de ensino devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva.

• Direito à saúde e educação: Assegura o direito de acesso a saúde e educação das pessoas surdas ou com deficiência auditiva.

• Lei de Libras: A Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão.

• Aposentadoria por deficiência e surdez: Lei no 142/2013.

• Benefício do INSS - BPC LOAS: Garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade que seja de baixa renda.

• Meia-entrada: Em cinemas, shows e eventos, conforme a Lei no 12.933 de 2013.

• Prioridade no atendimento.

• Direito a cotas em concursos e provas.

• Vagas de emprego para PCD (pessoa com deficiência).

A luta para conseguir acesso à educação foi difícil, mas trouxe conquistas como o direito à Educação Especializada chamada de AEE (Atendimento Educacional Especializado). Também vale citar que o surdo ou deficiente auditivo tem direito ao aparelho auditivo pelo SUS, mas também é um direito do mesmo não querer usar o aparelho.

Como podemos perceber, são vários benefícios que foram conquistados ao longo do tempo. Porém, isso não quer dizer que eles são efetivamente cumpridos. Mesmo tendo leis e decretos que asseguram os direitos do surdo, como cidadão, ainda vemos muitos locais e eventos em nossa sociedade que não tem acessibilidade para essas pessoas. Como me disseram um dia: “São locais de estrutura ouvinte, pensados apenas para ouvintes, muito triste”. E realmente! É doloroso quando você percebe que a comunidade surda, pela surdez não ser facilmente percebida, acaba sendo invisibilizada. Está mais do que na hora de mudar isso, de fazer com que sejamos vistos e reconhecidos.

- Deixo aqui a recomendação de um documentário muito interessante:

“Eu sou surda e você pode me ver?” (Documentário: Eu sou Ingrid - YouTube)


Visita à Universidade Federal de Juiz de Fora

 


TRIBUNA ESTUDANTIL

O jornal do HD 



Quarta-feira                                    

      REPORTAGEM

        21/08/2024


Visita à Universidade Federal de Juiz de Fora

Os alunos do terceiro ano do Ensino Médio Henrique Diniz foram convidados para visitar a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no dia 12 de junho. 

O primeiro prédio a ser visitado foi o de Letras, onde alunos e professores que fazem parte do curso nos direcionaram e apresentaram-no para os visitantes. Charlene, bacharel em Letras - Tradução Inglês, Línguas Clássicas, Francês e Espanhol explicou mais sobre o curso, além de apresentar a diferença entre licenciatura, que é a formação de professor, e bacharelado, que se refere aos técnicos especialistas dentro de um campo de saber, sem incluir uma sala de aula. Ela explicou também as carreiras dentro da área de Letras quando se possui bacharelado em tradução, o que coloca o aluno em oportunidades como tradução de textos técnicos e/ou literários em escritórios de tradução físicos e/ou virtuais, em empresas, área de legendagem e dublagem, revisão de textos e traduções de Órgãos Governamentais, além da flexibilidade que a profissão traz, colocando em prática a possibilidade de atuar em home office.

Ao acabar a introdução sobre o curso, fomos direcionados ao laboratório de línguas pelo aluno Thiago Montes, bolsista responsável pelo laboratório do curso de Letras, construído em 2003. Nas dependências do laboratório, os alunos têm contato com programas que servem para tradução, comunicação e gravação sendo muito utilizados para tradução simultânea, que é quando o aluno assiste a um vídeo, escuta-o no fone e fala no microfone todo o vídeo já traduzido. Thiago foi inserido no mercado de trabalho durante o curso de Letras, trabalhando no Alter Mundos, um livro desenvolvido pelos alunos, que possui vários contos de terror traduzidos, e fez um trabalho de legendagem automática em 2021 no Tik Tok, onde qualquer vídeo em Inglês aparecia para que ele traduzisse, independentemente do sotaque ou região. Thiago, que ainda está na faculdade, se encontra prestando serviços na empresa até os dias atuais, fazendo tradução indireta, tradução comercial, legendagem, texto para dublagem, tradução literária, dentre outros.

