Já se passaram dois anos. 16 de maio de 2009, o pior dia da minha vida.
Acordei às 3h da manhã com a pior notícia que alguém podia me dar: “seu avô morreu!”
Pronto! O mundo parou naquele momento. Não sabia o que fazer, não sabia o que falar; só queria um abraço. Ele não estava mais ali.
Olhei para a minha avó vestida de preto e com um lenço na mão. Ela me olhou pedindo um abraço sem dizer nada. Fui até ela e senti ele ali perto de mim, então minha primeira lágrima desceu.
Eu não conseguia acreditar, o meu amigo, o meu avô, o meu “paizinho”... Não o veria nunca mais, não o ouviria, não o sentiria, mesmo se eu quisesse, gritasse e implorasse. Ele não estava mais ali.
Fui até o seu velório, olhei ele ali, dentro de um caixão cheio de flores. Não imaginava que o veria assim. A pior visão, o pior sentimento.
Não consegui sair dali, sentei-me perto dele e fiz o que eu não fazia quando ele estava vivo, dei-lhe um beijo no rosto. Um rosto tão frio, que não dava para imaginar que ele estava vivo, a frieza estampava a morte.
Chorei muito e choro até hoje quando me lembro dele. Lembro-me dos melhores momentos que passei com ele e morro de saudades, mas pelo menos vivi tudo isso com ele. Só me arrependo de não ter demonstrado com palavras e gestos o que eu sentia por ele. De o ter abraçado, de não o ter beijado e de nunca ter dito um “eu te amo”.
Mesmo sem nunca o ter decepcionado e sempre me preocupando, conversando e brincando muito com ele, sentia falta dessas palavras e o principal: sentia falta de um abraço.
Hoje, daria tudo para tê-lo aqui, só para ouvi-lo novamente, abraçá-lo e dizer, “eu te amo e morro de saudades!”.
Fernanda Aparecida da Silva Santos, 3.13
Nenhum comentário:
Postar um comentário