Durante algum tempo, percebi que nós somos sempre cercados por escolhas. Cada escolha certa nos tira desse cerco e nos coloca em outro, mas, em caso de escolha errada, o cerco se fecha ainda mais.
Hoje em dia, é tão notável a presença de informações a respeito de escolhas, existem tantos livros de autoajuda com alguns nomes tão na cara, como "A escolha certa", cuja capa vem a imagem de um alvo com um dardo no meio, uma criatividade que me indigna! São meios tão fáceis e julgados por esses escritores como fórmulas para sair daquele coma ou daquela depressão sentimental. Com isso, a pessoa acaba de ler o livro e se torna insuportável, porque é assim: ela lê o livro inteiro chorando e termina sorrindo, achando que seus problemas foram todos resolvidos. E não sei por qual motivo, ela acha que virou psicóloga e sai recitando frases de grandes filósofos que esses autores de autoajuda adoram colocar.
O remédio que essas pessoas sempre receitam são esses livros que, no máximo, nos deixam pensando em como poderia ser diferentes as nossas vidas se os tivéssemos lido antes.
A conclusão que podemos tirar de tudo isso é que a melhor escolha que podemos fazer é aquela de que nos beneficiados por mais tempo, é a que faz mais pessoas saírem ganhando. Isso é como uma bactéria mutualista, ou como uma partida de futebol, em que o gol mais bonito é aquele que teve mais dribles, mais passes de bola, em que a bola quase bate na trave antes de entrar. Todos veem a cena em câmera lenta, achando q não vai ser gol, mas aquela barra de ferro, que naquele momento fica até gigante, que julgamos nos atrapalhar, vira nossa melhor aliada.
Gustavo de Paula Silva, 2.5
Nenhum comentário:
Postar um comentário