Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Das periferias para o mundo

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Das periferias para o mundo

A cada dia que passa, o mundo em que vivemos está sendo palco da evolução humana. Novas tecnologias são criadas e enchem os olhos das pessoas, mas essa evolução não está somente ligada à descoberta de novas fontes e ferramentas para o incansável ritmo de produção de lucro do homem, mas sim, entre as tantas periferias que compõem o cenário mundial. Tão pouco sensato e atencioso é aquele que desbravadores a falar que o lugar das pessoas humildes, ou usando sua linguagem, os pobres é atrás do balcão, abrindo a porta dos carros luxuosos de pessoas com elevado nível financeiro, adquirir calos nas mãos por trabalhar em obras como serventes e até mesmo esfregando o chão.
Essa ideia preconceituosa está sendo mudada, pois, cada vez mais, os jovens de baixa renda das periferias estão explorando o mundo. Quem disse que só chega a mudar o mundo aqueles que são criados em berço de ouro, estudam nas mais conceituadas instituições de ensino? Pelo contrário, entre as vielas, descidas e subidas das escadas da comunidade, existem pessoas cheias de sonhos, cabeças atordoadas de ideias para que, de alguma forma, direta ou indiretamente, possam influenciar e mudar a vida de quem está ao seu redor.
Gustavo é morador de Capão Redondo, um bairro da periferia de São Paulo, e, com apenas 17 anos de idade, foi aprovado e aceito em duas das mais conceituadas universidades do mundo. As universidades de Stanford e a de Massachusetts, ambas localizadas nos Estados Unidos. Gustavo sempre estudou em escola pública e seu talento foi descoberto durante uma participação em uma OBMEP (Olimpíadas Brasileiras da Matemática das Escolas Públicas), por sua professora de matemática, que, aliás, foi essencial na caminhada do Gustavo para que ele chegasse a tal feito.
Atualmente, ele é professor no projeto social que criou para ajudar e incentivar outros jovens carentes a buscarem seu lugar na sociedade.
Outra grande história é da jovem Carol, moradora de Paraisópolis, também uma periferia de São Paulo. Ela conseguiu entrar para a Universidade de Coimbra em Portugal, com a ajuda de internautas e pessoas que abraçaram a causa. Essas pessoas começaram uma "vaquinha" para arrecadar o dinheiro para que a mensalidade do primeiro ano fosse paga.
Um de seus amigos, também morador do bairro, foi quem sugeriu a arrecadação pelas redes sociais. Douglas é um jovem muito inteligente e com uma enorme vontade de ajudar seus semelhantes. Ele foi escolhido para participar de uma palestra nos Estados Unidos e apresentar um projeto, mas ele quase desistiu porque não tinha o valor para arcar com as despesas.
Ele foi ajudado por um professor que não o conhecia pessoalmente, mas se interessou pela história e moveu uma "vaquinha" na internet para ajudá-lo a ir aos Estados Unidos. Como deu certo para Douglas, ele deu a dica para a amiga e, após arrecadarem o valor exato para cobrir as despesas, encerraram o movimento.
Como o Gustavo, a Carol e o Douglas, outros tantos jovens carentes se sentem cada vez mais aptos para disputar seus lugares nas melhores instituições, nas melhores empresas, nos melhores campos, de igual para igual.
O jogo da vida não é ganho por aqueles que são ricos nem os que são pobres. Quem dá as cartas certas, quem faz o um jogo limpo, sem prejudicar os outros e quem faz por merecer, será o escolhido, ou melhor dizendo, digno de ocupar qualquer lugar no mundo.
Faça da dificuldade a sua motivação, a volta por cima, a continuação. Não tenha medo de ir além do horizonte, pois você tem capacidade de chegar do outro e ver o que lá te espera.

Carla Cristina de Souza Marques, 3.1

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