Ao sair do laboratório de Letras, fomos recebidos pela guia turística Thalita ,que nos direcionou e nos guiou pela universidade, primeiramente em um passeio dentro do ônibus, passando pelo Instituto de Física, Química e Matemática, área de exatas, além de outras áreas, como Economia; passamos também pelo prédio de Engenharias e pelo prédio de Arquitetura. Logo em seguida, os alunos foram direcionados ao RU (Restaurante Universitário), que além de servir os alunos, também é aberto ao público.

Ao sair do RU, os alunos visitaram o curso de Engenharia, no qual os alunos montam equipes que se responsabilizam por construir carros do zero e competem com outras equipes de dentro da própria faculdade. Lá, por exemplo, temos a equipe que constrói carros e outra de aerodesign, que projeta miniaturas de aeronaves.A equipe desenvolvedora de carros foi responsável por ganhar um prêmio pela construção do melhor carro de off road 4 x 2 do Brasil. Você pode ser de qualquer área para participar dessas equipes de competições, precisando apenas fazer um processo seletivo para ingressar em suas atividades.


Seguindo o passeio, os alunos foram conhecer o curso de Artes e Design, que engloba moda, música, design e cinema. Durante o passeio, a guia Thalita diz: “A arte não está no mundo apenas pela beleza, a arte está posta no mundo para incomodar, para causar estranheza, para questionar o mundo onde a gente está. Dentro da arte, coexistem dois movimentos básicos, que são o que o artista quis expressar com a obra e o que a gente interpreta da mesma ao observar o trabalho. A arte não está posta no sentido de gosto ou não gosto, o que passa por isso são os produtos, assim, a arte está proposta no sentido de interpretação.” Ao visitar o prédio do curso, os alunos passaram pelo laboratório de moda, gravura e cerâmica, conhecendo os armários dos universitários, que os decoram como desejam.

             

Em seguida, os alunos foram até o bloco de Música, passando pela galeria de Arte, onde os alunos podem fazer as exposições que quiserem durante todo o curso. Conhecendo o laboratório de música, a professora apresentou um instrumento chamado "coto", que foi deixado na universidade por algumas pessoas do Japão que visitaram a universidade. O estúdio de música é usado pelos alunos do curso e por alguns que cursam Cinema e acabam gravando narrações de seus filmes. As provas do curso de Música são os concertos feitos pelos universitários. 


Os alunos seguiram de ônibus, passando pelo laboratório de reprodução celular, de Biologia, seguindo para o curso de Educação Física, sendo o primeiro local visitado a quadra poliesportiva, sendo direcionados depois para o ginásio de ginástica rítmica e luta, na parte de cima do prédio, e no andar de baixo do prédio, onde acontecem as danças solo de ginástica olímpica e rítmica, por ter um teto mais alto. Em seguida, os alunos foram convidados a visitar a piscina de natação e, após, o ginásio de  basquete, da Atlética, uma associação estudantil.

 Cada curso tem suas Atléticas próprias, que competem entre si, porém podem-se fazer Atléticas apenas A nível de lazer. Elas são responsáveis por organizar festas, tendo cada um seus mascotes, com seus próprios líderes de torcida. Em seguida, todos os alunos foram visitar o campo de futebol do curso, passando para a quadra de futsal, futebol e quadra de tênis. 

Dentro do curso existe o NINGIME, que é o Núcleo de Pesquisa e Inclusão, responsável por promover a inclusão de pessoas dentro da faculdade em todos os cursos, podendo qualquer aluno de qualquer curso fazer pesquisas no prédio. 


