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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Dê mais uma chance

POR AUGUSTUS YOUNG


Amizades falsas, amores perdidos, friendzone, pressão familiar, pressão escolar, pressão para um futuro tão longe, porém, tão perto; tudo isso, e mais alguma coisa, é um prato cheio para a depressão e, consequentemente, em alguns casos: o suicídio.
Recentemente, assistindo a uma série e lendo alguns artigos e livros sobre o assunto, me deparei com números que alarmam e assustam pela frequência e pela idade e, às vezes, motivos desmotivadores para se viver. Torna-se mais comum, mais fácil também dizendo, se entregar a problemas sem nem ao menos lutar para enfrentá-los, para ganhá-los e, junto com isso, dar a volta por cima e seguir em frente. É bem mais comum se sentar e reclamar, beber, se trancar num quarto e adorar tonalidades frias e sem vida, como se fica ignorando os problemas esperando que se tornem uma grande bola de neve. É muito mais fácil, prazeroso, bater no peito e dizer que se tem uma doença patológica vivendo em si, sendo alimentada até, do que se disponibilizar todos os dias a procurar por ajuda em lugares adequados e com pessoas especializadas, (não se enquadra o amiguinho que pode saber de toda a sua vida e de suas loucuras do final de semana passado, mas que não vai estar sempre com você).
Um psicólogo, talvez um psiquiatra, pode ser o melhor começo para se salvar. Ou não. Um problema não pode ser enfrentado se não for considerado como tal. As coisas não podem tomar forma quando ignoradas e jogadas debaixo do tapete, tapado pela cama em que está o seu travesseiro de pesos desnecessários bem durante o seu repouso. Procurar ajuda não é feio, não vai te fazer pior na roda de “amigos” (com todo respeito, venho dizer que amigo de verdade não irá zombar de quem procura por ajuda e muito menos te taxar de alguma outra coisa da qual nunca foi taxado pela sociedade). Procurar ajuda é o primeiro passo para uma vida longa.
Não desistir de si é a melhor parte e a mais difícil também. A vida é composta de altos e baixos, com toda clareza sempre estarão mais visíveis os baixos; os altos são tão intensos que se tornam mais fáceis de não notar, mais susceptíveis ao esquecimento, mas todas as histórias, todos os fatos, têm sempre mais de um lado. E quem hoje chora, amanhã sorri.

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