🌿Salve!🌿
Nunca estou em estado de sobriedade
e tenho a louca vontade de desbravar mundos e fundos
Sem nadar em águas rasas
Criar raízes junto as matas
Ver que a beleza natural está sendo desfeita
e desfeita há uns anos estará
O homem tenta sobreviver, mas antes ele vem a óbito
Sem obituário
Ninguém precisa conhecê-lo.
Há dez minutos passei por um jardim cheio de lírios
Tão brancos quanto a paz que em mim falta
Talvez falte outras coisas também
Já que do destino, sou efêmero refém
Desejo me libertar das garras felinas do amanhã
Mas pra isso, terei que me abraçar com o ontem
Está chovendo
A natureza chora e clama por ajuda
Ninguém ouve, mas um dia se arrependerão
Um dia, não verão tantos verdes e nem cegos estarão
Talvez já estejam
Isso nunca foi necessidade de descobrir
Nunca foi vontade de conhecer e sobreviver
São assassinos dos campos e das serras
Das margaridas e dos girassóis
Dos corvos e condores
Por isso clamo
À pátria amada, idolatrada
SALVE! SALVE!
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