Meu coração explode no silêncio crucial.
Milhares de canções se misturam em meu temido aprender.
Não me importo mais com quase nada.
É engolindo os cacos de vidro e ferindo nós mesmos.
Tristeza profunda já que muito disso tomamos forçados.
Me odeio cada vez adiante, tão longe e estupefato.
A cidade iluminada revelando transas e a música em disparos,
O disparo do revolver... o disparo do coração.
Se eu pudesse estar só mais um instante com você.
Com você talvez em riria mais, andaria mais e tomaria água.
Água transparecida na verdade de teus olhos.
Os lábios vermelhos desencaixam-se num único sorriso que,
Como rápido se fez, tão quanto se fecha por não mais me aturar.
Tu chegas e nasço, na conversa, renasço, e morro em tua partida.
Se eu pudesse estar só mais um instante com você,
Colocaria os pés no chão. Mas, como se vive assim?
Indiferente sua imagem se cria em meu pensamento
E percebo o quanto não mereço sua ilustre confiança.
Sua boníssima áurea, meu psicodélico estado emocional
Talvez não sejamos feitos para ninguém e nem para nós mesmos.
Quero nas horas felizes não me empolgar tanto.
Nas tristes, esquecer do mundo e na morte estar só.
Só mais um instante com você.
Renan Gustavo Almeida Braz Viveiros, 2.7
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