Dentro do ônibus, os alunos foram convidados a fazer um tour geral, tendo contato com o prédio de Administração, Ciências Contábeis, Odontologia, Farmácia, Enfermagem, Comunicação, que engloba rádio, TV, internet e Jornalismo, passando também pelo prédio de Economia, Instituto de Ciências Humanas, que engloba os cursos de História, Geografia, Ciência da Religião, Filosofia e Psicologia. A Universidade é bem grande, sendo assim, dentro da mesma, existem ônibus circulares gratuitos para os estudantes, que podem fazer o uso deles a qualquer momento para ir de um prédio a outro.


Ainda dentro do ônibus, foi possível ter contato com o Instituto de Ciências Biológicas, parte anatômica, curso de Veterinária, que tem dois hospitais universitários para estágio dos cursos no centro da cidade, passando também pela Faculdade da Educação, que engloba Pedagogia, e pela qual todos os alunos que estejam tirando licenciatura tem de passar.


Em seguida, os alunos foram convidados a visitar o centro de ciências, sendo levados para o auditório, fazendo-se lá, uma sessão para tirar dúvidas, e outra sobre a subsistência dentro da faculdade. Primeiro, as cotas e seus tipos, hoje, o Sisu faz uma seleção primeiro, na qual sua nota primeiro é jogada para a ampla concorrência, e caso sua nota não seja o suficiente, passa-se a colocar a nota nas outras cotas que o estudante se encaixa. As cotas são incluídas em ordem alfabética, indo da letra A até a letra F.

 

Grupo A raça, renda e escola pública 

Grupo B renda, escolaridade, e pessoas portadoras de deficiência 

Grupo C ampla concorrência 

Grupo D raça, escolaridade pública e pessoas portadoras de deficiência 

Grupo E escola pública e pessoas portadoras de deficiência 

Grupo F pessoas surdas, tendo condições apenas para o curso de letras


Dentro da faculdade, o aluno pode buscar por auxílio estudantil, possuindo direito a mais de um, que incluem auxílio alimentação, auxílio moradia para os alunos que não conseguirem moradia nas repúblicas, e auxílio permanência, que engloba auxílio creche e transporte dentro de Juiz de Fora. O dinheiro chega para o estudante direto na conta, os auxílios contemplam todos os alunos que necessitem, sendo qualquer aluno apto para receber o mesmo, sendo possível um aluno acumular mais de um auxílio durante seu curso. Todo e qualquer curso possui bolsas acadêmicas que ajudam o aluno a ganhar dinheiro durante o curso, existindo também os trabalhos voluntários, nos quais o aluno não recebe dinheiro, mas quando se é voluntário é mais fácil de conseguir bolsa remunerada posteriormente. 


Quando o aluno completa 20% do seu curso, pode tentar intercâmbio: a universidade  leva o aluno para outro país, lá o estudante representa a faculdade de onde ele veio. Para estar apto a receber o intercâmbio, uma conta é feita, na qual sua nota em todas as matérias é dividida pelas matérias que você possui no curso. 


