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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Um a cada 40 segundos

POR ANA CLARA BADARÓ TEIXEIRA, 3.2


Em uma sociedade em que a tecnologia ganha cada vez mais espaço, na mesma proporção em que o diálogo e a convivência são deixados de lado, o suicídio se tornou a válvula de escape para muita gente, principalmente os jovens. E não é apenas quem comete tal ato que é atingido pelas consequências.
Por vezes, pessoas que sofrem algum transtorno psiquiátrico, como a depressão e a bipolaridade, ou problemas pessoais, sejam eles com sexualidade, financeiros ou familiares, recorrem ao atentado contra a própria vida, como uma possibilidade para a resolução de seus problemas. Homens são os mais atingidos, pressupõe-se que por deles a população exigir uma postura fechada diante da expressão dos sentimentos.
Dentre essa parcela dos cidadãos, temos os jovens, que têm o suicídio como uma das maiores causas de morte na faixa etária dos 15 aos 29 anos. Um grande gatilho para tal decisão são as redes sociais, que quase sempre mostram vidas perfeitas e fazem com que o adolescente do outro lado da tela sinta-se deslocado e, nessa era de celulares, as conversas “cara a cara” são cada vez menos frequentes, fazendo com que ele se resigne e guarde seus pensamentos para si.
E quando o suicídio realmente acontece, o que fica para trás são pessoas que se sentem culpadas por não terem percebido os sinais que a outra deu ou por acharem que o que fizeram para ajudar não foi o suficiente.
Projetos que façam a população refletir sobre o tema já existem, mas não são suficientes. Ainda há gente que considera o suicídio uma forma de chamar atenção, o que não é verdade. Então é preciso falar mais sobre o tema, ter centros que possibilitem que as pessoas se expressem de forma anônima, se preferirem, e fazer com que a sociedade pare de tratar isso como um problema sem importância, por meio de campanhas e programas dos mais variados tipos, nas escolas e nas mídias. Deve-se também estimular as famílias a terem mais diálogo.

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