Numa tarde tranqüila de verão, sentada na minha cadeira de balanço, estava relembrando os velhos tempos, quando eu ainda era jovem, cabelos longos, pele de pêssego e a vida inteira pela frente.
Aquele sítio era pequeno para gastar toda a energia que eu tinha. Acordava cedo, ia tirar leite das vacas, dar milho às galinhas e recolher os ovos, aguar as plantas, cuidar das hortaliças e depois preparar o almoço.
Logo depois de todo o serviço feito, podia aproveitar um pouco e andar a cavalo, descansar na rede, sair por aí só aproveitando a natureza, a paisagem mais linda de se ver.
Como eram bons esses velhos tempos em que em um dia conseguia fazer coisas que hoje não consigo mais. Como faz falta a juventude. Hoje tudo mudou. Não tenho mais meus cabelos longos e, o mais importante, não tenho mais a minha doce juventude. Só carrego comigo um grande vazio de uma vida que passou.
Andreza Lúcio Pacheco, EJA2.4
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