Durante o passeio, os alunos e professores foram ao encontro de uma ex-aluna do Escola Estadual Henrique Diniz, Julia Barra, aluna do curso de História da faculdade. Durante a conversa, Julia foi convidada a dar seu relato, onde a mesma disse “É muito especial para mim, ver a escola vir aqui, na minha época era difícil da escola fazer esse tipo de coisa, então aproveitem a oportunidade, porque é muito difícil… Então eu vou falar sobre minha experiência no curso de história. Estudo no prédio do ICH, estou no 7° período, meu curso tem 9. Aqui na faculdade a gente tem a opção de fazer o bacharelado ou licenciatura, no 3° período tem que escolher entre o bacharelado ou licenciatura, assinando um documento para enviar para o coordenador, sendo ele o responsável por qualquer dúvida, caso tenha uma dúvida mais específica, entre em contato com o diretor do ICH. Na carteirinha tem o L ou o B, se tiver na dúvida, depois de formado, poderá fazer 6 meses o bacharelado, podendo retornar a faculdade para fazer o bacharelado ou licenciatura. Vale a pena fazer faculdade, hoje em dia muita gente joga pra Internet, mas tem que dar valor ao ensino superior, hoje em dia qualquer concurso exige curso superior. Meu ensino médio foi parte na pandemia, sendo assim, eu me sentava todo dia e estudava. Caso vocês não queiram estar aqui, tudo bem, porque é muito fácil falar ‘ah federal, tô na federal’, porque é muito difícil estar aqui, se você quiser pagar uma faculdade particular, tudo bem, o importante é que em todo lugar você precisa estudar e você precisa se dedicar. Estudei totalmente em casa, foi difícil porque a grande maioria das pessoas da minha sala falavam ‘eu fiz cursinho pra estar aqui’, eu passei pra UFSJ e pra aqui. Cheguei aqui, pandemia, passei um ano estudando online, fui fazer a faculdade presencial apenas no 3° período, cheguei na faculdade e tava aquela bagunça, tudo desorganizado. As dúvidas nunca passam e nunca vão passar, mesmo depois de arranjar um emprego. A universidade tinha uma vaga em dezenove pessoas, e consegui entrar na faculdade em primeiro lugar… São pessoas novas, novas oportunidades de vida. Quando falaram sobre universidade, é um universo, são várias possibilidades, eu tive a oportunidade de fazer uma iniciação à docência, estive nas escolas, fiz estágio, ganhando a bagatela de 700 reais, só fazendo o que você gosta; às vezes, eu estava na escola que eu gostava fazendo algo que eu gostava, eu ia uma vez na semana na escola e ganhava 700 reais, é uma coisa pra pensar mesmo, se você quer fazer uma faculdade, um curso técnico, se quer fazer na faculdade federal ou particular. Se você quiser fazer uma particular, você não é mais ‘burro’, mais nada que ninguém.”


Depois de ouvi-la, os alunos foram direcionados ao planetário da universidade, onde foram recepcionados pelo professor de física, que disse  “Para participar do curso de ciência tem que ser curioso, pois dentro da ciência nós temos muitas perguntas e poucas respostas. No planetário a função é mostrar o céu, aqui em Juiz de Fora temos a dificuldade de ver o sol, assim como em Barbacena”. Dentro do planetário, foram apresentadas várias estrelas, seus nomes, algumas constelações, como as dos signos, bem como algumas curiosidades sobre elas. 


Logo após isso, os alunos foram divididos em dois grupos; um foi direcionado ao laboratório de zoologia, mostrando diferentes tipos de anfíbios, cobras, mamíferos como morcego e ratinhos, fazendo um "tour" por esses animais, guiados por dois  estudantes de Biologia, que mostraram também animais exóticos, aracnídeos, bichos pau, diferentes tipos de abelhas, e insetos variados, indo até ao fundo do mar, podendo analisar de perto estrelas do mar, caranguejos e lagostas. Ao final da visita no laboratório, foi mostrada uma ossada de baleia e um esqueleto de peixe.

Enquanto isso, os outros alunos foram direcionados a um experimento químico, em que um ex-aluno do curso de Química (atualmente cursando Geografia) demonstrou um experimento com luminol, substância química utilizada para detectar sangue em cenas de crime.

Logo depois, os alunos foram direcionados a uma tabela periódica interativa do curso, onde, ao clicar em um elemento da tabela, um vídeo da substância em ação era automaticamente reproduzido por uma televisão disposta ao lado da tabela.


Já na área da Física, os alunos foram direcionados para um Gerador de Van de Graaff, que reproduz um fenômeno eletrostático, que ao entrar em contato com a pele, arrepiava os cabelos. Esse processo foi completamente interativo, sendo alunos e professores convidados a fazer o experimento. Ao aproximar duas mãos, era possível observar uma corrente elétrica, que passava de um corpo para o outro, fato que conseguiu ser compartilhado e efetuado entre o grupo que estava lá presente. Logo após essa visita, a viagem chegou ao fim.